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Estetica Do Modernismo

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Por:   •  27/5/2013  •  1.942 Palavras (8 Páginas)  •  975 Visualizações

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OS FUNDAMENTOS ESTÉTICOS DO MODERNISMO

Encontramos a estética do modernismo no período entre 1922 e 1930, o movimento como nos mostram os fatos da história literária subdividiu-se em grupos e comportou em diferentes correntes. O que se conhece hoje, como arte do século XX, teve repercussão posterior a primeira grande guerra. Nesta, acontece uma censura na arte, mais radical do que qualquer outra mudança de estilo ocorrida ao longo de sua história, sendo uma teoria estética que nem sempre claramente delineada e muito menos unificada, mas que visava, sobretudo a orientar e definir uma renovação, ou seja, a maneira ferina, agressiva e irreverente de questionar a classe burguesa, ridicularizando-a, que deram origem a convenções artísticas totalmente diferentes das tradicionais. E com o fim da Segunda Guerra Mundial resulta numa nova ordem, tendo início um período que, sustentado pelas conquistas estéticas do modernismo, busca novas formas de expressão, tanto na poesia quanto na prosa. Esse período se estende até nossos dias, com as chamadas produções contemporâneas.

Os movimentos estéticos gerados dessas transformações tão radicais da tradição artística, isto é, das concepções de arte que perduraram até o final do século XIX, são chamados movimentos de vanguarda europeus, que são as diversas tendências estéticas dessa época – Futurismo, Expressionismo, Cubismo, Dadaísmo e Surrealismo, etc. Com isso, a atitude descritivista perante a natureza e a realidade começa a ser abalada, ou seja, a arte renunciou ao papel de reprodutora da realidade: já não copia o real, interpreta-o, defendendo a interdependência de suas linguagens, a integração entre a música, a escultura, a arquitetura, literatura e o cinema- negando qualquer princípio naturalista, defendendo a existência de uma fronteira entre o mundo real objetivo e o mundo subjetivo da obra de arte, não levando em conta às leis naturais.

Ode ao Burguês

(Mário de Andrade)

“Eu insulto o burguês! – níquel

O burguês – burguês!

A digestão bem feita de São Paulo!

O homem- curva! O homem- nádegas!

O homem que sendo Frances, brasileiro, italiano,

E sempre um cauteloso- pouco a pouco”.

(...)

O poema “Ode ao burguês”, de Mário de Andrade, apresenta um conjunto de características tipicamente modernista. Do ponto de vista formal, os versos livres, as estrofes heterogenias e uma linguagem coloquial, quebrando a linearidade do texto aproximando-o da linguagem cinematográfica.

As vanguardas européias são os movimentos que procuram expressar as contradições desencadeadas por tantas mudanças, tantos ganhos e simultaneamente tantas derrotas vividas na Era da Máquina. Se por um lado, cultua-se a velocidade, o progresso, por outro, assimila-se dolorosamente a ausência de valores humanos, com isso, são alvos das estéticas d vanguarda, tanto como as formas fixas como o soneto, a rima e a métrica regulares, a linguagem dicionarizante e discursiva, por exemplo, das tendências poéticas do Parnasianismo e do Simbolismo, provocando uma revolução única no cenário artístico, europeu e mundial.

Abaixo veremos as diversas tendências estéticas dessa época:

Futurismo

A tendência surgiu com o Manifesto Futurista, assinado por Marinetti, em 1909. Apresentava como pontos fundamentais a exaltação da vida moderna, a defesa de uma arte sintonizada com a “beleza da velocidade”, da máquina, da eletricidade, do automóvel, e uma inevitável ruptura com os modelos do passado. Combatendo o academicismo e qualquer manifestação tradicional, o futurismo vincula a arte à nova civilização técnica emergente, propondo uma poesia baseada na exaltação da agressividade e da audácia.

No plano da linguagem, postulavam: a destruição da sintaxe; a preferência pelo verbo no infinitivo; rejeição do adjetivo; abolição de todas as metáforas-clichês; supressão do “eu” individualizante; ausência de controle sintático e de limites de pontuação, etc. Oswald de Andrade torna conhecido, entre nós, o Futurismo, para escândalo, inclusive entre seus próprios companheiros modernistas. A rigor, nossos modernistas não eram futuristas.

Ode triunfal

À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica

Tenho febre e escrevo.

Escrevo rangendo os dentes, fera para beleza disto,

Para beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.

Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!

Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!

(...)

Álvaro de Campos – heterônimo de F. Pessoa

Expressionismo

O movimento surgiu em 1910, na Alemanha trazendo uma forte herança da arte do final do século XIX, preocupada com as manifestações do mundo interior e com a forma de expressá-las. Daí a importância da expressão, ou seja, da materialização, numa tela ou numa folha de papel, de imagens nascidas em nosso mundo interior, pouco importando os conceitos então vigentes de belo e feio.

“...Ao contrário de outras vanguardas, que refletem otimistamente sobre a técnica e o progresso, como por exemplo os futuristas, os expressionistas são mais afetados pelo sofrimento humano do que pelo triunfo.”

Psicologia de um vencido

Eu, filho do carbono e do amoníaco,

Monstro de escuridão e rutilância,

Sofro, desde a epigênese da infância,

A influência má dos signos do zodíaco

Profundissimamente hipocondríaco,

Este ambiente me causa repugnância...

...

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