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Monografia HPV

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Por:   •  7/5/2013  •  10.133 Palavras (41 Páginas)  •  1.216 Visualizações

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 2

CAPÍTULO I 2

REFERENCIAL TEÓRICO 3

CAPÍTULO II 6

METODOLOGIA 7

CAPÍTULO III 10

ANÁLISE DOS DADOS 10

CONSIDERAÇÕES FINAIS 17

REFERÊNCIAS 20

OBRAS CONSULTADAS 22

ANEXOS 23

INTRODUÇÃO

Desde criança a idéia de falar sobre a morte sempre me fascinou, quando alguém comentava sobre alguma pessoa que tivesse falecido, corria para ver como a pessoa ficava. Sempre me falavam que ela estava apenas dormindo e mais nada. Com o passar dos anos fui aprendendo que isso não era verdade. Minha curiosidade aumentava, e comecei buscar saber quais eram as características de um corpo morto, inerte, o que significava a morte para aqueles que permaneciam ao meu redor e o mais intrigante foi descobrir que não há concepções científicas sobre o que ocorre após ela. Este tema está fora do âmbito das ciências.

Ao entrar no curso de enfermagem (eu /apagar) despertei para a necessidade urgente de entender, discutir e pesquisar sobre o tema Morte já que, nesta profissão, vou ter como dever lutar para manter a vida e bem estar dos pacientes a mim confiados bem como suas famílias. Portanto, estarei sempre diante de uma atividade que busca retardar, afastar o fenômeno da morte como possibilidade real que se objetiva com constância no cotidiano profissional da enfermagem.

A morte faz parte do processo natural da vida do ser humano e, ao longo do tempo, recebeu muitas significações. É um assunto que interessa a muitos e aguça a curiosidade por entender este grande mistério imposto a nós pelo fenômeno da existência.

Pensar na Morte e no Morrer nos suscita uma mistura de curiosidade, medo e mistério, o que mobilizou a humanidade a inventar as religiões para nos dar certo alento, alimentar nosso desejo e nosso imaginário com idéias como uma vida após a morte e felicidade no paraíso, dentre tantas outras.

Há um contingente grande de pessoas ao nosso redor que vêem esse assunto como assustador. Quando interpeladas algumas justificam seu olhar dizendo que é assunto técnico, tétrico, feio, que preferem não pensar nisto.

Vida e morte compõem uma unidade polar, pois a definição de um ou outro fenômeno e sua compreensão se dá pelo seu oposto. Cada um deles e os dois fazem parte da existência. Este fato, por si só, nos estimula a estudar, pesquisar e refletir de maneira profunda. Dilthey (1905) sobre isto escreveu: “A relação que caracteriza de modo mais profundo e geral o sentido de nosso ser é a relação entre vida e morte porque a limitação da nossa existência pela morte é decisiva para a compreensão e a avaliação da vida” (apud ABBAGNANO, 2000, p.684).

Na área de saúde este tema é uma questão muito importante, pois precisamos nos orientar de tal maneira em relação a esta possibilidade, a fim de aprendermos quais são os caminhos a serem percorridos pelos enfermeiros, em termos de conduta, com a situação de um paciente em estado grave, quais são os cuidados adequados nesta situação, e quais são os contatos realizados com as famílias destes.

Entendemos que este trabalho pode contribuir no sentido de sensibilizar os acadêmicos e professores de enfermagem a respeito da importância deste tema, da necessidade de se prepararem para ter contato com a morte e o processo de morrer, bem como, aprenderem a (como) lidar com os familiares dos pacientes. Fazemos um alerta a respeito da urgência de se inserir esta temática como prioridade na matriz curricular do curso de enfermagem.

Esta pesquisa visou conhecer as concepções sobre o processo morte e morrer atribuídos pelos alunos do curso de Bacharelado em Enfermagem da UNEMAT - Campus de Tangará da Serra, envolvendo tanto os alunos em início como os de final de curso, com o intuito de identificar possíveis modificações ou permanências na atribuição de significados sobre o tema ao longo do processo de formação acadêmica.

Este trabalho está organizado em três capítulos. O primeiro diz respeito ao referencial teórico que escolhemos para nos subsidiar. Para a discussão sobre representações sociais e a questão da morte e morrer trouxemos as discussões propostas por Franco (2004), Kübler Ross (2008), Kovács (2008), Ariès (2003) dentre outros. No capítulo dois nos baseamos em autores tais como Richardson (1999), Severino (2002) e Marconi & Lakatos (2008) para a metodologia de pesquisa e para planejarmos as ações no decorrer do percurso. No capítulo três apresentamos as análises e por fim nossas considerações finais.

Esperamos que este trabalho possa contribuir para ampliar as reflexões acerca desta temática nos cursos de Enfermagem, já que este tema é parte da vivência cotidiana dos profissionais de saúde, bem como, incentivar a revisão da matriz curricular no(s) curso(s) de enfermagem da UNEMAT, para que este tema seja contemplado do início ao final do curso.

CAPÍTULO I

REFERENCIAL TEÓRICO

O conceito de representações sociais aqui utilizado está de acordo com a abordagem de Franco (2004). Este autor diz que elas são elementos simbólicos utilizados para se expressar com o uso de palavras ou gestos, na linguagem oral ou escrita. Através destes os indivíduos explicam o que pensam, como percebem esta ou aquela situação, quais são suas expectativas em relação a isto ou aquilo e, assim por diante. Os indivíduos constroem as representações sociais de acordo com a sua vivência sobre um assunto.

Já Jodelet (apud ARRUDA, 2004), traz uma definição mais consensual sobre representação social. Ela diz que (ela) é um conhecimento construído através de elaboração e compartilhamento social que tem um objetivo prático, e que contribui para construir uma realidade comum a um conjunto social.

Para Moscovici (apud BRÊTAS; OLIVEIRA E YAMAGUTI, 2007) representações sociais são:

Um conjunto de conceitos, proposições e explicações originadas na vida cotidiana no curso de comunicações interpessoais. Elas são equivalentes, em nossa sociedade, aos mitos e sistemas de crença das sociedades tradicionais; podem também

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