Métodos para analisar a política de saúde

Caminhos para análise das políticas de saúde

O texto nos faz um convite para a análise da importância da escolha acertada de procedimentos da pesquisa e do cuidado na seleção de técnicas de pesquisa para evitar a contaminação com escolhas baseadas na subjetividade do pesquisador. Propõe-se uma crítica à visão tradicional de ciência que parte da adequação aos nossos propósitos e não na crença da “suposta maior capacidade de desvendar a realidade” que é importante no trabalho científico. Nem todas as técnicas permitem-nos responder nossas perguntas de pesquisa, portanto é fundamental adequar às escolhas metodológicas ao objeto da pesquisa científica. A proposta da autora é de estudar os caminhos concretos pensados pelo pesquisador na prática da pesquisa do que a análise os potenciais e limites de cada uma das técnicas passíveis de utilização nas pesquisas sobre políticas de saúde. A construção do objeto define com maior clareza os caminhos da pesquisa e isso não acontece como um recorte da realidade, mas como um constante aprimoramento pela delimitação das questões que direcionam a produção científica. A pesquisa também não se restringe à segunda fase isto é a seleção dos métodos e técnicas da pesquisa, mas permite a avaliação de sua adequação à construção do objeto. A visão da ciência que se intenta, parte do pressuposto que os estudos da política almejada não devem aspirar ser neutros, já que a escolha do tema já define o posicionamento do pesquisador. A diversidade dos caminhos da pesquisa é ampla, pois se constitui tanto na análise de situações já vividas como da pesquisa de situações em curso, que nesse caso define o pesquisador como participante. O mais importante para o pesquisador é o convite a pensar os caminhos pelos quais a pesquisa se dá, partindo de uma análise cuidadosa para ampliar os horizontes da pesquisa, da construção dos objetos.

2. JUSTIFICATIVA:

As conquistas obtidas, ao longo de toda a história, pela humanidade, são um tesouro de valor inestimável, tal como: a capacidade de ter acesso ao conhecimento, à liberdade, a democracia, etc. Infelizmente, apesar da grande capacidade do ser humano, traduzida na sua inteligência, ainda encontramos barreiras através de mentes limitadas que não entendem o valor do que vem a ser o respeito pelas diferenças, sendo que aprender a respeitar e a conviver com elas é a maior prova de nobreza automaticamente mesclada com inteligência que o ser humano possa vir a mostrar e provar na sociedade. Não podemos nos olvidar que todo indivíduo, como cidadão, tem a obrigação de fazer com que seus direitos sejam respeitados e ter de respeitar o direito alheio. O constituinte de 1988 utilizou como um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, a dignidade da pessoa humana, retratando o reconhecimento de que o indivíduo há de constituir o objetivo primacial da ordem jurídica.

Tal princípio, que está sacramentado constitucionalmente, traduz a repulsa às práticas, imputáveis aos poderes públicos e aos particulares, que visem a expor o ser humano a uma posição de desigualdade perante os seus pares, a desconsiderá-lo como pessoa, reduzindo-o à condição de coisa,