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"O QUE É A ARTE?" - JORGE COLI

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Por:   •  8/8/2014  •  467 Palavras (2 Páginas)  •  1.253 Visualizações

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Colunista do jornal Folha de São Paulo e professor de História da Arte e História da Cultura, Jorge Coli lançou o livro “O que é a arte” em 1995, explicando a embaraçosa definição do que é a arte, que por sua vez, difere em conformidade com a cultura e o ponto de vista de cada espectador. Coli esclarece que “A arte são certas manifestações da atividade humana diante das quais nosso sentimento é admirativo (...) Se não conseguimos saber o que a arte é, pelo menos sabemos quais coisas correspondem a essa ideia e como devemos nos comportar diante delas”

O autor assegura a existência de profissionais devidamente capacitados para conferir o estatuto de arte à um objeto - crítico, historiador de arte, perito, e conservador de museu – além de locais específicos (museus, galerias, no caso da arquitetura, instituições legais que protegem as construções artísticas).

Além disso, salienta que o estatuto da arte parte de atribuições feitas por instrumentos da nossa cultura, e não por definições abstratas, lógicas ou teóricas do conceito. Isso inclui as chamadas obras primas, que se aproximam da perfeição, e passam a ser analisadas a partir dos critérios mais diversos e efêmeros, ao contrário de antigamente. Coli faz sua observação: “Tudo na arte – e nunca estaremos insistindo bastante sobre esse ponto – é mutável e complexo, ambíguo e polissêmico. Com a arte não se pode aprender "regras" de apreciação. E a percepção artística não se dá espontaneamente”

Estes instrumentos (discurso, local, atitudes de admiração, dentre outros) não definem o que é arte do que não é; Apenas nos ensinam e dão maior capacidade para classificar, de acordo com nossa cultura, a hierarquia dos objetos artísticos. “Num museu, numa galeria, sei de antemão que encontrarei obras de arte; num cinema "de arte", filmes que escapam à "banalidade" dos circuitos normais; numa sala de concerto, música "erudita", etc. Esses locais garantem-me assim o rótulo "arte" às coisas que apresentam, enobrecendo-as”, exemplifica o autor.

Quando falamos de autores e obras consagradas, pode-se afirmar, também, que não há necessidade de representação textual – assinatura na lateral do quadro, por exemplo – para legitimar o trabalho artístico, tamanha identidade conquistada na percepção do próprio público.

Por fim, garante que para reconhecer o processo de produção de uma obra, o espectador necessita conhecer e estudar o estilo do autor, além de compreender que é possível identificar características comuns às obras de arte de qualquer seguimento. O autor reafirma a tese que “Dizer o que seja arte é uma coisa difícil. Um sem-número de tratados de estética debruçou-se sobre o problema, procurando definir o conceito. Mas se buscarmos uma resposta clara e definitiva, decepcionamo-nos; elas são divergentes, contraditórias, além de frequentemente se pretenderem exclusivas, propondo-se como solução única”, desmistificando qualquer linha de pensamento que defina o conceito de arte como verdade absoluta.

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