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O corpo, o tempo, o espaço e o outro como categorias fenomenológicas

Por:   •  6/5/2021  •  Exam  •  554 Palavras (3 Páginas)  •  207 Visualizações

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Para Merleau-Ponty, o corpo era visto como um fio que conduz o ser humano ao mundo. Já para Husserl, o corpo era visto de duas formas: corpo sujeito e corpo objeto. Com um tempo foi desenvolvido por Merleau-Ponty, o termo Lebenswelt, que foi forjado a partir das ideias de corpo de Husserl. O corpo sujeito, seria a vivência do sujeito com o seu próprio corpo, já o corpo objeto, seria um instrumento utilizado pelo sujeito. A objetivação foi o que trouxe essa grande questão de tempo, que se refere ao tempo pessoal e objetivo, sendo assim o tempo vivido. O tempo vivido não se refere o tempo cronológico, mas sim a um tempo vital e imediato. Cada pessoa tem seu próprio tempo, vivem histórias diferentes, por isso a relação entre tempo no geral, é tão subjetiva. O espaço é uma conexão trazida por Merleau-Ponty e Husserl, é um espaço vivido, que a forma como vivenciamos o espaço em que estamos no mundo. A pessoa passa a viver a vida dentro de um determinado espaço, e neste espaço ela pode modificar e ser modificado e a partir das ações dentro deste espaço a de existir uma conexão de como ela vai lhe dá com o corpo e tempo, e desse espaço ela constrói seu próprio tempo. O outro está sempre interferindo na nossa vida, esta sempre em contato com o Eu, então o próprio Eu tem influência na vida do Outro, como o outro tem influência na vida do próprio Eu. A intersubjetividade afeta de certo modo afeta na nossa subjetividade, com a convivência que temos com o outro, com isso vamos construindo laços, e esses laços contribuem para a formação da nossa subjetividade.

Quando uma pessoa passa por alguma alteração em seu tempo, espaço, corpo e em sua vivência com o outro, pode ocorrer algum sofrimento psíquico naquele indivíduo. Por exemplo, a sua relação com o outro, pode ser tanto benéfica, quanto apresentar algumas conturbações, fazendo com que o indivíduo tenha uma percepção negativa tanto de si como dos outros, o que pode acarretar percepções desagradáveis no seu espaço e tenho, pois essas percepções se interligam entre si. A medida em que o sujeito, constrói experiências, ele vivencia o mundo de maneira subjetiva, e dependendo tanto das vivência colecionadas por aquele indivíduo, quanto o próprio sujeito, pode acontecer das percepções serem prejudicadas. Por exemplo se pensarmos no caso da depressão melancólica, há uma união entre o corpo sujeito e do corpo objeto, na depressão melancólica a ligação entre a globalidade do corpo vivido entra em colapso, pois há uma perda da habilidade do sujeito de se inserir no mundo como corpo objeto. O sujeito vai cada vez mais se distanciando do mundo e do outro, vai perdendo aos poucos sua conexão com o mundo. A esquizofrenia, é reconhecida pela psicopatologia fenomenológica contemporânea como sendo um distúrbio correlacionado a alterações da corporeidade e da intersubjetividade, ou seja, a relação do sujeito em relação ao seu próprio corpo, espaço e tempo é prejudicada. Como há uma interligação entre a percepção do espaço, tempo e corpo, o esquizofrênico entra em sofrimento, pois sua percepção está danificada, há uma desunião entre o tempo e espaço no mundo do esquizofrênico, o espaço torna-se inerte. Na esquizofrenia a descorporificação, o impede de vivenciar livremente em seu espaço.

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