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O surgimento da EAD no Brasil

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Por:   •  18/8/2014  •  Trabalho acadêmico  •  4.274 Palavras (18 Páginas)  •  499 Visualizações

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1. - Introdução

A educação a distância no Brasil é marcada por uma trajetória de sucessos, não obstante a existência de alguns momentos de estagnação, provocados por ausência de políticas públicas para o setor.

Em mais de cem anos, excelentes programas foram criados e, através dos mesmos, fortes contribuições existiram para que se democratizasse a educação de qualidade, atendendo, principalmente, cidadãos fora das regiões mais favorecidas.

Há registros históricos que colocavam o nosso País dentre os principais no campo da EAD, especialmente até os anos setenta do século passado. A partir dessa época, outras nações avançaram e o Brasil estagnou, e então surgiu uma queda no ranking internacional.

Somente no final do milênio é que as ações positivas voltam a acontecer e o crescimento passa a despontar, voltando a permitir prosperidade e desenvolvimento.

Muito ainda há a ser feito, contudo os últimos resultados demonstram tendências de progresso, o que beneficiará toda a sociedade.

2. - Surgimento da EAD no Brasil

As pesquisas realizadas (1) em diversas fontes mostram que pouco antes de 1900 já haviam anúncios em jornais de circulação no Rio de Janeiro oferecendo profissionalização por correspondência.

Tratava-se de curso de datilografia ministrado não por um estabelecimento de ensino, mas sim por professora particular.

Não obstante essas ações isoladas, que foram importantes para uma época em que se consolidava a República, o marco de referência oficial é a instalação das Escolas Internacionais, em 1904.

A unidade de ensino, estruturada formalmente, era filial de uma organização americana que, aliás, até hoje existe, com presença em alguns países.

Os cursos oferecidos eram todos voltados para as pessoas que pretendiam estar empregadas, especialmente no comércio e no setor de serviços.

O ensino era, naturalmente, por correspondência, com remessa de materiais didáticos pelos correios, que usavam principalmente as ferrovias para o transporte.

Nos vinte primeiros anos tivemos, portanto, apenas uma única modalidade, a exemplo, por sinal, de todos os outros países.

3. - A revolução via rádio

Em 1923 era fundada a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.

Tratava-se de uma iniciativa privada e que teve pleno êxito, mas trazia preocupações para os governantes, tendo em vista a possibilidade de transmissão de programas considerados subversivos, especialmente pelos revolucionários da década de 30.

A principal função da emissora era a de possibilitar a educação popular, através de um sistema então moderno de difusão do que acontecia no Brasil e no Mundo.

Os programas educativos, a partir dessa época, se multiplicavam e repercutiam em outras regiões, não só do Brasil, como em diversos países do continente americano.

A Rádio funcionou, em sua primeira fase, nas dependências de uma escola superior mantida pelo Poder Público. Posteriormente fortes pressões surgiram para as mudanças de rumo da entidade, sendo criadas exigências de difícil cumprimento, especialmente considerando a inexistência de fins comerciais. Em 1936, sem alternativas, os instituidores tiveram que doar a emissora para o Ministério da Educação e Saúde.

Vale registro que até 1930 inexistia um ministério específico para a educação e os assuntos eram tratados em órgãos que tinham outras funções principais mas cuidavam, também, da instrução pública.

A educação via rádio foi, desta forma, o segundo meio de transmissão a distância do saber, sendo apenas precedida pela correspondência.

Inúmeros programas, especialmente os privados, foram sendo implantados a partir da criação, em 1937, do Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação.

Destacaram-se, dentre eles, a Escola Rádio-Postal "A Voz da Profecia", criado pela Igreja Adventista em 1943, com o objetivo de oferecer aos ouvintes cursos bíblicos.

O SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial iniciou, em 1946, suas atividades e logo a seguir desenvolveu no Rio de Janeiro e em São Paulo a Universidade do Ar que em 1950 já atingia 318 localidades.

A Igreja Católica, por meio da Diocese de Natal, no Estado do Rio Grande do Norte, criou em 1959 algumas escolas radiofônicas, dando origem ao Movimento de Educação de Base.

No sul do País, destaque para a Fundação Padre Landell de Moura, no Estado do Rio Grande do Sul, com cursos via rádio.

Projetos como o MOBRAL, vinculado ao Governo Federal, prestaram grande auxílio e tinham abrangência nacional, especialmente pelo uso do rádio.

A revolução deflagrada em 1969 abortou grandes iniciativas, e o sistema de censura praticamente liquidou a rádio educativa brasileira.

Hoje ainda existem ações isoladas, entretanto pouco apoiadas pelos órgãos oficiais.

O desmonte da EAD via rádio foi um dos principais causadores de nossa queda no ranking internacional. Enquanto o Brasil deixava de usar as transmissões pela rede de emissoras, outros países implementaram modelos similares.

Temos esperanças que voltemos a transmitir educação através dessa modalidade, e que possa ser reinstalado uma grande rede de difusão de programas educativos, especialmente os voltados para a população menos assistida pelas mídias mais avançadas.

4. - O cinema educativo

O cinema foi - e continua sendo - muito pouco usado no campo da educação.

Não há registros históricos marcantes no setor, e os custos de produção foram os principais responsáveis.

Igualmente, considerando que as salas de projeção são mantidas pela iniciativa privada, nunca houve interesse em

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