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Por:   •  20/3/2015  •  448 Palavras (2 Páginas)  •  199 Visualizações

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Numa manhã, ao despertar de sonhos inquietantes, Gregor Samsa deu por si na

cama transformado num gigantesco inseto. Estava deitado sobre o dorso, tão duro que

parecia revestido de metal, e, ao levantar um pouco a cabeça, divisou o arredondado

ventre castanho dividido em duros segmentos arqueados, sobre o qual a colcha

dificilmente mantinha a posição e estava a ponto de escorregar. Comparadas com o

resto do corpo, as inúmeras pernas, queeram miseravelmente finas, agitavam-se

desesperadamente diante de seus olhos.

Que me aconteceu? - pensou. Não era um sonho. O quarto, um vulgar quarto

humano, apenas bastante acanhado,ali estava, como de costume, entre as quatro

paredes que lhe eram familiares. Por cima da mesa, onde estava deitado,

desembrulhada e em completa desordem, uma série de amostras de roupas: Samsa

era caixeiro-viajante, estava pendurada a fotografia que recentemente recortara de

uma revista ilustrada e colocara numa bonita moldura dourada.

Mostrava uma senhora, de chapéu e estola de peles, rigidamente sentada, a

estender ao espectador um enorme regalo de peles, onde o antebraço sumia!

Gregor desviou então a vista para a janela e deu com o céu nublado - ouviam-se

os pingos de chuva a bateremna calha da janela e isso o fez sentir-se bastante

melancólico. Não seria melhor dormir umpouco e esquecer todo este delírio? -

cogitou. Mas era impossível, estava habituado a dormir para o lado direito e, na

presente situação, não podia virar-se. Por maisque se esforçasse por inclinar o corpo

para a direita, tornava sempre a rebolar, ficando de costas. Tentou, pelo menos, cem

vezes, fechando os olhos, para evitar ver as pernas a debaterem-se, e só desistiu

quando começou a sentir no flanco uma ligeira dor entorpecida que nunca antes

experimentara.

Oh, meu Deus, pensou, que trabalho tão cansativo escolhi! Viajar, dia sim, dia

não. É um trabalho muito mais irritante do que o trabalho do escritório propriamente

dito, e ainda por cima há ainda o desconforto de andar sempre a viajar, preocupado

com as ligações dos trens, com a cama e com as refeições irregulares, com

conhecimentos casuais, que são sempre novose nunca se tornam amigos íntimos.

Diabos levem tudo isto! Sentiu uma leve comichão na barriga; arrastou-se lentamente

sobre as costas, - mais para cima na cama,

...

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