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Organização vertical

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Por:   •  9/4/2014  •  Projeto de pesquisa  •  4.444 Palavras (18 Páginas)  •  174 Visualizações

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. Introdução

Atualmente, as organizações necessitam estar globalizadas, conhecer os seus processos, suas interações e seus resultados, para gerenciá-los de forma adequada, a fim de manter o sistema controlado e seus objetivos e metas atendidos. Ozsomer, Calantone e Di Benedetto (1997) ressaltam que a estrutura organizacional influencia diretamente a postura estratégica da empresa, sendo este um fator importante, que aumenta a inovatividade. A escolha de uma empresa por agressividade, competitividade, estratégia de risco, influencia a inovatividade. As empresas inovadoras se diferenciam dos seus concorrentes, alterando os seus métodos de produção e produtos, bem como no modelo de gestão. Consoante isso, a estrutura organizacional da empresa pode influenciar diretamente no desenvolvimento das inovações (Menguc, Auh, 2009).

A estrutura organizacional de uma empresa pode ser demonstrada através de um organograma organizacional, onde dois enfoques são normalmente observados. Sendo eles, as chamadas horizontalização ou verticalização. A base é definida como a ampliação da quantidade de órgãos ligados a um núcleo de comando ou, por outro lado, a redução da quantidade desse comando. Quando há a amplitude de comando ou aumento quantidade de subordinados de uma determinada chefia, está sendo considerada uma estrutura horizontal (Ostroff, 1999; Lumpkin, Dess, 2004; Brews, Tucci, 2004).

Para Hansen e Nohria (2004) existem vantagens e desvantagens em cada caso, como em relação a qualquer situação organizacional. Para os autores, quando é reduzida a quantidade de subordinados diretos, está se tratando de uma estrutura organizacional vertical e, com isso, cria-se, na maioria das vezes, um maior número de níveis hierárquicos e maior densidade organizacional.

Na estrutura organizacional vertical, observa-se um número menor de órgãos que se reportam a uma determinada unidade de comando, o que pode contribuir para a integração de atividades com grande sinergia entre si. Por outro lado, reduz-se a autonomia e autoridade dos órgãos subordinados, reduzindo assim, a velocidade de respostas às demandas (Brews, Tucci, 2004).

Lumpkin e Dess (2004) ressaltam que o contexto histórico das estruturas organizacionais traz consigo a explicação de porque algumas estruturas tem sucesso e são duradouras, pois mesmo sendo considerada uma estrutura antiga, siderúrgicas dos EUA continuam sendo operacionais, e utilizam estruturas hierárquicas verticais? Consoante isso, mudar a estrutura de uma organização é uma tarefa de gestão difícil, visto que a mudança normalmente ocorre de forma parcial.

Para O'Reilly e Tushman (2004) os debates sobre verticalização e horizontalização das estruturas, em suma, encontram variáveis que envolvem a centralização ou descentralização das atividades, das operações e dos processos.

As formas de estrutura de hierarquia organizacional também podem ser denominadas como formal (orgânica) e informal (mecânica) (Hansen, Nohria, 2004; Menguc, Auh, 2009). As estruturas formais são consideradas como sendo estruturas rígidas, inflexíveis, com grande centralização das tomadas de decisões nas áreas (estrutura verticalizada), enquanto estruturas informais são consideradas como sendo mais fluidas, flexíveis (estrutura horizontalizada) e com maior descentralização nas diferentes etapas para geração de projetos de desenvolvimento de novos produtos, onde este é um indicador para a condição de empresa inovadora (Dewar, Dutton, 1986).

Para Menguc e Auh (2009) uma estrutura informal (horizontalizada) tem um efeito oposto sobre a capacidade de inovação de produto – relacionado a performance de novos produtos, dependendo se a capacidade de inovação do produto é incremental ou radical. Para a capacidade de inovação incremental (CII), uma estrutura informal é benéfica, enquanto que para a capacidade de inovação radical (CIR), é prejudicial. Em contraste, uma estrutura formal (verticalizada) é vantajosa em colher os resultados de performance de novos produtos para CIR, mas não tem efeito sobre CII.

O modelo de empresa inovadora propõe que a manutenção da capacidade de inovar é obtida pela variação do nível de conhecimento organizacional, ou seja, a empresa alterna, no tempo, ciclos de aprendizagem horizontal ou de aprendizagem vertical mais intensa ou sobrepõe ciclos distintos implementados em áreas ou unidades diferentes. Já a capacidade de criar inovações é resultante da quantidade de aprendizado horizontal em relação ao aprendizado vertical da empresa em determinado período (March, 1991; Levinthal, March, 1993; Kontoghiorghes et al., 2005).

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) apresenta o rankingdas empresas inovadoras brasileiras com maior número de patentes registradas, pois trata-se de uma das principais provas de desenvolvimento inovador, científico e tecnológico de um país ou empresa (Inpi, 2010), assim como a Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec) que expõe indicadores setoriais, nacionais e regionais das atividades de inovação tecnológica das empresas brasileiras (Pintec, 2010).

No Brasil, o universo das empresas inovadoras vem crescendo nos últimos anos, ocasionando o aumento da taxa de inovação, conforme relata a pesquisa Pintec (2010) e o ranking de patentes registradas do Inpi (2010). Entretanto, não se encontram estudos que verificam se a estrutura organizacional presente nessas empresas é vertical ou horizontal, bem como se esta estrutura influencia nas inovações.

Perante o exposto, este estudo tem como objetivo verificar se a estrutura organizacional das empresas inovadoras brasileiras é vertical ou horizontal, bem como analisar se a estrutura organizacional influencia as inovações. Para tanto, utilizou-se na análise de dados o ranking de patentes registradas do Inpi (2010), bem como os indicadores nacionais de inovação segundo a Pintec (2010).

2. Referencial Teórico

2.1 Organizacionais Verticalizadas

O modelo tradicional de uma estrutura organizacional vertical tem uma estrutura hierárquica ou piramidal, com um presidente na parte superior, um pequeno número de vice-presidentes ou administradores subordinados ao presidente, e outros níveis hierárquicos abaixo deste, até base da pirâmide, assim o número de níveis hierárquicos depende do tamanho da organização (Brews, Tucci, 2004).

Para Hansen e Nohria (2004) qualquer organização, independente da forma como está constituída, deve executar certas tarefas, a fim de realizar o trabalho a que se propôs em sua constituição. Os postos de trabalho na estrutura organizacional vertical geralmente são agrupados por função em departamentos

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