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PIB, PNB E RENDA LÍQUIDA EXTERIOR

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Por:   •  30/5/2014  •  1.265 Palavras (6 Páginas)  •  6.919 Visualizações

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PRODUTO INTERNO BRUTO

PIB é a sigla para Produto Interno Bruto e representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços finais produzidos em uma determinada região durante um período determinado. É um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia e tem o objetivo principal de mensurar a atividade econômica de uma região. Em sua contagem consideram-se bens e produtos finais, aqueles vendidos ao consumidor final, do pão ao carro; serviços prestados e remunerados, do banco à doméstica; investimentos, como os gastos que as empresas fazem para aumentar a produção no futuro e os gastos do governo, que englobam tudo que for gasto para atender a população, do salário dos professores à compra de armas para o Exército. São excluídos da contagem bens intermediários, aqueles usados para produzir outros bens; serviços não remunerados, o trabalho da dona de casa como exemplo; bens já existentes, como a venda de uma casa já construída ou de um carro usado; as atividades informais e ilegais tais como o trabalhador sem carteira assinada e o tráfico de drogas.

Para analisar o comportamento do PIB de um país é preciso diferenciar o PIB nominal do PIB real. PIB nominal calcula a preços correntes, ou seja, no ano em que o produto foi produzido e comercializado, e PIB real é calculado a preços constantes, onde é escolhido um ano base para eliminar o efeito da inflação. O PIB real é o mais indicado para análises.

O PIB pode ser calculado a partir de três óticas: da despesa, da oferta e do rendimento. Na ótica da despesa o valor do PIB é orçado a partir do dispêndio efetuado pelos diversos agentes econômicos em bens e serviços para utilização final, e corresponderá ao custo interno, que inclui a despesa das famílias e do Estado em bens de consumo e a despesa das empresas em investimentos. Na ótica da oferta o valor do PIB é computado a partir do valor gerado em cada uma das empresas que operam na economia. Já na ótica do rendimento o valor do PIB é mensurado a partir dos rendimentos de fatores produtivos distribuídos pelas empresas, ou seja, as somas dos rendimentos do fator trabalham com os rendimentos de outros fatores produtivos.

O PIB é distribuído em gastos de consumo privado, gastos governamentais, de investimento (formação bruta de capital fixo e variação de estoques) e transações com o setor externo (exportações menos importações).

O estado mais rico do Brasil é São Paulo, com o maior PIB entre os estados brasileiros e o segundo PIB per capita da Federação, sendo assim um dos mais importantes pólos econômicos da América Latina. No ano de 2010 seu PIB foi de R$ 1.247.596 milhões, ou 33,1% do PIB nacional.

A instituição exclusiva que faz a medição do PIB no Brasil é o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, entidade da administração pública federal vinculada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que se constitui no principal provedor de dados e informações do país, que atendem às necessidades dos mais diversos segmentos da sociedade civil, bem como dos órgãos das esferas governamentais federal, estadual e municipal.

RENDA LÍQUIDA EXTERIOR

Geralmente fala-se em Renda Líquida Enviada ao Exterior, pois no caso brasileiro, tradicionalmente, enviam-se mais rendas do que se recebe. A Renda Líquida Enviada ao Exterior diz respeito à diferença entre o pagamento pelo uso de fatores de produção estrangeiros utilizados internamente e o pagamento recebido pelo uso de fatores nacionais no exterior. De maneira simplificada, tem-se que:

Renda Líquida Enviada ao Exterior = Renda Enviada ao Exterior - Renda Recebida do Exterior.

Na prática, países cujas empresas apresentam alto grau de internacionalização e pouca presença de empresas estrangeiras em seu território, tendem a ter resultado negativo na Renda Líquida Enviada ao Exterior, uma vez que, em princípio, esses países recebem mais renda do exterior do que enviam. Por outro lado, países com elevada presença de empresas estrangeiras e cujas companhias nacionais são pouco internacionalizadas tendem a ser exportadoras de renda, tendo resultado da Renda Líquida Enviada ao Exterior positivo.

A Renda Líquida Enviada ao Exterior é incluída no cálculo do Produto Nacional Bruto, uma vez que esse é o resultado de todas as riquezas produzidas pelos fatores de produção nacionais, independente de onde estão localizados.

Renda Líquida Recebida do Exterior refere-se à diferença entre o que se recebe (propriedade de residentes) e o que se paga (propriedade de não-residentes) na utilização de fatores de produção.

PRODUTO NACIONAL BRUTO

O Produto Nacional Bruto, PNB, é uma expressão monetária dos bens e serviços produzidos por fatores de produção nacionais, independentemente do território econômico. A metodologia utilizada pelo Banco Mundial para medir o PNB dos países é baseada no método de conversão monetária Atlas, que atenua as flutuações cambiais ao utilizar uma média dos últimos três anos.

O Produto Interno Bruto difere do Produto Nacional Bruto basicamente pela Renda Líquida Enviada ao Exterior ou Recebida do Exterior. Seus efeitos são desconsiderados nos cálculos do PIB e considerados nos cálculos do PNB. Em geral, os países desenvolvidos possuem um PNB maior que o PIB, ao contrário que acontece com países em desenvolvimento. Esta renda representa a diferença entre recursos enviados ao exterior (pagamento de fatores de produção internacionais alocados no país) e o recurso recebido do exterior a partir de fatores de produção que, sendo do país considerado, encontra-se em atividade em outros países.

As fórmulas para o cálculo do PNB a partir do PIB são as seguintes:

PNB = PIB +RLRE

PNB = PIB - RLEE

Em que PNB é o Produto Nacional Bruto. PIB é o Produto Interno Bruto. RLRE é a Renda Líquida Recebida do Exterior (quando as rendas recebidas superam as enviadas) e RLEE é a Renda Líquida Enviada ao Exterior (quando as rendas enviadas superam as recebidas). A primeira fórmula é utilizada quando o país em estudo aufere RLRE e a segunda quando aufere RLEE. Também é correta a seguinte fórmula, além de ser mais didática:

PNB = PIB + total de rendas recebidas do exterior - total de rendas enviadas ao exterior.

Desta forma, em países em desenvolvimento como o Brasil, o PNB é menor do que o PIB porque uma parcela da ordem de 3% do PIB brasileiro não é usufruída por brasileiros e sim enviada ao exterior na forma de lucros, dividendos e juros do capital estrangeiro. Assim, a renda interna bruta é de fato menor do que PIB. Nos Estados Unidos, ao contrário, o PNB é maior do que PIB porque as rendas obtidas pelas empresas americanas no exterior e enviadas aos Estados Unidos na forma de remessa de lucros e dividendos, são consideradas parte do PNB americano. Portanto o PIB, descontado dessa renda enviada ao exterior, ou somado à renda recebida do exterior é chamado PNB. O conceito de PNB, por esse motivo, está mais próximo ao conceito de Renda Nacional.

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