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PRINCIPAIS ASPECTOS DA ECONOMIA BRASILEIRA NOS ANOS DE 2011-2012

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Por:   •  22/2/2014  •  957 Palavras (4 Páginas)  •  500 Visualizações

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PRINCIPAIS ASPECTOS DA ECONOMIA BRASILEIRA NOS ANOS DE 2011-2012

A economia brasileira em 2012 caracterizou-se pela contínua piora das perspectivas de crescimento. A recuperação esperada após um 2011 fraco não se materializou, e os indicadores ruins passaram a contaminar as expectativas. Isto ocorreu mesmo com a utilização de políticas econômicas anticíclicas, que não surtiram o efeito desejado pelo Governo.

O Governo seguiu utilizando medidas fiscais expansionistas, como a continuidade de renúncias fiscais em setores específicos e algumas desonerações sobre a folha de pagamento, com o objetivo de estimular a demanda doméstica. A política monetária continuou expansionista, o que foi possibilitado pela fraca atividade econômica e inflação ainda abaixo da banda superior da meta.

A continuidade da política anticíclica foi a principal característica da condução da política fiscal em 2012. A implementação das medidas, como ocorreu em situação similar durante a crise de 2008-2009, foi via concessão de benefícios fiscais a setores específicos. Isto foi ampliado com a desoneração sobre a folha de pagamento em alguns setores. Com isto, as medidas não atingem uniformemente a economia.

Com a renúncia fiscal a arrecadação do Governo tendeu a reduzir-se, o que foi reforçado pela própria fraqueza da atividade econômica. Como as despesas do governo continuaram a crescer, especialmente os gastos de custeio, o resultado primário como proporção do PIB reduziu-se. Apesar da diminuição da despesa com juros em decorrência da política monetária expansionista, o resultado nominal, que inclui as despesas com juros, não caiu, porque a queda no superávit primário foi maior que a redução das despesas com juros.

A diminuição de tributos e contribuições sobre as contas de energia elétrica poderá afetar as contas públicas em 2013. Como não há benefício sem custo, a redução que o Governo planejava transferir para as empresas de energia elétrica poderá ser absorvido pelo próprio Governo através de menor arrecadação.

Após a inflação de 2011, medida pelo IPCA, ter chegado exatamente ao limite superior da banda estabelecida no regime de metas de inflação, o cenário para os preços em 2012 foi mais tranquilo. A inflação terminou o ano novamente acima do centro da meta.

Os níveis historicamente baixos da taxa de desemprego, que leva à elevação dos salários reais, também contribuiram para inflação mais elevada. Por um lado, os custos de produção se elevam com o custo do trabalho e podem ser repassados aos preços. Isto é especialmente relevante para o caso dos serviços, em geral intensivos em mão de obra. Por outro lado, os serviços pessoais, que entram diretamente na inflação, também são afetados pela elevação do custo do trabalho.

A economia mundial continuará influenciando o comportamento dos preços dos produtos comercializáveis, o que diminui os efeitos da política monetária. A preocupação com a inflação levou o Governo (Banco Central) a intervir no mercado cambial, apesar de a depreciação que ocorreu na moeda brasileira ser benéfica para as empresas participantes do mercado externo ou competidoras com produtos importados.

Durante o ano de 2012 o Banco Central continuou com a sua política de afrouxamento monetário, iniciada no segundo semestre de 2011. O fraco nível de atividade interno e o complicado cenário externo confirmaram o acerto da reversão da elevação da taxa Selic em agosto de 2011.

Além da política monetária, o Governo brasileiro adotou uma postura mais agressiva no crédito, utilizando para isso os bancos públicos, com o objetivo de reduzir os custos do crédito. O efeito da concorrência levaria a queda a ser generalizada no sistema financeiro, tornando o crédito mais acessível para os tomadores, especialmente pessoas físicas.

Durante o primeiro semestre de 2012 a taxa de câmbio do Real em relação ao Dólar chegou aos R$ 2,00, e não retornou mais aos patamares observados nos anos anteriores.

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