PROCESSO CONTÁBIL NA EMPRESA COMERCIAL

1 – INTRODUÇÃO

Este estudo vai procurar demonstrar a finalidade da Contabilidade como ferramenta de gestão, através do conhecimento da estrutura administrativa das empresas comerciais.

A contabilidade é um instrumento gerador de informações para que os gestores das empresas possam tomar decisões. Embora haja mudanças nos ti-pos de usuários e nas formas de informação que desejam, esta função da contabili-dade é fundamental. Os demonstrativos financeiros, gerados pela contabilidade, tem que prover as organizações de informações úteis para a tomada de decisões.

As Demonstrações Contábeis constituem um dos pontos culminan-tes da atividade profissional contábil. Por intermédio delas são prestadas as infor-mações indispensáveis aos acionistas, administradores, governo e sociedade em geral sobre a situação patrimonial e financeira das empresas.

A preocupação com a qualidade da área contábil interna e da em-presa tem sido de bastante valia aos empreendedores nos dias de hoje. Um serviço contábil bem prestado pode contribuir para o sucesso da empresa e para uma maior lucratividade e rentabilidade.

2 – DESENVOLVIMENTO

2.1. Processo Contábil

A Contabilidade Comercial controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das empresas comerciais, mediante registro, demonstração expositiva e revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico.Um sistema contábil é um meio formal de se reunir dados para ajudar nas tomadas de decisões da organização.

Para Ribeiro (1996, p. 16), as empresas são entidades econômico-administrativas que tem finalidade econômica, isto é, visam o lucro. Desenvolvem os mais variados ramos de atividades,como comércio, indústria, agricultura, pecuá-ria, transportes, telecomunicações, turismo, prestação de serviços, etc.

2.1.1. Aplicação financeira

É a compra de um ativo financeiro, esperando-se que com o tempo, produza um retorno financeiro, ou seja, espera-se não só obter o capital investido, como também um excedente, a título de juros ou dividendos.

As aplicações financeiras constituem-se de investimentos com ren-tabilidade fixa ou variável, como Fundos de Investimento Financeiro (FIF), Certifica-dos de Depósitos Bancários (CDB), Letras Hipotecárias, etc.

No caso da aplicação efetuamos o lançamento de transferência de numerário da conta banco conta movimento para a conta de aplicação correspon-dente ao tipo de aplicação efetuada. O valor dessas aplicações classifica-se, no ba-lanço:

No ativo circulante entre as disponibilidades, no caso de aplicações resgatáveis a qualquer momento, sem vinculação a determinado prazo, como os Fundos de Investimentos Financeiros (FIF) e como investimentos temporários, se resgatáveis em prazo vencível até 12 meses após a data de aplicação.

No realizável a longo prazo no caso de aplicações financeiras res-gatáveis em prazo vencível após 12 meses da data de aplicação.

A apropriação do rendimento de aplicação financeira deve ser feita observando-se o regime de competência.Assim, na data do balanço ou balancete, se existir saldo de aplicação financeira a ser resgatado nos períodos seguintes, o rendimento proporcional colhido até essa data deverá ser registrado em conta de resultado do período, em contrapartida à conta de aplicação.

O juro composto é um regime de capitalização muito usado atual-mente em razão de sua crescente rentabilidade. Nesse tipo de capitalização, o juro, a partir do segundo período, é calculado baseado no valor do montante do período anterior.São aqueles em que ao final de cada período os juros obtidos são somados ao capital, constituindo um novo capital a ser aplicado, isso ocorre sucessivas vezes até atingir o tempo máximo de aplicação do dinheiro. Os juros compostos são o ali-cerce do sistema financeiro atual, regendo todos os tipos de transações financeiras.

2.1.2. Princípio da entidade e competência

Os Princípios da Contabilidade devem ser obrigatoriamente obser-vados no exercício da profissão contábil e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

No Princípio da Entidade a contabilidade deve ter plena distinção e separação entre pessoa física e pessoa jurídica.O patrimônio da empresa não pode se confundir com o de seus sócios. A contabilidade da empresa vai registrar somen-te os atos e os fatos ocorridos que se façam parte do patrimônio da empresa e não sejam relacionados com o patrimônio particular de seus sócios. Exemplo, a conta de telefone, empregados entre tantas outras despesas dos sócio (pessoa física) nunca devem ser registrados como despesas da empresa (pessoa jurídica)

No Princípio da Competência os efeitos das transações e outros eventos são reconhecidos nos períodos a que se referem, independente do recebi-mento ou pagamento, está ligado ao registro de todas as receitas e despesas de acordo com o fato gerador. Exemplo, venda a prazo em janeiro para receber em mar-ço, embora não recebida esta venda é receita de Janeiro, mês da venda. Se a com-pra ocorreu no mês de março com pagamento em abril, a despesa deverá constar nos registros de março, embora o pagamento seja feito em abril.

2.2. Avaliação de estoque

O método de avaliação escolhido afetará o total do lucro a ser repor-tado para um determinado período contábil, permanecendo inalterados outros fato-res, quanto maior for o estoque final avaliado, maior será o lucro reportado, ou me-nor será o prejuízo. Quanto menor o estoque final, menor será o lucro reportado, ou maior será o prejuízo.

O Sistema de Inventário Periódico consiste em um sistema simplifi-cado de apuração do custo de fabricação, pois não exige a prática de controles mi-nuciosos, nem a utilização de pessoal especializado.É permitido pela legislação, por isso é muito utilizado pelas empresas de pequeno e médio porte.A utilidade geren-cial para a tomada de decisão deste sistema é restrita.

No sistema de inventário permanente, a empresa mantém um con-trole contínuo sobre as entradas e saídas de mercadorias, de forma que a qualquer momento pode dispor da posição atualizada dos estoques e do custo

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