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PRODUTIVIDADE E O CUSTO DA MÃO-DE-OBRA

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Por:   •  11/8/2013  •  3.879 Palavras (16 Páginas)  •  618 Visualizações

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PRODUTIVIDADE E O CUSTO DA MÃO-DE-OBRA

Luciano Carlos Lauría- Contador, Administrador de Empresas e Economista Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG Campus da PUC-Minas - Av. Dom José Gaspar, no. 500 – Coração Eucarístico Belo Horizonte - MG lauria@pucminas.br Professor Titular – Departamento de Ciências Contábeis

Resumo A mão-de-obra é um fator preponderante nas estruturas de custos das empresas, principalmente industriais e de prestação de serviços, e merecendo ainda continuadas atenções, face a sua relação direta com os demais fatores de produção. A utilização do potencial humano, como um recurso valioso à obtenção da produtividade nas organizações, é abordado neste trabalho através de uma forma objetiva, apoiado em um caso orientado a facilitar o entendimento dos aspectos que envolvem, além da produtividade, o compromisso a resultados, a eliminação da ociosidade, a motivação no trabalho com conseqüentes benefícios compensatórios, a definição de preços competitivos e a recompensa do desempenho, de modo a satisfazer às expectativas dos clientes e permitir melhores decisões estratégicas.

Area temática: Gestão de Custos nos Ambientes de Manufatura

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PRODUTIVIDADE E O CUSTO DA MÃO-DE-OBRA. Análise da natureza do comportamento do custo da mão-de-obra e sua influência nos resultados operacionais das organizações industriais e de serviços.

Dentre os elementos que compõem o custo dos produtos industriais e o da prestação de serviços, o que mais se destaca é o custo da mão-de-obra, face ao vínculo e a interdependência deste com os recursos físicos que estão na base das operações industriais, como máquinas, energia, materiais e demais componentes dos produtos, todos influenciados pelo uso, intensivo ou não, da mão-de-obra empregada na produção.

Por outro lado, assim como o custo das matérias-primas, material de embalagem e outros que integram diretamente o custo dos produtos manufaturados e serviços, o custo da mão-de-obra, também parte direta do valor primário dos produtos, se diferencia pela impossibilidade de “estocagem” – ou seja, a disponibilidade da força de trabalho do pessoal empregado diretamente na fabricação de produtos e prestação de serviços é restrita a jornada de trabalho legal, e depende do uso que se faz das horas disponíveis dos empregados – mesmo que parcialmente ociosas e independentemente de eventuais paradas, prolongadas ou não, provenientes de quebras de máquinas, “setup”, intervalos para descansos e outros.

A natureza especial da prestação do trabalho por operários da indústria de bens ou de serviços, remunerados por salários fixos (geralmente por períodos mensais), em atendimento às disposições legais brasileiras (CLT) - que veda a remuneração proporcional ao resultado físico da produção proveniente do trabalho empregado, obriga-se ao reconhecimento que o custo da mão-de-obra, diferentemente do comportamento variável da matéria-prima, é de presença permanente e, portanto, um custo fixo periódico, independente do maior ou menor volume de produção ou vendas.

Por estas razões, administrar a mão-de-obra, vinculando seu custo com a produtividade e a eficiência das organizações, é fator primordial para o sucesso na competitividade das empresas, mesmo que estas, por força dos avanços em tecnologia e modernização dos processos, venham a diminuir progressivamente a utilização intensiva da mão-de-obra. Por outro lado, sob esta tendência, a crescente conscientização e maior comprometimento dos empregados às metas de desempenho, aliado a imperiosa necessidade das empresas de reduzirem os custos dos produtos e dos serviços, pode proporcionar a oportunidade inadiável da promoção de ações visando objetivos de otimização da produtividade do trabalho, com conseqüentes premiações e gratificações.

Para que estas questões sejam evidenciadas com plena percepção, e como suporte às proposições e correspondente análise dos benefícios vinculados a produtividade do trabalho, apresentaremos o caso a seguir, aplicativo a atividades industriais e de serviços. No desenvolvimento deste exemplo, faremos observações e comentários, em especial os pertinentes aos objetivos deste trabalho, que trata da:

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• Demonstração do comportamento do custo da mão-de-obra - usualmente de natureza fixa, em utilização variável. Esta conclusão será evidenciada através da abordagem pelo custeio variável (direto) e pela análise do custo da ociosidade. • Medição da alavancagem operacional proporcionada pela utilização da disponibilidade da mão-de-obra ociosa; • Análise de alternativas estratégicas, visando obter, com o direcionamento da ociosidade da mão-de-obra, melhores resultados operacionais, compartilhados com os empregados através de benefícios vinculados a metas de desempenho; e • Otimização das estruturas fixas operacionais e maximização de lucros.

Caso: Uma empresa fabricante de três produtos, com similares no mercado e disputando uma concorrência muito acirrada, vem acusando nos últimos tempos uma acentuada ociosidade em sua produção, imposto pela demanda de mercado. Sua estrutura operacional, composta por empregados devidamente treinados e por processos mecanizados de recente aquisição, apresenta uma capacidade produtiva cuja utilização está restrita a cerca de 65% - portanto, uma ociosidade (alta) de 35%. No quadro 1 a seguir, estão apresentadas informações sintetizadas da estrutura de preços, custos, dados e resultados atuais, baseados em dados médios de um trimestre, bastante representativo da média anual. Demais dados: 1. A empresa tem 50 empregados na produção (além dos empregados das demais áreas), e vem controlando o material diretamente aplicado em cada unidade produzida; 2. Os custos e despesas de comportamento fixo mensal, totalizados na média do trimestre em questão, representam $ 74.200,00, a seguir detalhados:

a) Custos Fixos Mensais: Mão-de-obra direta $ 19.200,00 Depreciações de equipamentos: $ 2.800,00 Leasing de equipamentos $ 2.000,00 Logística e setores de apoio $ 3.200,00 Salário e encargos do pessoal de supervisão $ 5.000,00 Energia elétrica $ 3.500,00 Demais custos indiretos fixos $ 1.500,00 $ 37.200,00 b) Despesas Fixas Mensais: Depreciações de instalações e máquinas $ 3.000,00 Salários e enc. pessoal administrativo $ 12.000,00 Remunerações Pro-Labore e outros $ 20.000,00 Demais despesas gerais e administrativas $ 2.000,00 $ 37.000,00

TOTAL

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