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Paradigma para melhorar as operações individuais

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Por:   •  30/8/2014  •  Seminário  •  2.126 Palavras (9 Páginas)  •  268 Visualizações

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Paradigma da melhoria das operações individuais

Para se compreender como as empresas produtoras de bens se ajustam aos

diferentes modelos de gestão, é importante analisar o contexto em que estes se

desenvolveram, os fatores que influenciam a aplicação de um ou outro modelo, como

também entender os princípios, os conceitos e as técnicas a partir dos quais se

estabelecem as principais características do desenho organizacional.

A partir da prática da divisão do trabalho, estruturada por Adam Smith, inicia-se a

configuração dos sistemas de produção, através dos mecanismos utilizados para atingir

a racionalização e produtividade do trabalho, causando, na ótica de Shingo (1996), um

impacto de grande alcance na indústria como um todo, possibilitando o surgimento da

Revolução Industrial.

As vantagens econômicas da divisão do trabalho, evidenciadas por Babage (1969) e

ratificadas por Shingo (1996), apresentam como resultados os seguintes aspectos:

redução do tempo de qualificação do trabalhador e da perda de material no processo de

treinamento; eliminação do tempo entre a mudança de uma ocupação à outra, como

também na troca de ferramenta; aperfeiçoamento da habilidade pela freqüente

repetição da tarefa; redução das quantidades de material requeridas devido à melhoria

do processo de produção, na medida em que o trabalho é dividido em vários processos.

Estes fatores são determinantes para a difusão e o emprego da divisão do trabalho

pelas empresas, como o caminho para se alcançar a máxima eficiência de produção.

Porém, a prática da divisão do trabalho não se processou, de início, dentro de um

modelo sistemático padronizado. No período correspondente ao século XVIII até o final

do século XIX, segundo Antunes Jr. (1998, p. 84), “não se estabeleceu nenhum padrão

hegemônico de organização e gestão do trabalho e da produção, várias concepções

sobre a forma de gerir a produção, provavelmente foram desenvolvidas, coexistindo

lado a lado”. 30

O modelo clássico de gestão, fundamentado nos princípios tayloristas-fordistas, ou a

“Ciência do Trabalho”, segundo conotação de Shingo (1996), e o paradigma da

melhoria das operações individuais de acordo com Antunes Jr. (1998), pode ser

considerado como o primeiro modelo formalizado e desenvolvido no seio da

administração da produção e de ampla aplicação pelas empresas.

A base desse paradigma fundamenta-se em dois elementos fundamentais: a

operacionalização, de forma sistemática, da divisão do trabalho, a partir dos princípios

de Taylor, e a integração do sistema de produção, mediante o emprego da linha de

montagem fordista.

2.1.1. Taylor e a melhoria das operações individuais

Os postulados tayloristas aplicados no interior da produção tinham como objetivo

principal aumentar a produtividade das empresas. Para atingir esta meta, Taylor (1990)

focalizou o estudo do trabalho a partir da concepção de que todas as operações

produtivas podem ser cientificamente analisadas e otimizadas em unidades de ação e

em seqüência.

A operacionalização dessa norma modificou a maneira de produzir e alterou de

forma profunda os padrões de trabalho ao retirar do operador a ação sobre um

conjunto, ou parte significativa do produto, deslocando para a gerência, e nela

concentrando toda a concepção e planejamento do trabalho. Nesse sentido, Shenhav

(1995) argumenta que a transferência dos conhecimentos da produção guilds secrets

para o departamento de planejamento se desenvolveu sob o lema da ciência da

produção e pode ser considerada como “objetiva”, “sistemática” e “racional”.

As ações da gerência em relação ao planejamento do trabalho são denominadas por

outros autores, entre eles Taylor (1990) e Fleury (1997), como a substituição do

empirismo predominante na organização dos processos produtivos, no início do século 31

XX, por procedimentos sistemáticos de análise que utilizavam experimentos científicos,

ou a substituição do empirismo pelo método científico.

A lógica da produção, segundo os princípios tayloristas, consiste na análise do

processo de trabalho e nas operações que o compõem, para eliminar as atividades que

não agregam valor, através do estudo dos métodos de trabalho, a fim de melhor

prescrevê-los a cada trabalhador individualmente, especificando como, quando e com

que meios fazê-los. Isto é, significa o “Exame Crítico acerca do Trabalho", segundo

denominação de Neffa (1990).

A prática dessa metodologia de análise do trabalho, fundamentada no estudo de

...

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