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Plataforma Piper Alpha

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Por:   •  17/7/2014  •  2.024 Palavras (9 Páginas)  •  2.641 Visualizações

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Sumário

1 Introdução 4

1.1 O acidente 4

2 Sequência dos fatos 5

3 O que mudou após o acidente 7

4 Conclusão 8

Referências 10

1 Introdução

Esse trabalho tem como objetivo analisar as causas que levaram ao acidente da plataforma Piper Alpha, em 1988, e ainda o que mudou após o acidente.

Piper Alpha era uma plataforma petrolífera de grande porte, que estava localizada a aproximadamente 220 quilômetros de distância da costa de Aberdeen, na Escócia, na região conhecida como Mar do Norte, e era operada pela Occidental Petroleum Ltda e a Texaco que era proprietária de 22% das ações. A plataforma era responsável pela produção de gás de 2 poços e óleo de 24 poços no campo de óleo Piper, ela ficava conectada por um oleoduto e um gasoduto ao terminal Flotta, em Orkney e com gasodutos a outras duas plataformas. As instalações de Piper Alpha consistiam em uma torre de perfuração de um dos lados, a área responsável pelo processamento e refino no centro e os alojamentos da tripulação do outro lado. Por estar mais perto da costa do que outras plataformas da região, ela recebia gás de outras plataformas através de duas tubulações, os processava junto com o que havia sido produzido por ela e então enviava tudo que havia sido produzido para a costa.

1.1 O acidente

Piper Alpha operava normalmente, quando no dia 06 de julho de 1988 houve um grande vazamento de condensado de gás natural sobre a plataforma que iniciou um grande incêndio, causando uma enorme explosão que veio a iniciar outros incêndios secundários no óleo e com isso toda a tubulação que trazia gás de outras plataformas foi derretida. O gás que continuava chegando pela tubulação derretida causou uma outra grande explosão, que atingiu a plataforma inteira. As explosões foram tão repentinas e de tal proporção que afirma-se que uma evacuação tradicional foi impossível naquele momento. Após a primeira explosão e o incêndio a maioria da tripulação ainda estava na plataforma, porém os profissionais que tinham autoridade para ordenar a evacuação da plataforma morreram quando a primeira explosão destruiu completamente a sala de controle.

O projeto deficiente da plataforma, que não possuía paredes corta-fogo eficientes, e a falta de comunicação foram fundamentais para o acidente tomar a proporção alcançada.

2 Sequência dos fatos

No dia anterior ao acidente os técnicos realizavam uma manutenção preventiva em uma bomba condensadora de propano, que ficava na área de processamento e precisava ter a sua válvula de segurança inspecionada a cada 18 meses. Em um procedimento de rotina, os técnicos removeram a válvula, deixando livre na bomba o buraco onde ficava a válvula. Por não terem todo equipamento que precisavam para realizar a manutenção até às 18 horas, solicitaram que o restante do trabalho fosse deixado para o dia seguinte, e conseguiram autorização para isso. Segundo relatos de testemunhas, foi colocado provisoriamente no lugar da válvula um flange cego (provavelmente com parafusos frouxos), em um local que não era fácil de visualizar próximo a bomba.

No mesmo dia à noite, por volta das 22 horas a bomba condensadora que estava operando falhou. O pessoal da sala de controle, encarregados de operar a plataforma, decidiram dar partida na bomba reserva, porém eles não tinham a informação de que a bomba reserva estava em manutenção. Ao acionar a bomba em manutenção os gases escaparam pelo orifício que era ocupado pelo flange cego e o mesmo foi arrancado, em poucos minutos o gás acendeu e explodiu.

Com a força da explosão, a parede corta-fogo que separava o setor de processamento foi derrubada e em pouco tempo o óleo armazenado estava queimando sem controle. O sistema de dilúvio automático, projetado para borrifar água em casos de incêndio para ajudar na contenção ou apagá-los por completo não funcionou, por estar configurado em modo de operação manual, por estarem sendo executadas operações de mergulho. No auge do incêndio as chamas alcançaram cerca de mais de 90 metros de altura, podendo ser sentidas e vistas de muito longe.

Os técnicos de operação da plataforma de Tartan, que enviava gás para Piper Alpha, mesmo vendo a plataforma vizinha em chamas não tinham autoridade para parar a produção de gás, e com isso as chamas continuavam sendo alimentadas pelo gás enviado pela tubulação.

A tripulação apavorada juntou-se na área dos alojamentos, que no momento era a parte mais distante das chamas, e parecia ser a mais segura, no aguardo de que helicópteros pudessem chegar para resgatá-los em segurança. Porém os alojamentos de Piper Alpha não eram à prova de fumaça, e com a abertura e fechamento constante das portas o problema foi agravado. As condições no alojamento ficaram tão ruins que alguns entenderam que a única forma de se salvar seria abandonando a plataforma imediatamente, porém como as rotas para para os barcos salva-vidas haviam sido bloqueadas pelas chamas e fumaça, a única alternativa encontrada foi se jogar ao mar para serem salvos por barcos. No final, 62 homens foram salvos no mar e os outros 167 que permaneceram no alojamento morreram sufocados pelo monóxido de carbono da fumaça.

A embarcação Tharos, especializada em combate a incêndios, aproximou-se de Piper Alpha para tentar conter as chamas, porém não pode evitar sua destruição, pois não conseguia bombear água suficiente para extinguir o fogo até o fechamento dos dutos de gás de Tartan.

Apenas por volta de uma hora após o primeiro incêndio os dutos que levavam gás para Piper Alpha foram fechados, e com isso parava a alimentação das chamas com o gás, porém o fogo ainda permanecia o consumindo o óleo de Piper Alpha e o gás que já estavam nos tubos queimados. Cerca de três horas depois, a maior parte da plataforma havia derretido e afundado na água, inclusive a parte dos alojamentos.

Uma série de ações e procedimentos errados culminaram no acidente, que ceifou dezenas de vidas, que poderia ser evitado ou pelo menos minimizado. Podemos citar como fatores cruciais que contribuíram para o acidente e a dimensão alcançada: o sistema de ordem de serviço arcaico e não seguido a risca fez com que a equipe de operação da noite tentasse colocar em funcionamento uma bomba que estava em manutenção;

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