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Portifolio Comunicação E Linguagem

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Por:   •  9/5/2014  •  1.371 Palavras (6 Páginas)  •  261 Visualizações

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INTRODUÇÃO

No mundo em que vivemos a linguagem está presente em cada uma de nossas atividades, individuais e coletivas. As linguagens se cruzam, se completam e se modificam, acompanhando o movimento de transformação do ser humano. A língua pertence a todos os membros de uma comunidade, com ela é um código aceito convencionalmente, um único indivíduo é capaz de criá-la ou modifica-la. A fala, entretanto, é individual e seu uso depende da vontade do falante.

Cada um de nós começa a aprender sua língua em casa, em contato com a família, imitando o que ouve e aprimorando-se, aos poucos, do vocabulário e das leis combinatórias da língua. Em contato com outras pessoas, na rua, na escola, no trabalho, observamos que nem todos falam como nós. Há pessoas que falam de modo diferente por serem de outras cidades ou regiões do país. Essas diferenças no uso da língua constituem as variedades lingüísticas.

Diante de tudo isso, podemos perceber que tanto nos PCNs, na música de Xangai e no poema de Drummond, todas as variedades lingüísticas estão corretas, desde que cumpram com eficiência o papel fundamental de uma língua: o de permitir a interação verbal entre as pessoas.

COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM

Como se sabe, a língua Portuguesa surgiu na Europa de uma maneira bastante espontânea. Ela começou a ser praticada no dia-a-dia pelos povos ibéricos ocidentais. É uma língua, portanto, de origem romana falada nos guetos pelos soldados e alguns colonos romano. Pode-se dizer, grosseiramente, que a língua Portuguesa derivou do Latim falado vulgarmente na região ocidental da península Ibérica. Esse Latim, evidentemente, não era igual ao Latim falado por pessoas cultas de Roma, como alguns magistrados e escritores. Mesmo assim, aquele Latim informal, inculto e falado por pessoas simples que viviam nas vilas e nos guetos derivou uma língua fantástica falada atualmente por mais de 210 milhões de falantes nativos.

Estudar variações lingüísticas no contexto sócio-econômico-cultural brasileiro é gratificante. Um país heterogêneo em todos os setores: social, econômico, cultural, histórico e racial não poderia ser diferente com a lingüística, ou seja, temos um rico linguajar. Os docentes precisam deixar claro para seus educandos o enorme valor dos diversos tipos de dialetos (diferenças regionais relacionadas à fala), o que realmente é norma-padrão. Existem dois tipos de normas da língua: A norma padrão que é o conceito tradicional, idealizado pelos gramáticos, aos quais a tratam como modelo. Normas normais ou sociais - objetivas e comuns, atualmente nos usos falados de variantes das línguas. São normas que definem grupos sociais que constituem a rede social de uma determinada sociedade.

Desde então as gírias se alastraram e, hoje em dia é comum ter grupos com seus próprios dialetos. Os lingüísticos tentam de tudo para unir esses grupos e formarem uma língua padrão, para que não tenham grupos que futuramente irão tentar se separar da nação formando um novo país.

Nessa ótica, gostaríamos de apresentar uma estrofe do poema de Carlos Drummond:

Já esqueci a língua em que comia,

em que pedia para ir La fora,

em que levava e dava pontapé,

a língua, breve língua entrecortado,

do namoro com a prima.

O português são dois; o outro, mistério

Nesta estrofe Drummond deixa transparente a mudança lingüística de região, de classe social e individual. A língua, enquanto fato social é um fenômeno ao mesmo tempo dinâmico e conservador. É conservador porque necessita manter certo grau de uniformidade para permitir a comunicação em uma dada comunidade lingüística; é dinâmico porque se modifica com o tempo, estando também sujeito às influências regionais, sociais e estilísticas responsáveis pelos processos de variação lingüística,

Certa tradição cultural nega a existência de determinadas variedades lingüísticas dentro do país, o que acaba por rejeitar algumas manifestações lingüísticas por considerá-las deficiências do usuário. Nesse sentido, vários mitos são construídos, a partir do preconceito lingüístico.

Souza (1996) analisou as publicações sobre variação lingüística em 30 periódicos científicos brasileiros, tendo encontrado não mais de trinta e sete textos referentes ao tema. Um dos resultados dessa análise consistiu em mostrar a importância e necessidade de se compreender o significado da variação lingüística e as responsabilidades da escola, no que diz respeito a esse problema que atinge prioritariamente as crianças das camadas populares, ao desqualificar sua fala, dificultando assim seu processo de alfabetização. A distância entre a linguagem culta veiculada pela escola e a linguagem das camadas populares, associada ao conflito de valores subjacentes a esses padrões lingüísticos diferentes, pode ser vista como uma das causas do fracasso escolar das crianças provenientes das camadas populares. O papel da escola é ensinar a língua padrão sem qualquer dúvida e de que o objetivo da escola é ensinar o português padrão, ou talvez mais exatamente, o de criar condições para que ele seja aprendido.

Segundo Bagno (1999), uma vez que a língua está em tudo o professor de português é professor de TUDO (alguém já disse que talvez por isso que o professor de português devesse receber um salário igual à soma dos salários de todos os professores!), ensinar bem é ensinar para o bem. Ensinar para o bem significa respeitar o conhecimento intuitivo do aluno,

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