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Preconceito Linguístico: o que é, como se faz

Por:   •  11/11/2018  •  Resenha  •  679 Palavras (3 Páginas)  •  174 Visualizações

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BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico: o que é, como se faz. 15º Ed. Editora Loyola, São Paulo, 1999, 176 paginas.

Marcos Bagno é tradutor, escritor e linguista, é Doutor em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP). Professor de Linguistica do Instituto de Letras da Universidade de Brasília é autor de vários livros tais como: A Língua e Eulália: novela sociolingüística, Dramática da língua portuguesa entre muitos outros.

Nesta obra direcionada principalmente a escritores e professores de português, mas que pode ser lida e compreendida pelo publico em geral por conter linguagem simples, com poucos termos técnicos, o autor expressa de forma clara e objetiva, que não existe erros de português na língua falada, e discorda de outros autores  como o Napoleão Mendes de Almeida, Luiz Antonio Sacconi e Dad Squarisi, que insistem em declarar que existe  erros de português, e consideram as pessoas que os comete como: “asnos” ou “ignorantes”.

 Bagno declara que pessoas nascidas naquele local não comete erros de português, pois desde sua primeira infância esses falantes nativos já conseguem se expressar e falar corretamente, já que este aprende desde o útero a ouvir e assim se familiarizar com a língua falada. E que o que grandes outros autores cobram de erro de português, não passa de mero erro de ortografia oficial, já que essa é estabelecida por lei, mas que ao falar o sujeito não comete erro. E até na ortografia os erros que as vezes são cometidos, são na verdade tentativas de acerto, já que em português muitas letras tem em comum o mesmo som fonético, e quando pronunciados acaba por confundir e o sujeito acaba trocando uma letra por outra a partir do som pronunciado ao pronunciá-las à exemplo de “ch” que tem som de “x”, ou “s” tem som de “z” e assim por diante; mas não é por que as substituímos que a informação deixa de ser dada e compreendida por quem a recebe. Ele também explica que com o passar do tempo, algumas palavras são modificadas, diminuem, ou tem letras substituídas por outras com o som parecido, mas que nem por isso perde seu valor gramatical.

Outro ponto é que por questões culturais, dependendo da classe social que o individuo convive, haverá formas diferentes de pronuncia de algumas palavras, bem como algumas gírias, exclusivas daquele meio social, que muitas vezes chegam a ser ignoradas por indivíduos de convívio diferente daquele ambiente.

Mas ele expõe que em diferentes  meios sociais, temos sim, que nos atentar para falarmos de acordo com o meio inserido, pois um individuo de classe baixa que fala em gírias ou com vícios de linguagem, não vai ser compreendido ao conversar com pessoas de classe culta, é adequado nos portarmos de acordo com o ambiente em diferentes meios sociais.

Está obra é muito interessante, pois não é tão comum ver um autor tão conceituado e com tantas graduações, ser tão familiarizado e não crítico com o popular “linguajar” que temos em nosso país, por este ser tão miscigenado. Este livro é de grande importância para diminuir esse preconceito que é tão comum a sociedade, e exposto de forma tão clara diariamente em vários ambientes.

 Ao lermos sentimos que não existe um julgamento por parte do autor na diferente forma de uma pessoa do interior falar, ou outra de um centro urbano.  Automaticamente nos passa certa segurança nesse sentido, mas não deixando de ressaltar que é muito importante sabermos diferenciar o ambiente que estamos e tentarmos falar de acordo com tal. Livro para todos os públicos, em especial professores do Ensino Fundamental II, que expondo um conteúdo tão claro e simples como esse, ajudaria a formar indivíduos menos preconceituosos a respeito da forma de outros sujeitos falarem, principalmente em um momento como este  que nosso país está cada dia mais, recebendo diferentes povos e suas diferentes culturas.

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