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Primavera Silenciosa

Artigo: Primavera Silenciosa. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  3/11/2012  •  1.981 Palavras (8 Páginas)  •  759 Visualizações

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11. Primavera Silenciosa.

Prof. Ms. Ricardo Jafé Carelli Fontes 1

Resenha de:

CARSON, Rachel L. Primavera Silenciosa. Tradução Claudia Sant’Ana Martins.

São Paulo: Gaia, 2010. 327 p.

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Finalmente chega ao nosso país a publicação que se tornou um marco na questão ambiental.

Primavera Silenciosa (Silent Spring) de Rachel L. Carson, de 1962.

Rachel Carson nasceu em 27 de Maio de 1907 na Pensilvânia ‐ Estados Unidos. Trabalhou a

maior parte de sua vida como bióloga marinha para o Serviço de Peixes e Vida Selvagem dos Estados

Unidos. No final da década de 1950, Carson já havia publicado três obras poéticas que se

transformaram em sucesso popular, versando sobre o mar. Nelas se incluía o best‐seller O mar que

nos cerca.

Carson enfrentou enormes problemas pessoais e ataques de críticos de modo bastante

parecido com os ataques que sofreu Charles Darwin quando publicou A Origem das Espécies. Sua obra

sofreu críticas infundadas sob o ponto de vista científico, as quais foram instiladas, perniciosamente,

por uma mídia manipulada por interesses do capital da maior indústria química do planeta. Carson foi

reconhecida em vida, e recebeu diversos prêmios. Sua luta foi interrompida, prematuramente, com

sua morte em 14 de Abril de 1964.

Romancista e pesquisadora, o lançamento de seu livro Primavera Silenciosa deu início a uma

verdadeira revolução em defesa do meio ambiente, influenciando a rede de televisão CBS a fazer um

documentário sobre os efeitos do DDT, o qual foi assistido por mais de 15 milhões de espectadores.

No ano de 2006, o jornal britânico The Guardian escolheu Rachel Carson como uma das pessoas que

mais contribuíram para a defesa do meio ambiente.

Observamos em nossas leituras dos escritos deixados por Rachel Carson, que relatórios

científicos podem também conter poesia, arte e literatura. Isto porque Carson, leitora assídua, exibia

talento extraordinário para a literatura. Aos dez anos, publicou sua primeira história em uma revista

de literatura infantil. No que diz respeito ao pendor pelas observações da natureza, Carson fora

estimulada pela mãe e por uma professora de zoologia (na faculdade hoje denominada Clatham

College). Estes fatores, aliados ao profundo comprometimento com a pesquisa, geraram um livro

único que reúne um dossiê de denúncias, um relatório e um poema. Esta era a postura de uma

escritora que denunciava arbitrariedades e crimes contra a natureza, baseada em observações e

conhecimentos científicos comprovados, que relatava com eminente segurança e amparo fatos reais

1 Prof. Ms. Ricardo Jafé Carelli Fontes é mestre pelo Centro Universitário UNIFIEO (2002). Atualmente é docente na

Faculdade Nossa Cidade (FNC), em Carapicuíba‐SP.

Resenha – Review – Reseña | | Revista UniABC – v.2, n.1, 2011 ‐ ISSN: 2177‐5818

Primavera Silenciosa

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percebidos pela sociedade. Sua atitude traduz a esperança por dias melhores em relação às questões

ambientais, como somente uma poetisa poderia traduzir.

Rachel Carson expõe, baseada em fatos documentados e demonstrados, as moléstias que

atingiram os seres vivos, e entre eles o homem. São doenças que surgiram a partir da adoção e

utilização (inadequada) de produtos químicos que não são da natureza, isto é, foram criados pelo

homem. No texto ela associa o instinto de morte do ser humano com as pulverizações das lavouras em

todo o território norte‐americano, pouco depois da II Guerra Mundial. Ao invés de atirar bombas sobre

seus inimigos, agora os seres humanos, lançavam, em suas lavouras, mistura de inseticidas com óleo

(contra insetos e ervas daninhas). Esta mistura se provou terrivelmente inadequada, causando uma

série de desequilíbrios ambientais, além de aumentar a resistência de algumas espécies de insetos,

que voltaram a criar mais instabilidade ambiental, além de novas doenças nos humanos e outros seres

vivos.

Em seu extenso trabalho, Carson não deixa de fora os problemas de contaminações letais de

trabalhadores em fazendas. Várias atividades baseavam‐se no controle de pragas. Vários exemplos são

citados, tais como: problemas de saúde relacionados à deficiência mental associada ao uso de

carbamatos, empregados para impedir que as batatas germinem nos armazéns, antes de serem

comercializadas. A autora não esqueceu também, das substâncias carcinógenas, criadas pelo homem e

empregadas na lavoura como defensivos agrícolas. Rachel Carson denunciou o câncer de origem

ambiental causado por essas substâncias.

Estão relatados, no preciso livro de Carson, inúmeros casos, desde as substâncias químicas

inventadas, usadas para erradicar ervas daninhas e insetos, que borrifadas de avião sobre

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