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Primeiros Socorros

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Por:   •  24/9/2013  •  5.737 Palavras (23 Páginas)  •  621 Visualizações

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INTRODUÇÃO

“Foram só alguns segundos, eu juro”. É frequente esta frase em afogamento, mas é tempo suficiente para ocorrer o afogamento com trágico resultado. O trauma diferentemente de outras doenças ocorre inesperadamente na grande maioria das vezes, o que gera invariavelmente uma situação caótica dentro do âmbito familiar. Dentre os diferentes tipos de traumas, o de maior impacto é sem dúvida o “Afogamento”. Situações de catástrofe familiar podem ser observadas quando famílias inteiras se afogam juntos, por desconhecimento, ou pela tentativa infrutífera de salvar uns aos outros. A perda que ocorre por afogamento é sempre de forma inesperada provocando um desastre emocional familiar sem precedentes – “filhos nunca deveriam morrer antes dos pais”.

Afogamento no Mundo

O afogamento é uma das doenças de maior impacto na saúde e na economia do mundo. De acordo com a OMS, 0,7% de todos os óbitos no mundo ocorrem por afogamento não intencional, perfazendo mais de 500.000 (8.5 óbitos/100.000 hab.) óbitos anuais passiveis de prevenção. Entretanto o número exato é desconhecido em razão de casos não notificados, sem confirmação de óbito.

AFOGAMENTO NO BRASIL

Como pode mensurar o número de casos de afogamento no Brasil? Existem basicamente 3 formas de quantificar o número de afogamentos em nosso país:

Através dos atestados de óbitos emitidos por médicos com base no Código Internacional de Doenças (CID).

Através do preenchimento de uma autorização de internação hospitalar (AIH) quando o paciente necessitou internação. Através do registro em boletim de resgates ou atendimento pré-hospitalar realizado por guarda-vidas de serviços de salvamento aquático ou profissionais de saúde, e equipes de busca aquática “mergulhadores de resgate”.

Houve algum progresso na redução de óbitos por afogamento no Brasil?

A mortalidade por afogamento vem declinando no Brasil nos últimos 29 anos (1979-2007) em números absolutos e relativos (n/100.000 hab). Houve uma redução no número de óbitos relativos de 1979 a 2007 da ordem de 33%.

DADOS BRASIL 2010 (ultimo ano disponível em Julho 2012 no sistema DATASUS)

Em 2010, a população brasileira atingiu 191 milhões de habitantes, dos quais 1 milhão e 136 mil faleceram de causas diversas. O trauma (causas externas) foi responsável por 13% (143.256 mil casos) de todos os óbitos no Brasil, sendo a primeira causa na faixa de 1 a 39 anos, onde concentra 59% de todos os óbitos por trauma (84.471). Quando consideramos todas as causas na faixa de 1 a 39 anos de idade às causas externas representam 58% de todos os óbitos.

Observamos as causas de óbito por faixa etária de 1 a 54 anos.

Considerando todas as idades, a mortalidade do trauma se encontra em terceiro lugar ficando atrás apenas das doenças do aparelho circulatório e das neoplasias. A importância do afogamento é visualizada na tabela 2, onde é a segunda causa de morte para idades de 5 a 9 anos, 3ª causa nas faixas de 1 a 19, 5ª na faixa de 20 a 29.

Em 2010, 6.590 brasileiros (3.5/100.000hab) morreram afogados em nossas águas. Dentre estes, 85% por causas não intencionais (2.9/100.000hab) e 3% por causas intencionais (suicídios/homicídios).

Avaliação dos afogamentos com óbitos nos estados

As estatísticas de mortes por afogamento mostram grande variabilidade entre as regiões e os estados brasileiros.

Trauma por mergulho

Dentre todos os tipos de trauma por mergulho o trauma da coluna cervical em águas rasas, é usualmente uma situação desastrosa em questão de minutos. Porque então a população não esta a par desta situação? Existe pouca ou nenhuma informação estatística no mundo ou em nosso país sobre o assunto34, 35,36, e talvez seja esta a razão de tanta desinformação sobre este problema grave. Descrevemos em seguida parte dos resultados encontrados no Brasil.37 Foram selecionados todos os casos do CID 10 relacionado como W16 (Mergulho, pulo ou queda na água causando outro traumatismo que não afogamento ou submersão) no período de Janeiro 2003 a Dezembro de 2007. Foram identificados 2.923 casos de lesões, dos quais 321 morreram (11%), destes 67% antes de chegar ao hospital. Houve aumento na ocorrência de traumas de 2003 (500 casos) para 2007 (844 casos). A idade mais afetada foi entre 20 e 29 anos de idade (28%) e principalmente homens (8,7 vezes mais). O local de maior frequência foi em águas naturais (60%) com piscinas em segundo lugar (5,3%). 2.709 pessoas foram hospitalizadas, em média por sete dias, com um custo hospitalar total de R$ 3.300.000,00. O risco de lesão por mergulho na população geral foi de 0,3 pessoas por 100.000 habitantes, mas destaca-se no Norte do país onde apresenta 2.5/100.000. Este risco seria muito maior se ao invés da população em geral utilizássemos a população de risco, ou seja, aqueles que frequentam áreas de lazer com banho. Neste levantamento foram incluídos apenas os casos registrados.

EMERGÊNCIAS AQUATICAS

Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático – SOBRASA

APOIO

Federação Internacional de Salvamento Aquático – ILS.

Autor; Dr David Szpilman (*)

Atualmente, o número de óbitos por afogamento em nosso país supera os 6.500 casos por ano, isto sem falar nos acidentes não fatais que chegam a mais de 100.000. Nossas crianças, infelizmente, são as maiores vítimas dessa situação, pois tem entre 5 e 9 anos de idade, o afogamento como segunda causa de morte. Esses dados demonstram a ocorrência de uma catástrofe anual que necessita ser interrompida.

Com o crescimento do número de pessoas que desfrutam do meio líquido, seja para o banho, a natação, a prática de esportes aquáticos, o transporte, ou mesmo para trabalho; em piscinas ou praias, tornou-se fundamental à orientação preventiva no sentido de evitar o acidente mais grave que pode ocorrer na água – o Afogamento! Infelizmente o afogamento é muito comum em nosso país, e ocorre em sua maioria na frente de amigos e familiares que poderiam evitar ou ajudar, mas desconhecem inteiramente como poderiam reagir. O desconhecimento

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