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Pscicologia Sexualidade

Artigo: Pscicologia Sexualidade. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  7/4/2014  •  484 Palavras (2 Páginas)  •  260 Visualizações

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• 1. A sexualidade humana: uma visão histórico-social Rita Trevisan1ResumoA sexualidade é um fenômeno anterior ao aparecimento do homem, porém, vem sendo estudada objetivamente há apenas algumas centenas de anos. Longe de ser somente um ato físico, de natureza imutável, adquiriu significado simbólico bastante complexo e hoje funciona como uma estrutura social e cultural em si mesma, situada dentro de um sistema de poder. Este estudo propõe uma revisão dos principais aspectos ligados à sexualidade, particularmente no Ocidente e no Brasil, numa ótica que privilegia a visão histórico-social do tema. Palavras-chave: comunicação, história, sexo, sexualidade.1. Introdução A sexualidade pode ser abordada por diversos aspectos, dada sua complexidade e importância em todas as dimensões da vida humana. No presente trabalho, pretende-se construir uma visão histórico-social do tema, tendo como foco principal a experiência do Ocidente. Para tanto, a sexualidade será sempre vista em termos de processo, em contínua transformação. O objetivo é observar como e porque mudaram, ao longo dos últimos séculos, os códigos e valores ligados ao sexo, bem como indicar que certas mudanças no comportamento sexual coincidem com transformações econômico-sociais e políticas, não por acaso. Delimitado assim o campo em que a pesquisa se desenvolverá, começamos por observar que a sexualidade humana e mesmo a anatomia sexual humana fazem parte da herança biológica do homem. Como a própria teoria da evolução indica, o sexo é anterior ao aparecimento do homem e, portanto, não foi por eleinventado. No entanto, entre os homens, o ato transformou-se num fenômeno singular, que só nas últimas centenas de anos começou a ser estudado de modo mais objetivo, particularmente com o desenvolvimento das ciências empíricas, como a Medicina e a Psicologia, e com o enfraquecimento da crença nas religiões e nos códigos morais. O ato físico, praticado para aliviar tensões corpóreas ou para reprodução, ao longo dos anos transformou-se numa área básica para a moralidade e até mesmo para a forma de organização das sociedades. Como pontua Edgar Gregersen (1983, p. 3): “Numa distância ainda maior da biologia, ele gerou temas que passam através da religião e da arte, e assim participa de sistemas simbólicos excessivamente complexos.” De uma forma de adaptação biológica, em todas as culturas humanas, o sexo evoluiu para se tornar um referencial de códigos sociais e até mesmo morais. Em sua complexidade, articula dois eixos completamente diferentes da vida humana: um individual e outro coletivo. De um lado, é o elemento onde libido, pulsões, desejos, prazeres e desprazeres interagem, num contexto de profunda intimidade. De outro lado, é elemento regulador da economia e da política, uma vez que está inscrito na dimensão da sexualidade o aspecto da reprodução e do crescimento da população, cujos efeitos atingem a sociedade de modo significativo (MURARO, 1983, p. 21). E é justamente em sua dimensão social que a sexualidade adquire seu caráter de mais alto impacto.1 Jornalista, mestranda em Comunicação Social pelo Programa de Pós-graduação da Universidade Metodista de São

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