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Que Tipos De Avanços Espera-se Da Criança Com Paralisia Cerebral

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Por:   •  20/3/2015  •  1.853 Palavras (8 Páginas)  •  244 Visualizações

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Que tipos de avanços espera-se da criança com Paralisia Cerebral

A Paralisia Cerebral que não deve ser considerada como uma doença, visto que compreende uma lesão irreversível e não evolutiva do encéfalo, não podendo ser curada. Entretanto, a atenção, reabilitação física, educação, adaptações e intervenções adequadas e eficazes, podem melhorar significativamente a capacidade funcional de indivíduos com paralisia cerebral. A tecnologia Assistivas poderão ser valiosos recursos na aprendizagem das pessoas com necessidades especiais.

Sabe-se que as novas tecnologias vêm se tornando, de forma crescente, importantes instrumentos de nossa cultura, tornando-se um recurso utilizado na inclusão e integração dos portadores de algum tipo de deficiência, em especial, com o portador de Paralisia Cerebral. A constatação é ainda mais evidente e verdadeira quando se refere à pessoa com dificuldades na comunicação (oral e escrita), na funcionalidade e locomoção proporcional à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade.

O processo de integração da criança à escola inclui ainda uma educação familiar. O trabalho de conscientização permite que os familiares incentivem a criança superar os obstáculos da vida escolar, preparando para encarar os problemas e enfrentar e se defender dos preconceitos.

Para que possam aceitar crianças portadoras de deficiências físicas, as escolas têm de reformular seu espaço: devem construir rampas, cadeiras e mesas especializadas e adaptar refeitório e banheiro. Essas exigem, além de uma adaptação espacial, um material didático apropriado para participarem integralmente das aulas.

No setor pedagógico, a adaptação começa com os professores, que irão orientar as crianças com paralisia cerebral, elas têm dificuldade de escrever com a mesma rapidez e habilidade das outras crianças.

Desenvolver recursos de acessibilidade também pode significar combater preconceitos, pois, no momento em que lhe são dadas as condições para interagir e aprender, explicitando o seu pensamento, o indivíduo com deficiência mais facilmente será tratado como “diferente-igual”... Ou seja, “diferente” por sua condição de portador de necessidades especiais, mas ao mesmo tempo “igual” por interagir, relacionar-se e competir em seu meio com recursos mais poderosos, proporcionados

pelas adaptações de acessibilidade de que dispõe. Esse indivíduo poderá, então, dar passos maiores em direção a eliminação das discriminações, como conseqüência do respeito conquistado com a convivência, aumentando sua auto-estima, porque passa a poder explicitar melhor o seu potencial e pensamentos.

A sala de aula como espaço democrático, e diverso, lugar para toda diferença, é uma desafio para qualquer docente que queira cumprir efetivamente sua função. No dia a dia, administrar e conjugar inúmeras e variadas situações, necessidades e demandas, requerem de cada profissional do ensino, reflexão sobre o que fazer como fazer e quando fazer melhor cumprir o seu papel (Braun e Viana).

Para garantir uma educação de qualidade é ainda maior quando, além de alunos com suas diferenças concepções, valores, formação, práticas culturais e crenças é um desafio nas turmas sujeitos com necessidades específicas quanto aos seus percursos de aprendizagem: seja por suas deficiências, dificuldades de aprendizagem, altas habilidades, distúrbios emocionais ou psiquiátricos, pois propor inclusão escolar tanto a interação social quanto promover aprendizagem escolar.

Ainda nos dias atuais encontramos um conceito estereotipado de normalidade que dificulta o deficiente de interagir e de sentir parte da sociedade. No momento em que a sociedade impõe hábitos, costumes e, até mesmo, características físicas, não possibilitando o enquadramento destes indivíduos. No entanto, quem é considerado normal? Indivíduos que respeitam as normas, cujo comportamento é considerado adequado? Na sociedade e no âmbito educacional precisa-se ser consciente e reconhecer as diferenças, respeitando as individualidades. Hoje, existe a aceitação do deficiente, porém ainda não são oferecidos os espaços adequados para que os mesmos possam se desenvolver de forma produtiva. Estes espaços precisam ser organizados a fim de possibilitar acessibilidade, acolhimento e estímulos necessários para o desenvolvimento da autonomia. (Horn(2004,p:28) afirma:

É no espaço físico que a criança consegue estabelecer relações entre o mundo e as pessoas, transformando-o em um pano de fundo no qual se inserem emoções (...) nessa dimensão o espaço é entendido como algo conjugado ao ambiente e vice-versa. Todavia é importante esclarecer que essa relação não se constitui de forma linear. Assim sendo, em um mesmo espaço podemos ter ambientes diferentes, pois a semelhança entre eles não significa que sejam iguais. Eles se definem com a relação que as pessoas constroem entre elas e o espaço organizado.

Nesse sentido, Sartoretto e Bersch (2010) afirmam que a escola que acolhe e tira partido das diferenças busca construírem, coletivamente, uma pedagogia que parte das diferenças dos alunos como impulsionadoras de novas formas de organizar o ensino. A inclusão educacional, de acordo com Gessinger (2001), deve implicar no

desafio de criar situações e condições para que todos, independentemente de características sociais, econômicas, físicas, ou mentais, tenham acesso a um ensino de qualidade garantido, adequado as suas necessidades e habilidades.

Podemos constatar que a inserção do aluno com deficiência na rede regular de ensino deve ser percebida como um processo que está em constante construção e que à escola cabe o papel de construir em coletividade um planejamento voltado para as necessidades da comunidade escolar, em especial, de seus alunos, prestando sempre os apoios que se fizerem necessários, como sugere GLAT(1998,p.65) ao dizer que:

“Nossos esforços devem ser desprendidos no sentido de identificar, em cada situação escolar específica, os conhecimentos e habilidades que os professores reconhecem como notoriamente necessários para a realização de um trabalho efetivo junto aos alunos com necessidades especiais incluídos nas classes regulares, tendo como ponto de partida a prática (...) e aí sim, a partir dos dados obtidos no desenvolvimento deste trabalho, possam criar propostas efetivas para a formação inicial e em serviço destes professores”.

A escola e seus profissionais precisam

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