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RESUMO - QUADRO DA ARQUITETURA DO BRASIL

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Por:   •  10/8/2014  •  1.841 Palavras (8 Páginas)  •  4.120 Visualizações

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1. LOTE URBANO E ARQUITETURA

A arquitetura é utilizada de diversas formas em diferentes períodos, relacionada com uma forma característica com a estrutura urbana em que se instala. Um aspecto característico da arquitetura urbana é a relação que a prende ao tipo de lote em que está implantado.

A arquitetura é mais facilmente adaptável às modificações do plano econômico-social do que o lote urbano.

O ponto que se destaca, é a interdependência entre arquitetura e lote urbano, quando são aprimorados pelas tradições, de modo informal, ou quando são pensados e planejados racionalmente.

Dentro de intervalos de tempo relativamente longos, tais configurações devem conseguir certa validade e estabilidade, tornando-se tradicionais.

A análise dessas relações e sua revolução oferecem possibilidades explicativas relevantes, tanto para o estudo da arquitetura, quanto para o estudo dos próprios fenômenos urbanos.

2. O LOTE URBANO COLONIAL

A produção e o uso da arquitetura e dos núcleos urbanos coloniais baseavam-se no trabalho escravo. As vilas e cidades apresentavam ruas de aspecto uniforme, com casas térreas e sobrados construídos sobre o alinhamento das vias publicas e sobre os limites das laterais dos terrenos.

Não havia meio-termo, as casas eram urbanas ou rurais, não se concebendo casas urbanas recuadas com jardins.

O esquema apontado envolvia ainda a própria ideia que se fazia de via publica. Numa época na qual praticamente não havia ruas com passeios e nem calçamento, não seria possível pensar em rua sem prédios, ruas sem edificações, definidas por cercas, eram as estradas.

A uniformidade dos terrenos correspondia à uniformidade dos partidos arquitetônicos: as casas eram construídas de modo uniforme, e em certos casos, tal padronização era fixada nas Cartas Régia ou em posturas municipais.

As técnicas construtivas eram geralmente primitivas. Nos casos mais simples as paredes eram de pau-a-pique, adobe ou taipa de pilão, e nas residências mais importantes, empregava-se pedra e barro, mais raramente tijolos ou ainda pedra e sal. O sistema de cobertura era telhado em duas águas com o objetivo de escoar água para os locais desejados.

O uso dos edifícios também estava baseado na presença e mesmo na abundância de mão de obra.

Os principais tipos de habitação eram o sobrado e a casa térrea. Suas diferenças fundamentais consistiam no tipo de piso: assoalho no sobrado e de “chão batido” na casa térrea. Outro tipo característico de habitação do período colonial era a chácara.

As condições locais selecionaram entre os modelos importados os de maior conveniência, desenvolvendo-os e adaptando-os em termo de parcela do mundo luso-brasileiro.

3. A IMPLANTAÇÃO DA ARQUITETURA NO SÉCULO XIX

1800 - 1850

Um novo tipo de residência, a casa de porão alto, representava uma transição entre os velhos sobrados e as casas térreas.

O século XIX assistiria à elaboração de novos esquemas de implantação da arquitetura urbana, que representariam um verdadeiro esforço de adaptação.

As edificações do começo do século XIX assemelhavam-se pela simplicidade dos esquemas.

Nossos principais centros urbanos revelavam sob tímidas modificações de fachada, as mesmas casas formando linhas continuas sobre as vias publicas, de tal modo harmonizadas com suas antecessoras.

Escadarias, colunas e frontões de pedra ornavam com frequência as fachadas de edifícios principais, ostentando um refinamento técnico.

Aos poucos foram aparecendo algumas soluções de cobertura mais complicadas, como a quatro águas.

As transformações possibilitaram a adaptação das velhas receitas coloniais, ao mesmo tempo, garantindo a continuidade de sua aplicação.

Um novo tipo de residência, a casa de porão alto, ainda “de frente da rua”, representava uma transição entre os velhos sobrados e as casas térreas. Longe do comercio, nos bairros de caráter residencial, a nova formula de implantação permitiria aproximar as residências da rua, sem os defeitos das térreas, graças aos porões mais ou menos elevados, cuja presença era muitas vezes denunciada pela existência de óculos ou seteiras com gradis de ferro.

Essas transformações no campo da arquitetura correspondiam modificações significativas nos centros urbanos.

1850 – 1900

Com a decadência do trabalho escravo e com o inicio da imigração europeia, desenvolveu-se o trabalho remunerado e aperfeiçoaram-se as técnicas construtivas.

Surge nessa época às casas urbanas com novos esquemas de implantação, afastados dos vizinhos e com jardins laterais.

Com a crescente exportação de café, possibilitaria a generalização do uso de equipamentos importados, que libertariam os construtores do primitivismo das técnicas tradicionais.

Foi sob inspiração do ecletismo e com o apoio dos hábitos diferenciados das massas imigradas, que apareceram as primeiras residências urbanas com a nova implantação, rompendo com as tradições e exigindo modificações nos tipos de lotes e construções.

Ao mesmo tempo conservava-se, em grande parte, a destinação geral dos compartimentos. A parte fronteira, abrindo para a rua, era reservada para as salas de visitas. Dispunham-se os quartos em torno de um corredor ou sala de almoço, na parte central, ficando cozinha e banheiro ao fundo.

As chácaras, na periferia, também sofriam transformações. Seus terrenos eram mais reduzidos e a arquitetura cada vez mais assumia características urbanas.

Com as manifestações da mecanização na produção de materiais e a presença dos imigrantes como trabalhadores assalariados, surgiam as casas construídas com tijolos e cobertas com telhas Marselha.

Surgiram depois os afastamentos em relação as vias públicas, que anteriormente, já os edifícios principais eram projetados com plantas em forma de “U” ou “I”, forçando o aparecimento de “vazios” sobre os alinhamentos.

Ao ser calçada a vida pública, foram incorporados os espaços necessários para a formação de pequenos jardins fronteiros aos velhos sobrados de frente de rua, conferindo-lhes uma aparência menos arcaica.

Transpondo uma etapa de aperfeiçoamento tecnológico,

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