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ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE MEMORIAL

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Por:   •  14/10/2013  •  1.828 Palavras (8 Páginas)  •  566 Visualizações

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ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE MEMORIAL

1 O MEMORIAL1

O Memorial tem importante utilidade na vida acadêmica, tanto em termos de uso institucional – para fins de concursos de ingressos e promoção na carreira universitária, de exames de seleção ou de qualificação em cursos de pós-graduação, de concursos de livre-docência – como em termos de retomada e avaliação da trajetória pessoal no ambiente acadêmico-profissional.

O Memorial é uma retomada articulada e intencionalilzada dos dados do Curriculum Vitae do estudioso, no qual sua trajetória acadêmico-profissional fora montada e documentada, com base em informações objetiva e laconicamente elencadas. É claro que tal registro é também muito importante e suficiente para muitas finalidades de sua vida profissional. Mas o Memorial é muito mais relevante quando se trata de se ter uma percepção mais qualitativa do significado dessa vida, não só por terceiros, responsáveis por alguma avaliação e escolha, mas, sobretudo pelo próprio autor. Com efeito, o Memorial te uma finalidade intrínseca que é a de inserir o projeto de trabalho que o motivou no projeto pessoal mais amplo do estudioso. Objetiva assim explicitar a intencionalidade que perpassa e norteia esses projetos. Por exemplo, quando é o caso de se preparar um Memorial para um exame de qualificação, é o momento apropriado para se explicitar e se justificar o significado da pesquisa que está culminando na dissertação ou tese, e que tem a ver com um determinado resultado que está sendo construído em função de uma proposta mais ampla que envolve todo o investimento que o estudioso vem fazendo, no contexto de seu projeto existencial de vida e de trabalho científico e educacional.

O Memorial constitui, pois, uma autobiografia, configurando-se como uma narrativa simultaneamente histórica e reflexiva. Deve então ser composto sob a forma de um relato histórico, analítico e crítico, que dê conta dos fatos e acontecimentos que constituíram a trajetória acadêmico-profissional de seu

1SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21.ed. rev. ampl. São Paulo: Cortez, 2000. p. 175-176. Cap. 7.

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Roteiro para Elaboração de Memorial Compilado por Gildenir Carolino Santos

autor, de tal modo que o leitor possa ter uma informação completa e precisa do itinerário percorrido. Deve dar conta também de uma avaliação de cada etapa, expressando o que cada momento significou, as contribuições ou perdas que representou. O autor deve fazer um esforço para situar esses fatos e acontecimentos no contexto histórico-cultural mais amplo em que se inscrevem, já que eles não ocorrem dessa ou daquela maneira só em função de sua vontade ou de sua omissão, mas também em função de sua vontade ou de sua omissão, mas também em função das determinações entrecruzadas de muitas outras variáveis. A história particular de cada um de nós se entretece numa história mais envolvente da nossa coletividade. É assim que é importante ressaltar as fontes e as marcas das influências sofridas, das trocas realizadas com outras pessoas ou com as situações culturais. É importante também frisar, por outro lado, os próprios posicionamentos, teóricos ou práticos, que foram sendo, assumidos a cada momento. Deste ponto de vista, o Memorial deve expressar a evolução, qualquer que tenha sido ela, que caracterize a história particular do autor.

O Memorial deve cobrir a fase de formação do autor, sintetizando aqueles momentos menos marcantes e desenvolvendo aqueles mais significativos; depois deve destacar os investimentos e experiências no âmbito da atividade profissional, avaliando sua repercussão no direcionamento da própria vida; o amadurecimento intelectual pode ser acompanhado relacionando-o com a produção científica, o que pode ser feito mediante a situação de cada trabalho produzido numa determinada etapa desse esforço de apreensão ou de construção do conhecimento e mediante sua avaliação enquanto tentativa de compromisso e de explicação de uma determinada temática.

O Memorial se encerra, então, indicando os rumos que se pretende assumir ou que se está assumindo no momento atual, tendo como fundo a história pré-relatada. Quando elaborado para um exame de qualificação, trata- se de situar o projeto de dissertação ou tese enquanto meta atual e a curto

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Roteiro para Elaboração de Memorial Compilado por Gildenir Carolino Santos

prazo, articulando-o com os investimentos até então feitos e com aqueles que ele oportunizará para o futuro imediato. Resta dizer ainda que o Memorial não deve se transformar nem numa peça de auto-elogio nem numa peça de autoflagelo: deve buscar retratar, com a maior segurança possível, com fidelidade e tranqüilidade, a trajetória real que foi seguida, que sempre é tecida de altos e baixos, de conquistas e de perdas. Relatada com autenticidade e criticamente assumida, nossa história de vida é nossa melhor referência.

2 A ESTRUTURA TÉCNICA DO MEMORIAL

Segundo Severino (2000, p.176), referente a estrutura do Memorial e: Enquanto texto narrativo e interpretativo recomenda-se que o Memorial inclua em sua estrutura redacional subdivisões com tópicos/títulos que destaquem os momentos mais significativos. No mínimo, aqueles mais gerais, como os momentos de formação, da atuação profissional, da produção científica etc. Melhor ficaria, no entanto, se esta divisão já traduzisse uma significação temática que realçasse a especificidade daquele momento.

2.1 Páginas pré-textuais

Ainda seguindo as orientações informadas por Severino (2000), devemos também realizar o acabamento do Memorial, incluindo nele as páginas pré-textuais que deve conter os seguintes elementos, conforme a TABELA 1:

TABELA 1 – Elementos das páginas pré-textuais Elemento Posição Capa Obrigatória Folha de rosto Obrigatória Ficha catalográfica Obrigatória Dedicatória Opcional Agradecimentos Opcional Índice Obrigatório

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Roteiro para Elaboração de Memorial Compilado por Gildenir Carolino Santos

2.2 Páginas textuais

As páginas textuais irão constituir o início, desenvolvimento e o fechamento do Memorial.

Quanto a divisão dos itens, Severino (2002) comenta que melhor ficaria, se a divisão já traduzisse uma significação temática que realçasse

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