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Relatório Da MEAC

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Por:   •  17/9/2014  •  6.661 Palavras (27 Páginas)  •  135 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Tendo em vista a necessidade em se criar diretrizes para a coleta, armazenamento e distribuição, bem como de todo um processo de transformação de um serviço hemoterapico de qualidade, que estaremos nesse trabalho acadêmico destrinchando algumas considerações sobre essa temática tão pouco abordada em nosso meio social, a da importância em se doar sangue, e o impacto que essa decisão pode ter na vida de uma pessoa.

A partir da década de 70, o Brasil começou a perceber que precisava ter uma maior atenção com o sangue que era coletado e transfundido no país. Além de não haver uma seleção adequada de doadores de tal maneira que algumas doenças que eram transmitidas pelo sangue, a hepatite, por exemplo, passaram a ser um problema Nacional; muito do sangue, que poderia também estar contaminado, era desviado para a indústria em detrimento da própria necessidade de transfundi-lo em pacientes.

Havia uma comercialização do sangue e o doador não era bem selecionado. O mesmo era escolhido pelo seu interesse em vender seu sangue. A complicação disto estava no fato de que sendo o sangue vendido, não se tinha nenhum controle de quem estava doente ou não, e desta forma, quem estava doente, acabava piorando.

Para evitar que o número de pessoas doentes crescesse cada vez mais o Governo Brasileiro convidou um especialista francês, Pierre Cassaux. Caussaux veio ao Brasil para fazer um levantamento da situação hemoterapico do país. Após esse diagnóstico, através de um convênio entre esses dois países, as coisas começaram a tomar outra direção.

Em 1980, o Brasil criou o Programa de Sangue, cujo primeiro diretor foi o Dr. Luiz Gonzaga, de Recife. Esta reunião foi muito importante para o futuro do sangue no Brasil. Naquela época, o Ministério da Saúde servia apenas para fazer grandes campanhas de saúde, mas não tratava da saúde em si. Quem tratava mesmo da saúde era a Previdência. Entretanto, com o tempo, esse quadro começou a mudar e o Ministério da Saúde assumiu o papel de desenvolver os programas de saúde e a Previdência passou a trabalhar benefícios sociais.

Assim, o PROSANGUE passou a ser órgão do Ministério da Saúde e começou a tentar mudar a história do sangue no Brasil. Na década de 70 e inicio dos anos 80, apenas 5% dos bancos de sangue eram do Governo. A maioria deles eram particulares e tinham finalidade lucrativa.

Então o PROSANGUE buscou criar as diretrizes para a política de sangue no Brasil. Cuja primeira diretriz passou a ser fornecer sangue de boa qualidade para a população brasileira de tal maneira que o sangue doado não fizesse mal a quem receba nem a quem doa.

Ao longo desse trabalho veremos os processos de forma simplificada, quanto o desenrolar dessas diretrizes bem como os parâmetros que hoje regem dentro desse tão renomeado centro de hematologia.

1. CONTEXTUALIZAÇÃO ORGANIZACIONAL

1.1 Histórico

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) faz parte da rede de unidades de saúde da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará. Criado em 9 de março de 1979 e com início de funcionamento em 23 de novembro de 1983, por decisão do então Governador Adauto Bezerra, com respaldo na iniciativa do então Secretário de Saúde, Lúcio Alcântara. O Hemoce, desde quando foi concebido, teve por finalidade básica planejar e executar a política de sangue no Ceará.

Localizado na Avenida José Bastos, Bairro Rodolfo Teófilo, em Fortaleza – Ce, possui uma área construída de 7.640 m2, que se estende por todo um quarteirão nas imediações do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, Cursos de Odontologia, Farmácia e Enfermagem da UFC, Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, Farmácia-Escola e Instituto do Câncer do Ceará/Hospital do Câncer, formando o grande complexo da saúde, implantado no antigo bairro do Porangabussu. A primeira coleta de sangue realizada pelo Hemoce ocorreu em maio de 1983, na Faculdade de Administração da UECE situada à rua 25 de Março Centro, e o sangue colhido foi destinado ao Hospital Infantil Albert Sabin. Em 23 de novembro do mesmo ano, o diretor do Hospital Universitário Walter Cantídio, Dr. José Carlos Ribeiro convidou a equipe do Hemoce para implantar o serviço de hemoterapia com a colaboração da funcionária Terezinha, que veio trabalhar no setor de Imunohematologia. A coleta, desta vez, foi realizada na própria sede do Hemoce. A primeira pessoa a realizar doação foi José Calls Gaspar Júnior ou Dr. Cals, na época, chefe do setor de Sorologia da instituição. Pouco tempo depois, o serviço se estendeu à Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), ao setor de cirurgia do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), Instituto do Câncer do Ceará e Hospital Infantil Albert Sabin.

Com a ampliação dos serviços, foi necessário criar a primeira agência transfusional fora de Fortaleza, que foi inaugurada pelo então diretor do Hemoce, Dr. Murilo Martins, no município de Beberibe. As coletas externas de sangue também foram aumentando e, em pouco tempo, passaram a ser realizadas em diversos pontos da capital como nas praças do Ferreira e José de Alencar, nas Igrejas através do Encontro de Casais com Cristo (ECC), empresas, comércio, indústrias, escolas e corporações militares. Após a criação e pleno funcionamento do Hemocentro Coordenador de Fortaleza, foi definido como objetivo primordial de atuação a cobertura em Hemoterapia e Hematologia a todo o território estadual.

Desta forma, a partir da década de 90, foram inaugurados os Hemocentros Regionais: o Hemocentro de Sobral em 8 de março 1991, o de Crato em 19 de dezembro de 1991, o hemonúcleo de Juazeiro em 28 de julho de 1998, o de Iguatu em 23 de agosto de 1993 e o de Quixadá em 10 de setembro de 2004. Cada um destes hemocentros regionais foi instalado e está em pleno funcionamento com capacidade para captar, triar doadores, coletar, processar, e distribuir sangue e hemocomponentes examinados e aptos para transfusão nos hospitais de sua área de cobertura.

A hemorrede cearense é formada por um hemocentro coordenador por Luciana Maria de Barros Carlos Diretora Executiva, Márcia Maria Bruno Araújo Diretora Administrativo-Financeiro, Andrea Alcântara Vieira Diretora de Hematologia, Franklin José Cândido Santos Diretor de Hemoterapia, Vânia Barreto Aguiar F. Gomes Diretora de Ensino e Pesquisa.

Com sede em Fortaleza, quatro hemocentros regionais, em Sobral, Quixadá, Crato e Iguatu, um hemonúcleo, em Juazeiro do Norte, um Posto de Coleta de Sangue no Instituto Dr. Jose Frota - IJF com 307 hospitais,

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