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Relação Interpessoal

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Por:   •  3/11/2014  •  2.039 Palavras (9 Páginas)  •  214 Visualizações

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Relacionamento interpessoal em enfermagem: considerações sobre formação/atuação no nível médio de enfermagem

Interpersonal relationship in nursing: considerations on the education/practice of vocational nurses

Maria Inês Lemos Coelho Ribeiro; Luiz Jorge Pedrão

EERP-Universidade de São Paulo

Endereço para correspondência

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RESUMO

Trata-se de uma reflexão sobre o tema, relacionamento interpessoal nos cursos e na atuação profissional de auxiliares e técnicos de enfermagem. Constata-se que os pedidos dos pacientes se situam na esfera relacional e raramente na técnica e que o relacionamento interpessoal aparece como mola propulsora do cuidado. Sabe-se que 70% da mão de obra de enfermagem é desenvolvida por profissionais de nível médio, sendo executores de grande parte das técnicas, justificando assim este estudo. Considerou-se imprescindível que o profissional citado tenha um melhor preparo no tema em questão para oferecer uma assistência mais humanizada. Cabe às instituições formadoras de nível médio proporcionarem condições para o desenvolvimento desta habilidade e ao enfermeiro assistencial mantê-la, principalmente através de atividades educativas contínuas em serviço.

Palavras Chave: relacionamento interpessoal, ensino de enfermagem.

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ABSTRACT

This is a reflection concerning interpersonal relationships in nursing programs and in the professional practice of nursing auxiliaries and nursing aides. It is verified that patients' requests are found in the relational sphere and rarely in the technical one. Interpersonal relationships appear as the driving incentive of health care. It is known that 70% of nursing labor is developed by vocational nursing professionals who perform a large number of procedures, which justifies this study. That the mentioned professionals should have a better preparation concerning the theme in question in order to provide more humanized care was considered to be essential. Vocational Nursing schools are obliged to provide the necessary conditions for the development of such skill and the clinical nurse is responsible for keeping it, especially by means of continual educational activities at work.

Key words: interpersonal relationship, nursing teaching.

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O presente texto trata-se de uma reflexão sobre o relacionamento interpessoal no nível médio de enfermagem e a sua importância no desenvolvimento das ações assistenciais, usando como metodologia uma descrição sobre a revisão literária disponível.

Nas últimas décadas, vimos surgir na literatura de enfermagem vários trabalhos salientando a importância do relacionamento interpessoal na assistência ao paciente. Nas décadas de 60 e 70 foram feitas algumas tentativas para humanizar esta assistência, tratando o indivíduo como um todo, incluindo aspectos biológicos, sociais e espirituais, e criticando a objetificação do paciente (Waldow, 1998).

Na prática de enfermagem, verificamos que toda assistência ao indivíduo se processa por meio das relações interpessoais (Gattás, 1984). Observamos que a enfermeira, profissional com alta competência técnica, responsável pela gerência do serviço e administração do pessoal, ainda não está dando a devida importância às relações interpessoais de sua equipe e à orientação e supervisão desse pessoal.

Inicialmente, o tema parece bastante rotineiro, familiar, no nosso campo de atuação. No entanto, o relacionamento interpessoal merece maior atenção devido à sua complexidade, já que lidamos com relação entre pessoas, cada uma com suas características e personalidades diferentes.

Furegato (1999) descreve que o relacionamento enfermeiro-paciente é uma relação entre duas ou mais pessoas, entre o profissional e a pessoa que requer ajuda, que se dá através do processo terapêutico (início, desenvolvimento e final) objetivando a resolução da crise.

Para Travelbee (1982), toda assistência ao paciente-cliente deveria se dar através das interações entre duas pessoas: uma que precisa de ajuda e outra que proporciona ajuda. Segundo esta autora é o enfermeiro que se une ao paciente-cliente para ajudá-lo a revelar e compreender sua experiência e, a partir daí, desenvolver um relacionamento. O relacionamento enfermeiro-paciente é meta a ser atingida, é função específica da enfermeira, é a interação planejada com objetivos definidos entre duas pessoas, na qual ambas modificam seu comportamento, construtivamente, com a evolução do processo de relacionamento.

O paciente é uma pessoa, um ser humano único que no momento requer nossa ajuda. O enfermeiro é uma pessoa, um ser humano único, que adquiriu conhecimentos e habilidades específicas para cuidar dos outros e dispõe-se a isso. Através da comunicação interpessoal, ambos poderão atingir seus objetivos.

Sadala & Stefanelli (1996) citam que a comunicação é vista na enfermagem como instrumento básico, como uma competência e uma habilidade que precisam ser desenvolvidas, praticadas após terem passado por um aprendizado teórico do relacionamento. Observa-se as dificuldades de ensino e aprendizagem nesta técnica no nível médio de enfermagem, cujo ensino é mais elementar que o da graduação nesta profissão (Simpósio, 1990). Acreditamos também que exista dificuldade em abordar este tema, o que entendemos que possa impedir a valorização dessa temática. Consideramos a comunicação como parte integrante do cuidar, portanto é um instrumento de trabalho do enfermeiro e de sua equipe, que precisa ser pesquisado para que seus resultados possam contribuir para os avanços esperados no campo da assistência à saúde.

Sabe-se que cabe à enfermeira e às instituições formadoras proporcionarem condições para o desenvolvimento das habilidades e atitudes específicas, possibilitando aos profissionais de nível médio de enfermagem às suas ações serem terapêuticas através do relacionamento interpessoal (Miranda, Rodrigues & Scatena, 1996).

Justificativa

Atualmente observa-se uma predominância na formação dos profissionais de enfermagem no aspecto instrumental, em detrimento do expressivo, designações estas utilizadas por Waldow (1998). A enfermagem no Brasil, não muito diferente de outros países, passou a desvalorizar

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