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Resumo Da Obra "Cultura: Um Conceito Antropológico" De Roque De Barros Laraia

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Por:   •  3/10/2014  •  1.425 Palavras (6 Páginas)  •  21.840 Visualizações

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Resumo da obra “Cultura: Um Conceito Antropológico” de Roque de Barros Laraia.

"Cultura: um conceito antropológico", de Roque de Barros Laraia. O autor inicia sua obra com uma apresentação e o intuito de discutir o conceito antropológico de cultura tentando dar um conceito claro e simples.

PRIMEIRA PARTE - DA NATUREZA DA CULTURA OU DA NATUREZA À CULTURA

Aqui o autor já mostra sua preocupação em relação aos povos e as diversas visões dos pesquisadores de épocas diferentes, e deixa claro que, o determinismo biológico e geográfico não são suficientes para explicar o comportamento dos povos, como os outros pesquisadores afirmavam.

Já no primeiro e segundo capitulo, ele deixa claro seu pensamento de que as diferenças genéticas/somáticas não determinam diferenças culturais, ou seja, que o determinismo biológico não influencia o aprendizado e o modo de agir de determinada cultura, processo o qual ele denominou de endoculturação, e que em relação ao determinismo geográfico influenciaria hipoteticamente a cultura dos povos por eles se encontrarem em diferentes espaços físicos. De acordo com o autor, depois de vários estudos entre povos diferentes, ficou constatado que mesmo em ambientes iguais, existiam culturas diferentes, assim como culturas semelhantes em povos de espaços físicos diferentes.

No terceiro capítulo da obra, o autor começa a mencionar a historicidade do conceito de cultura, após ter se referido a mesma no final do segundo capítulo como fator de diferenciação da espécie humana em relação às demais. O autor fala sobre a definição de cultura proposta por Edward Tylor como sendo o “complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes e quaisquer outros hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade” , (LARAIA, 2001, Pág. 14 – Livro em PDF), referindo que tal conceito é uma síntese de vários pensamentos com a mesma linha ideológica, os quais se desenvolveram em vários estudos como os de John Locke, Turgot, Rousseau, autores que tentavam quebrar o raciocínio da relação entre natural e cultural.

No quarto capítulo, o autor expõe a visão de Tylor sobre o campo da Antropologia Cultural que defende que a Antropologia Cultural tem um objeto de estudo científico, assim como as demais ciências. A grande diferença de culturas então seria explicada pelo grau desigual do processo de evolução, mas que mesmo assim apresentariam semelhantes características essenciais. Tais conclusões seriam descobertas através de uma análise comparativa histórica, levando-se em consideração os efeitos das condições psicológicas e meios ambientes, método mais tarde chamado de "particularismo histórico" por Boas (LARAIA, 2001, Pág. 20 – Livro em PDF).

Ainda no mesmo capítulo, o autor expõe as ideias de Kroeber e sua visão do ser humano como único ser capaz de criar seu próprio processo evolutivo. Segundo ele, ao invés de mudar o aparato biológico, a cultura é que seria adaptada aos diferentes ambientes ecológicos. Desse modo, o ser humano foi capaz de perpetuar a espécie ao longo dos anos e transformar todo o planeta Terra em seu habitat. Através desse aprendizado (processo de endoculturação), o homem aprende a romper as barreiras das diferenças ambientais e a dar vazão à criação. Assim, cada cultura tem o "gênio" que é capaz de produzir de acordo com suas possibilidades e necessidades. Nessa conjuntura, o autor então passa a refutar temas como os instintos humanos e supervaloriza o processo de comunicação como base para o desenvolvimento da cultura.

No quinto capítulo da obra, o autor começa a analisar a origem da cultura como única parte do ser humano. Expõe algumas teorias, como a de Leackey e Lewin e o desenvolvimento da “visão estereoscópica” (LARAIA, 2001, Pág. 28 – Livro em PDF), bem como a capacidade de pegar os objetos com as mãos; a de Pilebam e o bipedismo; Oakley e o desenvolvimento de um cérebro mais volumoso e complexo; Lévi-Strauss e a teoria da invenção da primeira norma; White e a elaboração dos símbolos; Ao final, ele acredita que tais teorias induzem a um aparecimento espontâneo do início da cultura, sendo partidário de que o aparecimento da cultura se deu contínua e lentamente, juntamente com o próprio equipamento biológico.

As teorias modernas com a missão de restabelecer o conceito de cultura são explanadas no sexto capítulo da obra. O autor se vale do esquema proposto por Keesing, que divide as teorias em dois grandes grupos: as que tratam da cultura como sistema adaptativo (cultura como sistemas de padrões de comportamento socialmente transmitidos, analogia entre mudança cultural e seleção natural, tecnologia e economia de subsistência como bases e reguladores da cultura); e as teorias idealistas de cultura (cultura como sistema cognitivo, como sistemas estruturais, como sistemas simbólicos). O autor finaliza com a ideia de que delimitar o conceito de cultura é conhecer a própria natureza humana, revelando, pois, uma tarefa de perene reflexão humana.

Assim, no final desta primeira parte, só nos resta afirmar mineiramente como Murdock (1932): "Os antropólogos sabem de fato o que é cultura, mas divergem na maneira de exteriorizar este conhecimento” (LARAIA, 2001, Pág. 28 – Livro em PDF).

SEGUNDA

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