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Revisão Da Literatura De Apoio Fornecida, Enfocada Sobre Os tópicos Tratados Nas Aulas Da Disciplina De Teorias E Modelos De Supervisão

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Por:   •  29/1/2014  •  3.279 Palavras (14 Páginas)  •  643 Visualizações

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Revisão da literatura de apoio fornecida, enfocada sobre os tópicos tratados nas aulas da Disciplina de Teorias e Modelos de supervisão

O papel que a escola ocupa hoje na sociedade brasileira é complexo. Quando se torna repetidora do sistema capitalista vigente, ela é excludente, pois promove práticas educativas autônomas, uniformes, repetidoras, discriminatórias essenciais a manutenção desse sistema, contribuindo exclusivamente para uma formação mercadológica e compartimentada, deixando de cumprir com a função social da educação para responder às demandas do capital.

Ivor Goodson, ao abordar essa problemática, faz a seguinte colocação:

As reformas recentes que ocorreram em vários países têm tentado fechar as possibilidades para qualquer atuação semi-autônoma, tanto pessoal como profissional. Fazendo isso, eles estão apertando o parafuso de uma forma excessiva e ameaçando tornar o ensino uma profissão atraente apenas para aqueles que são dóceis e submissos, ao mesmo tempo em que sem atrativos para os que são criativos e cheios de idéias. Com toda essa pressão, ameaçaram transformar a escola em um local de uniformidade e aridez – não um lugar em que os padrões se elevarão e a inspiração educacional florescerá. (GOODSON, 2011, p.18 )

Diferentemente dessa perspectiva, a educação também é vista de outra ótica, objetivando a formação integral do homem, ou seja, o desenvolvimento físico, político,social, cultural, filosófico, profissional, afetivo, entre outros.

A escola como ato social influenciada pelas transformações do homem e da sociedade foi vista dessa forma, pela primeira vez, por Émile Durkheim, que defendia a postura social que a escola e a educação em si, deviam permear.suas idéias ajudariam a compreender o significado social do trabalho do professor, onde a educação escolar deixa de ser vista de forma individualista e passa a uma perspectiva coletiva.

Nessa ótica, a concepção de educação que estamos preconizando fundamenta-se numa perspectiva crítica que conceba o homem na sua totalidade, enquanto ser constituído pelo biológico, material, afetivo, estético e lúdico. Portanto, no desenvolvimento das práticas educacionais, precisamos ter em mente que os sujeitos dos processos educativos são os homens e suas múltiplas e históricas necessidades.

Hoje, a busca incessante pelo conhecimento passou a ser mais que um diferencial na formação dos sujeitos. Estar em constante aprendizado passou a ser requisito básico para qualquer pessoa que queira manter um alto nível de empregabilidade e intelectualidade na sociedade, em um mercado que exige atualização a todo instante. A escola deve fazer questão de contribuir nessa evolução, não preparando apenas os cidadãos para a vida, pois ela é a própria vida, um local de vivência da cidadania, (ALARCÃO, 2001).

O papel da escola neste mundo que se transforma, deve estar equilibrado entre uma função sistêmica de preparar cidadãos tanto para desenvolver suas qualidades como para a vida em sociedade. Ao mesmo tempo, deve exercitar sua função crítica ao estudar os principais problemas que interferem em sua localidade, devendo apontar soluções. Para isso, deve a escola desenvolver características como o pluralismo de idéias, a liberdade e a autonomia didático-pedagógica e, de outro lado, ampliar a capacidade de resposta às necessidades da comunidade, buscando maior pertinência social e fazendo com que essa comece a participar das decisões em seu meio.

Para que este novo papel seja desempenhado com sucesso, torna-se necessário que a escola reveja posições e estabeleça atitudes mais enfáticas e positivas em relação ao seu meio. O futuro precisa ser construído através de um processo que exige um pensar e um repensar contínuo e ações integradas na consecução dos objetivos, mas esse processo deve se dar de forma integrada, coletiva, envolvendo todos os interessados de forma direta. sobre a integração na escola:

Uma escola sem pessoas seria um edifício sem vida. Quem a torna viva são as pessoas: os alunos, os professores, os funcionários e os pais que, não estando lá permanentemente, com ela interagem. As pessoas são o sentido da sua existência. Para elas existem os espaços, com elas se vive o tempo. As pessoas socializam-se no contexto que elas próprias criam e recriam. É o recurso sem o qual todos os outros recursos seriam desperdícios. Têm o poder da palavra através da qual se exprimem, confrontam os seus pontos de vista, aprofundam os seus pensamentos, revelam os seus sentimentos, verbalizam iniciativas, assumem responsabilidades e organizam-se. As relações das pessoas entre si e de si próprias com o seu trabalho e com a sua escola são a pedra de toque para a vivência de um clima de escola em busca de uma educação melhor a cada dia. (ALARCÂO, 2001, p. 20)

É pertinente a preocupação em proporcionar uma mudança que leve para o meio escolar condições para que os indivíduos possam agir em seu meio e se tornarem mais atuantes na sociedade, através de uma forma mais crítica e menos alienadora, passando a serem sujeitos conscientes de suas ações:

A minha convicção é de que, se quisermos mudar a escola, devemos assumi-la como organismo vivo, dinâmico, capaz de atuar em situação, de interagir e desenvolver-se ecologicamente e de aprender a construir e o conhecimento sobre si própria nesse processo, considerando a escola como um organismo vivo inserido em um ambiente próprio, tenho pensado a escola como uma organização em desenvolvimento e em aprendizagem que, à semelhança dos seres humanos, aprende e desenvolve-se em interação. (ALARCÃO, 2001, p. 27)

Dessa forma, a escola emerge como uma instituição fundamental para a constituição do indivíduo e para ele próprio, da mesma forma como emerge para a evolução da sociedade e da própria humanidade, formando cidadãos críticos, reflexivos, autônomos, criativos,conscientes de seus direitos e deveres, capazes de compreender a realidade em que vivem preparados para participar da vida econômica, social e política do país e aptos a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, tendo o compromisso social de ir além da simples transmissão do conhecimento sistematizado, tratado esse conhecimento como algo dinâmico, construído na interação dos indivíduos, entre si e consigo, respeitando as particularidades e as habilidades individuais, fazendo o aluno pensar, refletir, analisar, sintetizar, criticar, criar, classificar, tirar conclusões, estabelecer relações, argumentar, avaliar, justificar, etc.

Para o especialista em criatividade Ken Robinson, em sua fala provocadora, bem

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