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Rio Tiete Meio Ambiente

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Por:   •  5/3/2014  •  2.246 Palavras (9 Páginas)  •  627 Visualizações

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Rio Tietê é um rio brasileiro do estado de São Paulo. É conhecido nacionalmente por

atravessar, em seus 1 010 km,1 praticamente todo estado de São Paulo de leste a oeste, marcando a geografia urbana da maior cidade do país, a capital paulista. Ao contrário de outros rios, o Tietê se volta para o interior e não corre para o oceano, característica que o tornou um importante instrumento na colonização do país.

Nasce em Salesópolis na serra do Mar, a 1 120 metros de altitude. Apesar de estar a apenas 22 quilômetros do litoral, as escarpas da serra do Mar obrigam-no a caminhar em sentido inverso, rumo ao interior, atravessando o estado de São Paulo de sudeste a noroeste até desaguar no lago formado pela barragem de Jupiá, no rio Paraná, entre os municípios de Itapura (São Paulo) e Castilho (São Paulo), cerca de cinquenta quilômetros a jusante da cidade de Pereira Barreto.

O nome "Tietê" foi registrado pela primeira vez em um mapa no ano de 1748 no mapa D'Anvile3 . O hidrônimo é de origem tupi e significa "água verdadeira", com a da junção dos termos ti ("água") e eté ("verdadeiro").4 5

As nascentes ficam no Parque Nascentes do Rio Tietê, que se situa no município de Salesópolis. São cerca de 134 hectares, dos quais 9,6 já estão sob controle ambiental, protegendo as diversas nascentes que irão formar o mais importante rio do estado de São Paulo.

Localiza-se no bairro da Pedra Rajada, a dezessete quilômetros do centro de Salesópolis, junto a divisa com o município de Paraibuna. O acesso se dá pela SP-88 (Estrada das Pitas), onde se acessa uma estrada vicinal de seis quilômetros em terra batida que leva à nascente.

Inicialmente nas mãos de particulares, teve sua flora original destruída. Tombado pelo estado, sua área foi recuperada, apresentando, agora, floresta secundária. As nascentes surgem entre rochas que ladeiam um minúsculo lago. A água brota em três diferentes pontos e o lago é povoado por pequenos peixes, os guarus.

Logo a poucos metros de sua nascente, um vertedouro permite medir o volume de água gerado pelo lençol freático. Destaca-se o elevado fluxo de água produzido pela nascente. Um mural no local fornece alguns dados da nascente do rio Tietê. Na data indicada, verifica-se que as nascentes produziram mais de três metros cúbicos (1m³= 1.000 litros) de água por hora. Ao longo do seu trecho inicial, o Rio Tietê recebe a contribuição de vários lençóis freáticos, tornando-se um córrego de elevado volume de água no pequeno trajeto que percorreu.

Ainda dentro do município de Salesópolis, existe uma das primeiras hidrelétricas construídas no Brasil, que é a atual Usina Parque de Salesópolis. Construída em 1912 pela antiga Light, gerava energia a partir de uma queda de 72 metros de altura do Rio Tietê. O parque está aberto para visitação pública, sendo que há um museu junto à usina. Em março de 2008, foi retomada a produção de energia elétrica. Destacam-se os maquinários antigos lá instalados.

O rio Tietê sempre foi rio de meandros e portanto para a construção das avenidas marginais foi necessária uma retificação de seu curso natural. Devemos lembrar que tais avenidas foram construídas sobre a várzea do rio, ou seja, locais naturalmente alagadiços.

Como se não bastasse o fato de terem sido ocupadas as áreas da várzea, o crescimento desordenado da cidade também fez com que o solo da bacia do Tietê na região da Grande São Paulo fosse sendo impermeabilizado: asfalto, telhados, passeios e pátios foram fazendo com que a água das chuvas não mais penetrasse no solo que a reteria. Uma grande percentagem da precipitação corre imediatamente para as galerias de águas pluviais e dali para os córregos que finalmente as conduz para o Tietê que, por maior capacidade que tenha, não tem condições de absorver o volume. Embora já venha ocorrendo o estímulo às medidas que retenham parte da água, seria necessária uma maior conscientização da população no sentido de evitar a impermeabilização do solo.

Além dos prejuízos e transtornos sofridos pelas pessoas diretamente atingidas (doenças transmitidas pela água - como tifo, hepatite e leptospirose; residências, móveis, veículos e documentos destruídos etc.), as inundações nas marginais do Tietê acabam atingindo não só a economia da região, mas também a economia do estado e do país. Pelas marginais, incluindo as do rio Pinheiros, passam a ligação Norte-Sul do Brasil, o acesso a várias rodovias (Rodovia Presidente Dutra, Rodovia Ayrton Senna, Rodovia Fernão Dias, Rodovia dos Bandeirantes, Rodovia Anhanguera, Rodovia Castelo Branco, Rodovia Raposo Tavares, Rodovia Régis Bittencourt, Rodovia dos Imigrantes e Rodovia Anchieta); o acesso aos aeroportos de Congonhas e Cumbica e ao porto de Santos, o mais importante do país. Uma interrupção das marginais reflete-se então na paralisação de transportes públicos, abastecimento e escoamento de produtos, produção de indústrias etc.

Seção transversal típica em dia de sol

Seção transversal típica em dia de cheia: o rio transborda, sai da calha e inunda as áreas de inundação da Marginal Tietê

A enchente ocorre quando o Rio Tietê recebe, repentinamente, um grande volume d'água dos seus afluentes como o rio Aricanduva, que deságua muitos milhões de litros em alguns poucos minutos. A água que já estava no Tietê a uma certa velocidade precisa de algumas horas para ganhar força e adquirir uma velocidade maior.

Enquanto a água do Tietê não ganha velocidade, a que vem do Rio Aricanduva vai sendo acumulada e o rio enche até transbordar. Por causa desse fenômeno hidráulico, o rio Tietê precisa de uma área lateral para poder absorver essa enchente. Essa área existe e situa-se a alguns metros abaixo das avenidas marginais.

O quadro de inundações obrigou o Governo do Estado de São Paulo (GESP) a projetar e construir obras de grande magnitude em praticamente todo o tramo de rio que corta a cidade de São Paulo; as intervenções foram de tal ordem que praticamente se atingiu o limite do economicamente viável em termos das obras de engenharia que poderiam aumentar a capacidade de vazão do rio e controlar suas enchentes periódicas6 .

A partir dessa realidade, os estudos técnicos passaram a focar a recuperação das funções naturais das várzeas do rio à montante do trecho que corta a cidade de São Paulo (barragem da Penha) como uma alternativa viável para o controle das enchentes. O projeto resultante, chamado

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