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Riso: Barato E Sem Receita

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Por:   •  13/3/2015  •  447 Palavras (2 Páginas)  •  277 Visualizações

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À medida que vamos crescendo e nos tornando adultos, temos tendência a construir uma máscara social que permita nossa aceitabilidade e convívio digno na sociedade. Essa máscara, infelizmente, faz com que nós mesmos acabemos por nos levar a sério de forma doentia, com auto-crítica ferrenha e muita exigência diante dos desafios cotidianos. Esses desafios, se não superados, geram dor e frustração e, nesses momentos, muito dificilmente nos lembraremos do remédio popular mais barato do mundo: o riso. Esse esquecimento é comprovado com o dado de que um bebê ri 400 vezes por dia, enquanto um adolescente ou adulto ri apenas 17.

Há entre os crescidos, entretanto, uma forma diferente de rir: o deboche, o escárnio, o sarcasmo, e até mesmo o conhecido “bullying”. Essas ferramentas são recursos de distanciamento do outro na medida em que nos colocamos em um patamar superior, do qual podemos observar o outro e rir de suas escolhas, de suas roupas, de sua vida. Essa forma de rir é corrosiva e gera um afastamento psicológico do próximo, que pode desencadear, naquele que debocha, um profundo sentimento de solidão e amargura, além dos danos emocionais causados ao outro. O riso, como tudo, também tem suas contra-indicações.

Por outro lado, encontrar mais situações que nos façam rir é um exercício espiritual, porque gera um desapego da matéria e das situações que consideramos tão importantes – para nós e para os outros. Rir de si mesmo e do fracasso, principalmente, são auto-desafios que podem nos mostrar o quanto damos valor a situações que são, como sempre, passageiras e contornáveis.

Portanto, percebemos que o riso é um exercício muito sério, que pode nos levar a observar e repensar nossa personalidade em sociedade e encarar a vida de uma forma mais leve. Pode diminuir, inclusive, o risco de inúmeras doenças de origem nervosa. E é um remédio sem receita: não vende na farmácia e não se ensina, só se aprende.

Tese: Rir é barato e não tem receita – não vende na farmácia e não se ensina, só se aprende.

Esquema de topicalização dos argumentos:

- os adultos riem menos que as crianças porque se levam mais a sério, portanto, se estressam mais

- a tendência à ironia e ao deboche é marca de superioridade numa sociedade repleta de diferenças de escolhas, mas acaba por gerar distanciamento e amargura

- o riso é saudável e é a terapia mais barata contra o esmagamento das responsabilidades cotidianas, bem como uma forma de aproximação consigo mesmo

Conclusão: praticar a tarefa de rir mais diariamente é um dever que pode ser levado como exercício de terapia e de auto-observação, a fim de ampliar a quantidade de situações que nos levam ao riso e descomprimem nossas tensões, tanto físicas como emocionais.

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