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Serviço Social: A Ilusão De Servir

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Por:   •  18/9/2013  •  1.189 Palavras (5 Páginas)  •  1.013 Visualizações

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Para se compreender o Capitalismo (sua origem e seu desenvolvimento) é preciso trilhar por pelo menos três vertentes, assegura Dobb (1983). São elas: a proposta por Werner Sombart (1863-1941), considera que o Capitalismo (numa visão idealista) é criação do “espírito capitalista” (empreendedor e racional), sendo que em épocas diferentes, onde ocorrem atitudes econômicas diferentes. A segunda concepção é assegurada pela Escola Histórica Alemã e entende que o Capitalismo surgiu como uma forma de organização da produção, que se move entre mercado e lucro. O Capitalismo tem, então, um motivo, o lucro, asseguram Karl Bücher e Gustav Von Schmoller, representantes desta vertente. A terceira advém do pensamento de Karl Marx, o capital é entendido como uma relação social e o Capitalismo um determinado modo de produção, onde há a dominação do processo de produção pelo capital. Há, portanto, o predomínio da compra e da venda da força de trabalho, tornando-se mercadoria como outra qualquer.

É bastante difícil precisar o momento certo do surgimento do Capitalismo, no entanto, o que melhor marca sua predominância é a posse e o uso da propriedade privada, assim como a dos meios de produção e a exploração de uma classe sobre a outra. E todas as transformações que vão ocorrendo, aos poucos, no âmbito social, levam consequentemente a ruptura entre as classes e gera a divisão social do trabalho.

A posse dos monopólios dava aos Burgueses o domínio econômico e social e os centros de poder são deslocados dos feudos para os burgos. Chegam a ter domínio sobre a política e o Estado, elevando ainda mais seu poder.

Fatos ocorridos entre os séculos XIV e XVI em quase toda a Europa, fazem com que o trabalhador assalariado apareça e a exploração do operário ao Capitalismo torne-se ainda mais freqüente e constante. Nesta época, o campo tornou-se subordinado a cidade, assim como os novos assalariados dependentes das novas fábricas. Ao tempo em que o Estado promulgava leis para obrigar o operário a trabalhar e para punir os que se recusassem a isso.

Sucessivamente, do século XVII ao XIX ocorreram muitas transformações que fizeram com que o Capitalismo crescesse e se expandisse ainda mais, dentre elas a Revolução Inglesa (1640-1660) que favoreceu o auge de uma nova política econômica e social. Assim como surgem importantes invenções tecnológicas, como a máquina a vapor (de James Watt) e o tear mecânico (símbolos da Revolução Industrial). Eventos que contribuíram para que o Capitalismo penetrasse a fundo no seio da estrutura social.

A Revolução Industrial (convencionalmente de 1775-1875) foi sem dúvida o grande evento que proporcionou as mais variadas transformações tecnológicas, mudando o cenário social, foi também responsável por tirar o Capitalismo da fase mercantil e lhe garantir o que conhecemos por Capitalismo Industrial.

Durante todo o século XVIII o Capitalismo dominou plenamente. Havia ainda os grandes efeitos produzidos pela Revolução Industrial e os operários ainda não eram suficientemente organizados para combater o Capitalismo de maneira forte e homogênea.

E então, no século XIX, os avanços do mercado atrelados as suas necessidades, precisou de uma forte demanda de mão-de-obra. Intensificou-se, portanto, a exploração sobre o trabalhador de maneira que “submetido ao controle e ao mando do dono do capital, o trabalhador sofria dupla violência: além de separado de sua força de trabalho, era reduzido à condição de mero acessório da máquina” (MARTINELLI, 2007, p. 40). Do mesmo modo que o capital crescia, também se expandia (demograficamente) a população operária, alargando a base da pirâmide social.

Esse crescimento não se restringia apenas ao campo econômico, mas influenciava e transformava todos os setores da sociedade, inclusive a formação de cidades e o êxodo do campo. O ser tornou-se mercadoria, sem valor e isto custou caro, inclusive deficiência nas relações familiares.

Os operários, por sua vez, já lutavam contra essas más condições desde épocas primitivas, porém, isso veio a se intensificar na Inglaterra, nas primeiras décadas do século XIX. “As primeiras formas de oposição dos trabalhadores a essa dura realidade expressaram-se na resistência, dirigindo-se não diretamente ao opressor, ao explorador, mas ao instrumento de exploração, ao símbolo da opressão: a máquina” (MARTINELLI, 2007, p. 43).

As primeiras revoltas contra a máquina ocorreram também na Europa, no final do século XVII, enquanto o Estado promulgava leis para punir[1] quem atentasse contra as máquinas ou as fábricas. Restou para os trabalhadores as manifestações em massa, estabelecendo novas bases de luta. Essas revoltas eram contra a submissão às máquinas e aos capitalistas. Entretanto os operários

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