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Slides DOPING

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Por:   •  23/9/2014  •  5.292 Palavras (22 Páginas)  •  859 Visualizações

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História do Doping

O termo doping tem origem na palavra “doop”, que significa um sumo viscoso obtido do ópio e utilizado já desde o tempo dos gregos. A definição actual é standard, mas está sempre a evoluir tendo em conta os avanços da ciência. È geralmente aceite pelas diversas organizações mundiais de saúde e desporto a seguinte: o uso de qualquer substância proibida pela regulamentação desportiva, tendo por fim melhorar o desempenho físico e/ou mental, por meios artificiais.

Ao longo dos tempos que os atletas têm usado substâncias e métodos artificiais para aumentar o seu rendimento e possuírem vantagem desportiva.

Já desde o século III a.C. que os gregos usavam cogumelos alucinogénicos para aumentar a sua performance desportiva. Também os romanos tomavam estimulantes para enfrentar as provas desportivas, sendo que muitos atletas usavam cafeína, nitroglicerina, álcool, ópio e inclusive estricnina.

No entanto, o primeiro caso de doping relatado passou-se em 1886, em que um ciclista inglês morreu de overdose por “trimetil” numa corrida em Bordéus – Paris.

Curiosamente, em 1910 já havia controlo de substâncias dopantes nos cavalos de corrida, mas o controlo em atletas humanos surgiu apenas nos anos 60. Em 1965, Arnold Becker aplicou técnicas de cromatografia de gás para detectar substâncias dopantes e em 1966 já a FIFA controlava os atletas, sendo que em 1968, nos olímpicos de Inverno, já havia uma lista elaborada com substâncias ilícitas.

Actualmente, cada nova descoberta da ciência, cada novo fármaco investigado é também alvo de estudo no sentido de aumentar o rendimento dos atletas de modo ilegal e indetectável. Deste modo, os métodos de detecção têm de estar também em constante evolução, sendo neste caso mais difícil, pois existem métodos muito bons, mas muito dispendiosos, o que torna impossível a sua aplicação em controlo anti-doping. Assim, e como disse o presidente da federação de ciclismo internacional, “existe uma grande percentagem de drogas usadas em doping que não são detectadas”.

Objectivos do controlo anti-doping

O controlo anti-doping é uma área importante, já que o desporto é hoje em dia um fenómeno que move milhões, pelo que a verdade desportiva deve estar sempre presente. Posto isto, com o controlo pretende-se:

- Preservar a ética desportiva.

- Salvaguardar física e mentalmente a saúde dos atletas.

- Garantir que todos os atletas partem equitativamente para cada evento desportivo

Os atletas que se recusem a comparecer a um controlo anti-doping, bem como os atletas que apresentem níveis de substâncias proibidas acima dos limites, estão a violar as regras e incorrem em penas de suspensão e multas.

Quanto à recolha de amostras, é feita normalmente numa sala ou espaço destinado a esse efeito, com pessoas credenciadas pela organização que tutela o evento desportivo e pode consistir em recolher urina, tirar sangue ou outro métodos.

Questões éticas históricas

A questão dos dopings perde-se no tempo. Casos de praticantes de actividades desportivas utilizando bebidas alcoólicas, macerações feitas a base de cogumelos tóxicos, invadem os primórdios olímpicos. Sagrações a Dionísio, o deus do vinho, entre outras, fazia com que alguns competidores arriscassem os seus talentos traçando as pernas, evidentemente, nada conseguiam, além de iludir a ansiedade. A falta de registros impede um estudo mais rigoroso, entretanto, no início do século XIX a morfina foi descoberta e pouco depois usada em cavalos de corrida. No final desse mesmo século, mais especificamente em 1879, era comum entre os ciclistas europeus o uso de uma espécie de cocktail vasodilatador formado por açúcar, éter e nitroglicerina, uma literal bomba. A primeira morte associada a doping aconteceu com um ciclista inglês que misturou nitroglicerina com cocaína, detonando a própria vida. Entre os jogos olímpicos, o de Roma, em 1960 despertou uma preocupação especial, quando três atletas, um norte-americano, um inglês e um dinamarquês morreram pela ingestão de estimulantes. Os casos espalhavam-se pelo mundo todo, em 1968, no México, o COI tentou cercar o uso do doping, mas as técnicas e a turbulência da época dificultou a investida, até que em 1972, em nos Jogos Olímpicos de Munique instituiu-se o controlo efectivo dos casos de dopings nas praticas desportivas.

A actuação do Comité Olímpico Internacional (COI) intensificou-se a partir de então. Em 1984 uma denúncia do uso de somatotrofina extraída da hipófise de cadáveres humanos traz à tona o trabalho de laboratórios na tentativa de construção de superatletas para as olimpíadas de Los Angeles, o que motivou no ano seguinte ao barreirista norte-americano Edwin Moses a promover uma campanha mundial contra o doping nos atletas, uma luta árdua que só foi vencida quando o COI o apoiou. A confissão em 1989 de Marita Koch chocou o mundo, a atleta revelou que fora dopada desde a infância para se tornar imbatível. Mas foi em 1993 que os resultados do uso de anabolizantes em mulheres causou maior espanto, Heidi Krieger, arremessadora olímpica de peso da Alemanha Oriental confessou ter recebido injecções de hormonas masculinos durante todo período em que participara nas competições e por isso,o seu corpo modificara-se, daí teria que ser submetida a uma cirurgia de mudança de sexo. Heidi passou a se chamar Andréas e em 1998 quis devolver juntamente com outras duas atletas as suas medalhas, por tê-las conquistado de modo indevido. O remorso alemão modificou a cultura daquele país, entretanto, novas superatletas despontavam, desta vez vestindo as cores da China, mas nada foi comprovado. A suspeita é provavelmente os chineses tenham desenvolvido algumas técnicas de mascaramento dos resultados. Mais uma vez acredita-se que a saúde e a ética tenham sido colocadas de lado em prol de objectivos escuros.

Outras técnicas que beiravam o absurdo chegaram a ser utilizadas, a inserção de ar pelo ânus dos nadadores para que o corpo flutuasse com facilidade era comum em grande parte dos países comunistas e até entre alguns países capitalistas. Mas o ganho era considerado pequeno diante de outros avanços, por isso, foi abandonada pouco tempo depois. Era um tipo de fraude difícil de ser detectada. A manipulação da urina também extravasava a sensatez. A troca da urina do sorteado durante a coleita, pela urina saudável de outro atleta guardada num frasco escondido em certas partes do corpo, para que mantivesse à temperatura adequada, já foi uma prática

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