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Sociologia Da Educação

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Por:   •  10/2/2014  •  2.654 Palavras (11 Páginas)  •  1.218 Visualizações

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1. DEFINIÇÃO DA SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO

A Sociologia da Educação é a vertente da Sociologia que estuda a realidade socioeducacional e os processos educacionais de socialização. Em suma, estuda os processos sociais do ensino e da aprendizagem. Tanto os processos institucionais e organizacionais nos quais a sociedade se baseia para prover educação a seus integrantes, como as relações sociais que marcam o desenvolvimento dos indivíduos neste processo são analisados por esta disciplina. Segundo a sociologia da educação  o processo educacional não pode ser separado do espaço da aprendizagem, ou seja, do ambiente em que acontecem as ações do cotidiano e de suas implicações.

2. IMPORTÂNCIA DA SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO

De acordo com a sociologia da educação o processo educacional não ser desvinculado do espaço de aprendizagem, ou seja, do espaço em que ocorrem as atitudes e implicações cotidianas. O desenvolvimento do discente estará acontecendo atrelado ao estudo da sociologia, que irá aperfeiçoar o conhecimento social e promoverá o entendimento frente aos diferentes comportamentos dos grupos sociais. A importância da Sociologia para os futuros docentes está,especialmente, em fornecer-lhes instrumentos para a análise da sociedade, ajudá-los a pensar o lugar da educação na ordem social e a compreender as vinculações da educação com outras instituições (família, comunidade, igrejas, dentre outras). Isso significa tornar mais claros os horizontes de sua prática profissional e sua relação com a sociedade histórica e contemporânea.

A Sociologia da educação é uma ciência produtora de conhecimentos específicos que levam a discussão da democratização e do papel do ensino, promovendo uma reflexão sobre a sociedade e seus problemas relacionados à educação. Seu papel é investigar a escola enquanto instituição social, analisando os processos sociais envolvidos, todas as mudanças ocorridas em nossa sociedade, trouxeram mudanças para a educação.  

As teorias sociológicas fornecem alguns conceitos que servirão de embasamento teórico também para a sociologia da educação. [...] sociologia é uma disciplina potencialmente humanista porquanto pode aumentar a área de escolha que os homens têm sobre suas ações. Ela lhes permite localizar as fontes a que devem recorrer se quiserem mudar as coisas, e os meios necessários, dando ao homem, dessa forma, uma base científica potencial para ação, reforçando-o, em vez de constrangê-lo numa camisa de força do determinismo. (COULSON; RIDDELL, 1979, p. 123).

3. CRIADORES DA SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO E SUAS TEORIAS

a) ÈMILE DURKHEIM (1858-1917) - Sociologia estruturalista – funcionalista – sistêmica

Durkheim é o primeiro a ter uma Sociologia da Educação sistematizada em obras como Educação e Sociologia, A Evolução Pedagógica na França e Educação Moral. Para o sociólogo francês, a principal função do professor é formar cidadãos capazes de contribuir para a harmonia social. Durkheim foi um dos primeiros sociólogos a atestar que a escola se refere a uma instituição imprescindível para a formação, visto que a sociedade e a escola se completam e devem interagir.

Durkheim analisou as estruturas e instituições sociais, bem como as relações entre o indivíduo e a sociedade, analisando as novas relações de poder que se configuravam na Europa da sua época. Via a educação como um processo contínuo e como um caminho em direção à ordem e à estabilidade, conforme determinados valores éticos fossem passados. Dizia também que a sociedade é mais do que a soma de seus membros e que, portanto, deveriam ser analisadas suas interações e o sistema que daí se originaria. Enfatiza em sua obra que o comportamento dos grupos sociais não pode ser reduzido ao comportamento dos indivíduos que fazem parte desse grupo. Parte da noção de fato social, isto é, a maneira de pensar, agir e sentir de um grupo social, entendendo a sociedade como um conjunto de fatos sociais que só poderiam ser estudados se fossem tratados como coisas. Caracterizou o fato social como sendo comum a todos os membros da sociedade ou à sua maioria (princípio da generalidade); externo ao indivíduo, isto é, que existe independentemente da sua vontade (princípio da exterioridade); coercitivo, uma vez que acaba por pressionar os indivíduos para que sigam o comportamento esperado, estabelecido como sendo o padrão(princípio da coercitividade). Daí a possibilidade concreta que Durkheim percebeu de se poder tratar o fato social como “coisa”. Distingue dois tipos de sociedades, pautadas no que chamou de solidariedade mecânica e solidariedade orgânica, dependendo da intensidade dos laços que unem os indivíduos. Para ele, as sociedades antigas apresentavam a divisão do trabalho fundamentada na solidariedade mecânica. Nesta, cada indivíduo conseguia realizar um conjunto de atividades onde havia um  pequeno  número  de habitantes  e  certa  semelhança  de  funções   permitindo  a  um indivíduo ou  a outro executar tais ou quais tarefas  devido à aproximação entre elas.  . A sociologia da educação para Durkheim, seria um esforço no sentido de refletir sobre os processos da ação educativa no intento de conhecê-los, explicá-los e exprimir a sua natureza, o que deve ser acompanhado pela observação histórica do seu processo evolutivo e, tendo por base o conhecimento científico da sociedade e da educação, é possível encontrar caminhos para a tomada de decisões ou as reformas sociais. (TURA, 2002, p. 39)

b) KARL MARX (1818-1883) sociologia materialista – histórica – dialética

Marx vê a sociedade como um todo composto de várias partes, como a economia, a política e as idéias (a cultura). Mas, para ele, a economia seria a base de toda a organização social e as explicações para os fenômenos sociais viriam do aprofundamento da análise econômica. Marx pensou de forma crítica sobre o Estado, que de alguma forma legitimaria a apropriação por uma minoria dos meios  de produção, com o objetivo de explorar a força de trabalho do proletariado, classe que para Marx seria a classe revolucionária. Mas, para tanto, a classe operária deveria conhecer a si mesma em termos teóricos, ao mesmo tempo em que implementaria uma prática social que seria reflexo dessas escolhas conscientes. Parte da premissa de que é em torno da produção  que  a  sociedade  se organiza, sendo o homem o sujeito de sua própria história, a partir do trabalho e das atividades criativas que desenvolve. É pelo trabalho, segundo Marx, que o homem se constrói e

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