TIPOS DE RETENTORES

RETENTOR  A principal função dos retentores é reter óleos, graxas e outros tipos de fluidos que  devem ser contidos no interior de uma máquina ou agregados mecânicos, tanto na  condição estática como dinâmica e evitar a entrada de impurezas externas como  terra, areia, poeira, etc.  O retentor é constituído por 03 partes:  1 ­ Material Elastomérico.  1a ­ lábio de vedação principal: responsável em reter o fluido no sistema.  1b ­ lábio de vedação auxiliar: evita entrada de impureza no sistema.  2 ­ Carcaça Metálica.  Proporciona estrutura ao retentor.  3 ­ Mola.  Garante a estabilidade da pressão radial do lábio de vedação.  A força radial é que garante a vedação. É a somatória das forças produzidas pela  borracha e outra devido a mola.  O  processo  de vedação  do  retentor  acontece  do seguinte modo;  estando  o eixo  parado o lábio toca­o, evitando a passagem de óleo. Iniciado o movimento, a aresta  de vedação se separa do eixo e o espaço é preenchido por uma fina camada de  óleo. Esta auxilia na lubrificação do lábio, garantindo que o material do lábio trabalhe  em condições adequadas.  O lábio de vedação é a parte mais importante e mais delicada do retentor.  O que compromete uma vedação adequada é:  ­ Lábio danificado, por menor que seja.  ­ Corte da mola, esta rompe a lubrificação que aumentará o atrito e o calor entre o  lábio e o eixo, causará o enrigecimento do material do lábio e produzirá um canal no  eixo, na pista do retentor.  Aresta de Vedação  1 – Material Elastomérico  1a – Lábio de Vedação Principal  1b – Lábio de Vedação Auxiliar  3 ­ Mola  2 – Carcaça Metálica  EIXO PARADO  Lado óleo  EIXO EM MOVIMETO  Lado ar  Lado óleo  Lado ar Pág. 2  EFEITO HIDRODINÂMICO  Para se obter uma maior eficiência de vedação, acrescenta­se nervuras moldadas  no  lábio  de  vedação  principal  que  proporcionará  o  efeito  hidrodinâmico  de  vedação.  Este  efeito, promoverá  o refluxo do  óleo  que,  eventualmente,  tenta ultrapassar  a  aresta  de  vedação,  proporcionando,  assim,  ao  lábio  uma  maior  capacidade  de  estanqueidade,  e  ainda,  uma  maior  durabilidade,  por  garantir  uma  permanente  lubrificação na área de contato entre o eixo e o lábio de vedação.  ÓLEO  ÓLEO  ÓLEO  ESTRIAS HORÁRIAS  ESTRIAS ANTI­HORÁRIAS  ESTRIAS BIDIRECIONAL Pág. 3  MATERIAIS ELASTOMÉRICOS  A vedação do retentor se dá por meio da interferência do lábio elastomérico sobre o  eixo. Esta condição de trabalho provoca o aparecimento de uma força de atrito na  área de contato do lábio com o eixo.  A força de atrito e a velocidade periférica do eixo tornam­se responsável por uma  geração  de  calor  na  área  de  contato  que  tende  a  provocar  a  degeneração  do  material e o desgaste do lábio de vedação.  A contenção destes efeitos é conseguida primordialmente pela escolha correta do  material elastomérico. O bom desempenho do retentor esta diretamente relacionado  com esta escolha. Cada tipo de elastômero tem sua própria resistência química e  física.  Os  principais  materiais  elastoméricos  utilizados  na  fabricação  de  retentores  são:  Nitrílica, Poliacrílica, Silicone e Fluorelastômero (Viton).  Na tabela abaixo, estão mostradas as  recomendações  genéricas de uso para os  diferentes fluidos e limites de temperaturas de trabalho.  Outros tipos de elastômeros também utilizado em situações específicas: Neopreme,  Vamac, Hypalon, Nitrilica hidrogenada, etc. Pág. 4  Quanto  mais  rápido  gira  o  eixo,  maior  será  o calor  gerado  pela  forma  de  atrito.  Quando  se  alcança  a  temperatura  máxima  admissível  no  lábio  se  chega  a  velocidade periférica permitida para o eixo.  Por tal razão, pode­se concluir em termos gerais que quanto maior a resistência ao  calor do elastômero, maior será sua velocidade periférica.  Na  figura  abaixo,  é  mostrado  um  gráfico  que  indica  os  limites  de  velocidade  periférica do  eixo  para  os  principais  materiais  na fabricação  de retentores.  Estas  considerações  para  escolha  do  material  elastomérico  devem  ser  consideradas  somente como uma orientação geral, pois existem outros fatores a serem analisados  para o projeto de um retentor.  Os valores acima do gráfico devem ser reduzidos, se: • O retentor tiver vedação auxiliar; • Lubrificação deficiente; • Lubrificação  mediante a graxa ( pouca eficiência para dissipação de calor); • A superfície do eixo não cumpre os requisitos de acabamento superficial e  dureza adequada. • Haja diferença de pressão entre as partes interna e externa da máquina. Pág. 5  Tipos de Retentores  Existem    03  formatos  básicos  de  retentores,  e  dentro  destes  formatos  existem  construções  geométricas  diferenciadas  adequadas  para  aplicações  onde  vão  ser  utilizadas.  Retentores revestido externamente de borracha.  São aplicados em alojamentos:  Bipartidos;  Com baixo acabamento superficial;  Em alojamentos de liga leve que dilatam com a temperatura.  A borracha externa acomoda­se melhor no alojamento, melhorando a vedação.  Retentores com externo metálico.  São  usados  em  alojamentos  com  bom  acabamento  superficial  e  que  não  sejam  bipartidos. A vedação externa é garantida pela interferência do alojamento com a  carcaça,  portanto  requer  maiores  cuidados  na  montagem  do  que  um  retentor  revestido  de  borracha.  Por  ser  de  construção  mais  rígida,  não  tolera  erros  de  montagem.  Este  tipo  de  retentor  tem  uma  melhor  fixação  no  alojamento  que  um  retentor  revestido de borracha.  Retentores metade metálico e metade emborrachado  São retentores revestidos metade de borracha e metade são livre de borracha, que  conjugam as qualidades dos metálicos com sua fixação e dos emborrachados que  promovem a vedação externa no alojamento. Pág. 6  Identificação ARCA para Retentores  Os retentores ARCA obedecem a seguinte classificação: 

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