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TRAJETÓRIA HISTÓRICA BRASILEIRA

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Por:   •  14/5/2014  •  1.518 Palavras (7 Páginas)  •  215 Visualizações

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O Brasil passa por esse período por um declínio na sua produção de riqueza agrária e agrícola, dando inicio ao desenvolvimento industrial. Devido a esse desenvolvimento a população passa a se mudar da zona rural para a zona urbana, sem nenhuma condição de vida, sem casa suficiente para morar, sem saneamento básico, sem uma estrutura de vida razoável que uma pessoa merece, sem ter condições de se manter e manter sua família ali, que passava por um grande processo de transformação.

Faz necessária uma profissão qualificada para trabalhar a favor da “ordem social burguesa”. A profissão e a institucionalização com a fundação da Primeira Escola de Serviço Social no ano de 1936 na cidade de São Paulo, com grande ligação a igreja. Antes da institucionalização a Igreja junto com a o movimento Ação Católica, pregava o caminha da ação social-já desenvolvia ação para o enfrentamento da questão social. Vista pela Igreja Católica como ação de caridade, onde ajudando os mais carentes era garantido um lugar no paraíso.

“Muitas das escolas de Serviço Social nascem de grupos, que participaram de cursos de formação social e das semanas sociais. Entre elas a de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre”.

A escola é fundada pelo CEAS C entro de Estudo e Ação Social, formado por um grupo de moças que estudavam e indignadas com o enfrentamento da questão social, e a igreja não contribuía financeiramente. O curso funcionava em uma sala, após um acordo “acordo com a Liga das Senhoras Católicas pelo qual assumia a responsabilidade de reorganizar e manter os serviços de biblioteca desta entidade...” (YAZBEK, MARTINELLI e RAICHELIS,2008.P.9)

O CEAS tinha como finalidade o estudo e a difusão da Doutrina Católica visando “promover a formação de seus membros pelos estudos da doutrina social da Igreja e fundamentar sua ação nessa formação doutrinária e no conhecimento aprofundados dos problemas sócias”( IAMAMOTO, 2007:P.169)

Alguns requisitos, considerados qualidades eram exigidos na seleção de alunos para o curso de Serviço Social, tais como: ideal de fazer o bem: devotamento e desinteresse pessoal e critério e senso prático da boa ação.

A atuação profissional do Serviço Social baseia na disseminação dos preceitos católicos e em ações funcionalistas que passarão por várias transformações conforme as demandas do Estado. A escola de Serviço Social passará por rápido processo de adequação.

A formação teórica fundamenta-se no conceito do homem e da sociedade, em função do qual os princípios filosóficos se assentam. Na maioria de nossas escolas no cotidiano, as bases morais e sociológicas do serviço social são informadas pela conceituação cristã de vida que tem suas fontes na doutrina social católica. Estabelece a convicção de que o Serviço Social se prende a um plano de reestruturação da sociedade e de formação dos quadros sociais. Firma assim, o principio do trabalhosocial, lança suas raízes na justiça, sobrelevada pela caridade cristã, sem que seja possível atingir o bem comum e viver em uma sociedade realmente democrática.

Na década de 1940 a questão social é um grande problema no Estado, essa é a maneira de responder a algumas exigências da classe trabalhadora, de reconhecer a cidadania da classe operária, através das leis sindicais trabalhistas.

O reconhecimento do Serviço Social se faz num cenário “tendo como pano de fundo o desenvolvimento capitalista industrial e a expansão urbana”

(IAMAMOTO, 2007:p.77 ) Em que as condições de vida dos trabalhadores são de precarização devido a exploração de sua mão-de-obra, iniciando um ciclo de exigências e reivindicações, por parte dos trabalhadores.

2. EXPRESSÕES SOCIAIS E SUA CRISE NA ATUALIDADE

Expressões sociais se esta querendo apontar para determinadas manifestações da crise atual do capital que afetam grande número de pessoas e que referem à vida material, ou tem estreita conexão com essa materialidade. Em contraposição, quando se faz a referência a expressões culturais se aponta para a manifestação no âmbito para a subjetividade, atividades artísticas, ciência, filosofia, de comunicação, de valores de comportamentos e de relações sociais.

Misérias, pobreza, fome desnutrição e todo cortejo de horrores gerado pela falta de acesso (em quantidade e qualidade adequadas) aos bens materiais necessários a uma vida digna. Populações inteiras são submetidas à condição de vida mais degradantes, pois a capital não pode inclui-las no processo de reprodução. Milhares de pessoas são condenadas a viver nas condições mais precárias, sem alimentação, saúde, habitação, saneamento, transporte, educação.

Contudo por incrível que pareça o problema não esta em uns serem mais ricos que os outros e sim a falta de oportunidade que é dada a uma pessoa, com um trabalho digno, condições de criar seus filhos, uma escola que eles possam estudar saúde digna de uma pessoa que paga seus impostos, afinal o que precisamos não é de esmola e sim de oportunidades de uma vida digna, para assim podermos dar uma vida, respeito, educação para as crianças que no amanhã serão o futuro e a espera de uma vida melhor.

Essa crise atual do capital leva a crescente diminuição do trabalho formal, por causa da introdução de novas tecnologias e da nova organização da produção. Com novas maquinarias a mão-de-obra diminui, o que era necessários cem pessoas para realizar um trabalho no cotidiano basta dezpessoas. Trazendo resultados como o desemprego, cresce também a precarização do trabalho, com perca dos direitos trabalhistas adquiridos ao longo de muitas lutas.

Diante da produção mais ampla e profunda na desigualdade social e na impossibilidade de atacar suas raízes, o capital vê a necessidade de inúmeras instituições não governamentais, de organizar algumas ações de assistências assim chamadas de politicas sociais, não para acabar com a desigualdade, mas para amenizar os efeitos mais graves da crise da capital. Não diminuindo a pobreza, mas sim tentando dar o máximo possível de apoio a famílias que estão em situação de vulnerabilidade social.

Muitos programas foram criados para que essa situação diminuísse dentre ela tais como: Bolsa Escola, Bolsa Família, Pro Jovem, CEINF e dentre outros. Isso tudo foi criado para que a desigualdade social acabasse, porém muitas pessoas não usufruem como deveria, com coisas que realmente são importantes.

2.1 EXPRESSÕES NA SOCIEDADE

Os assistentes sociais trabalham com a questão social, nas mais variáveis expressões cotidianas, e como os sujeitos vivenciam no trabalho, família, habitação, saúde, assistência social, no acesso aos serviços públicos. Onde o mesmo busca sanar tais mazelas.

“Somos socialistas porque vemos a questão social como uma questão de necessidade e justiça para a própriaexistência de um estado para nosso povo e não como uma questão para piedade barata e sentimentalista humilhante. O trabalhador tem direito a um padrão de vida que corresponde ao que produz” (JOSEPH GOEBBELS)

As consequências da apropriação desigual do produto social são as mais diversas: analfabetismo, desemprego, violência, fome, favelização, analfabetismo político: criando profissões que são frutos da miséria produzida pelo capital: catadores de papel, limpadores de vidro em semáforos, vendedores de drogas, jovens faroleiros entregam propagandas em semáforos, crianças flanelinhas que ficam cuidando de carros ou de casas a troco de moedas.

Temos que dar oportunidades para que todos tenhamos uma vida digna, se colocar junto a sociedade, pois uma pessoa desempregada muitas vezes não é considerado um cidadão de direitos, e muitas vezes passando por situações humilhantes, tendo de catar restos de comidas em lixos para dar a seu filho comer, dormindo nas calçadas e tendo que pedir esmola na rua. Todos temos direitos, só temos que aprender a olhar mais para o próximo.

[...] trabalhar significa estar inserido socialmente, garantindo ao cidadão a sensação de pertencer a um grupo e de ter um lugar na sociedade. (Rose Mary Serra Coord. Programa Estudos do Trabalho e Rep. Social)

Como uma criança de hoje em dia pode mudar o amanhã? Pela vida que os pais oferecem, dando a ela direito de morar, estudar, brincar ter uma infância e não ter de sair pedir esmola, ou catar lixo para comer, não precisar roubar para levar alimento a sua casa. Uma criança pode mudar o mundo, basta ter essa oportunidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos entender como surgiu o Serviço Social no Brasil, quais foram os problemas enfrentados com a Industrialização, a mudança de vida que cada pessoa passou para se adequar a uma nova vida.

O posicionamento da igreja católica, com a dimensão da crise social, decadência de seus costumes cristãos, pois muitas pessoas passaram a não cumpri-los, com isso tiveram que lutar para que o Serviço Social fosse considerado uma profissão e não mais como ação de caridade.

Com a institucionalização da Escola de Serviço Social que foi no ano de 1936, foi inaugurado a primeira escola no Brasil, a grande precarização que as pessoas tiveram que passar, as grandes dificuldades que são passadas ainda na atualidade, não houve muita mudança, muitas pessoas ainda em estado de precarização. Por falta de oportunidade, com a grande produção de maquinaria e cada vez mais a tecnologia avança diminuindo em si o trabalho de mão-de-obra.

Somado os movimentos sociais a visibilidade dad a questão social é fruto da formação da classe operária.

As expressões na sociedade, quanta exclusão de uma pessoa por falta de oportunidade. Exclusão da vida social de uma vida digna, as expressões sociais e suas consequências.

REFERÊNCIAS

IAMAMOTO Marilda: Relações Sociais e Serviço Social no Brasil

IAMAMOTO Marilda: O serviço Social na Contemporaneidade, trabalho e formação social 2 ed.São Paulo 1999.

GOES, Adarly Rosana Moreira: Fundamentos Históricos e Metodológicos do Serviço Social II., p.18; p 19

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