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Teoria Da Administração

Artigo: Teoria Da Administração. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  16/9/2013  •  3.616 Palavras (15 Páginas)  •  798 Visualizações

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TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO

ETAPA1

PASSO 1

Introdução.

Ao se tratar da Teoria Geral da Administração, abordam-se as Teorias Administrativas que são, em seu conjunto, um compêndio de normas principais que se complementam, para levar a ciência administrativa ao dia a dia das pessoas e das organizações como um todo, no intuito de gerar desenvolvimento, com o objetivo precípuo de máxima eficácia e eficiência, gerando produtividade e lucro.

As Teorias Administrativas tiveram sua importância reconhecida a partir do início do século XX, quando, após o advento e conseqüências da Revolução Industrial, era necessário começar a se produzir em larga escala, principalmente nos países onde a produção de bens era um fato concreto e existia a urgência em organizar e controlar tal produção.

Antes desse período, as indústrias produziam artesanalmente, suas formas de produção eram rudimentares e adotavam normas próprias normas de acordo com as necessidades, independente do lugar ou época em que estivessem inseridas.

Ao se tomar conhecimento da necessidade que atualmente se faz do estudo mais aprofundado da ciência administrativa, e da relevância dada ao mesmo, pode-se considerar que, no contexto social, econômico e político no qual se vive não há um único lugar no planeta que não demande ser administrado. Sem os critérios adotados atualmente pela Administração, dificilmente uma organização sobrevive. É necessário o exercício de planejar, organizar, liderar, executar e controlar.

As funções básicas são essenciais para o administrador, como condição imprescindível para entender e atuar no mundo do trabalho do século XXI, que passa por mudanças em alta velocidade.

Diante deste contexto, temos como objetivo proporcionar os conhecimentos básicos sobre a ciência da

administração nas organizações, principalmente sobre as teorias administrativas. Segundo Chiavenato (2004, p.12), “De certo modo todas as teorias administrativas são aplicáveis às situações atuais e o administrador precisa conhecê-las bem para ter à sua disposição um naipe de alternativas adequadas para a situação”.

Teorias da Administração

O início das teorias da Administração como área do conhecimento é marcado pela publicação dos resultados

dos estudos de Taylor, no início do século XX, seguindo, a partir deste ponto, uma evolução crescente e incessante, necessariamente acompanhando a própria evolução social, afinal, a organização é um elemento social que tem o objetivo de satisfazer as necessidades dos demais elementos existentes em cada sociedade.

Surgimento das Teorias da Administração.

As Teorias da Administração acompanham a evolução humana e, assim como ocorre com paradigmas sociais, os conceitos administrativos criados há tempos permanecem vivos enquanto forem úteis à sociedade, conforme o contexto descrito por Maximiano (2005).

As primeiras organizações surgiram aproximadamente em 4000a.C., por ocasião da transição da Revolução

Agrícola para a Revolução Urbana, cujos conceitos de práticas administrativas surgiram para estabilizar as

organizações das cidades e dos estados. Um dos principais eventos que caracterizam os antecedentes históricos da Administração, foi o sistema feudal, que durou quatro séculos no período medieval, quando as pessoas, em busca de auto-suficiência e de proteção, agregavam-se em torno dos senhores feudais, que, pelas mesmas razões, agregavam-se em torno dos soberanos.

As características marcantes principalmente de Taylor evidenciaram suas contribuições para época, apontando as razões que fizeram surgir às abordagens Humanísticas, Neoclássica e Estruturalista da Administração. Segundo Taylor existe uma única maneira certa, que, descoberta e adotada, maximizará a eficiência do trabalho. A forma de descobri-lo é analisar o trabalho em suas diferentes fases e estudar os movimentos necessários à sua execução de modo a simplificá-los e reduzi-los ao mínimo. Além disso, serão realizadas experiências como movimentos diferentes, cuja duração será medida até que se encontre a maneira mais rápida.

“A fim de determinar a produção-padrão, além de se determinar a única maneira certa”, é preciso encontrar quem a realize. Partindo do pressuposto de que existem pessoas ideais para cada tipo de trabalho, Taylor surge com o” homem de primeira classe “que deve servir como base para o estudo de tempos e movimentos”.

Para dar uma base fisiológica às suas conclusões, Taylor desenvolveu a famosa “Lei da Fadiga”, segundo a qual existe simplesmente uma relação inversa entre a carga levantada e o tempo em que é suportada. Essa lei, de caráter evidentemente simplista, além de não levar em conta diferenças individuais, reduz a fadiga a um problema exclusivamente fisiológico, quando se sabe que se trata realmente de um fenômeno psicofisiológico.

Uma vez auferidos cuidadosamente os tempos necessários para cada movimento, estará descoberta a maneira correta de execução de determinado trabalho. A partir desse momento teremos movimentos e tempos-padrões e aos operários caberá apenas executar o trabalho da forma prescrita e sem discussão.

Taylor considerava que com isso a administração científica substituía o antigo sistema de administração por iniciativa e incentivo, que redundava em baixa produtividade, com prejuízo para a empresa, para a sociedade como um todo e para o próprio operário. A importância do administrador aumentava sobremaneira. Antes, ele participava da produção apenas em pequena escala, agora sua participação era infinitamente maior, já que precisava planejar precisa e exaustivamente a execução de cada operação e de cada movimento.

Os administradores que agora teriam um papel muito mais importante e existiriam em número muito maior seriam os cabeças do processo. Aos operários caberia apenas executar estritamente as operações planejadas.Administração é o ato de trabalhar com e através de pessoas para realizar os objetivos tanto da organização quanto de seus membros.

Dentre os principais fatos que caracterizam os primórdios da Administração estão os fatos históricos, sociais, políticos e econômicos, caracterizando o cenário no qual estão contidas as organizações do passado.

As características mais marcantes nas organizações, em meados do século XVIII, estavam voltadas ao artesanato, com seus artesãos atuando em pequenas oficinas/escolas e aos profissionais autônomos. Nessa época a sociedade era diferente dos dias atuais.

A Administração recebeu influência também da organização da Igreja Católica, na adoção da hierarquia, disciplina, descentralização de atividades e a centralização de comando, assim como das organizações militares, que repassaram seus conceitos de disciplina, unidade de comando, estratégia e obediência à hierarquia.

No século XVIII, as tendências que o Mercantilismo havia iniciado, foram impulsionadas pela Revolução Industrial, que foi produto de dois acontecimentos: o surgimento das fábricas e a invenção da máquina a vapor e sua utilização na produção. Fez surgir uma nova forma de trabalho que modificou os padrões econômicos e sociais da época.

Essa revolução caracterizou-se pelos seguintes fatos: mecanização da indústria e agricultura; desenvolvimento do sistema fabril (indústria têxtil); e grande aceleração dos transportes e das comunicações.

A partir do século XIX, as mudanças nos países mais desenvolvidos, na época, Inglaterra (Europa) e Estados Unidos (América do Norte), ficaram mais concentradas nas estradas de ferro e nos empreendimentos privados (empresas particulares). As estradas apressaram a urbanização, que como conseqüência, exigiu a industrialização de setores de primeira necessidade: alimentação, vestuário, habitação, iluminação, etc.

Esses acontecimentos propiciaram condições favoráveis à criação de estudos científicos, porque era necessário o aperfeiçoamento da produção nas empresas. O surgimento das teorias administrativas começou neste período a suprir a ausência de bases científicas da Administração, bem como dar visibilidade e credibilidade à nova ciência.

Habilidades de Administrar

As habilidades podem ser natas ou adquiridas, ou seja, as pessoas nascem e desenvolvem habilidades próprias e outras são adquiridas no decorrer do tempo mediante os acontecimentos na vida cotidiana, isso será de acordo com a necessidade e motivação que passarão a ter ao longo de sua vida.

É raro encontrar um profissional de Administração que desempenhe suas atividades isoladamente, isto porque administrar, impreterivelmente, envolve o trabalho em equipe. E é aí que entra a habilidade humana, ou seja, a capacidade de se entender como integrante de um grupo, compreender e motivar as pessoas com quem trabalha e criar um ambiente de segurança e cooperação entre as pessoas em razão de um objetivo em comum.

Por falar em alcançar metas, para isso é preciso ter outra aptidão: habilidade técnica, que se refere à execução do trabalho operacional e consiste no uso de conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos necessários para a realização das tarefas específicas.

Outra capacidade inerente aos Administradores é a habilidade conceitual, que é a compreensão da empresa como um todo, a interdependência entre os seus setores e que qualquer mudança em uma das partes afetará as demais. É capacidade que permite que o Administrador se comporte de acordo com os parâmetros e objetivos da empresa, coordenando e integrando todos os interesses e atividade de uma organização.

Em suma, as habilidades técnicas, conceituais e humanas não são, necessariamente, inatas e podem ser desenvolvidas com o tempo, mas são imprescindíveis para a execução eficaz do processo administrativo. Entretanto, é importante que o administrador entenda as relações entre os diversos setores da empresa e como ocorre a interação entre todos, pois quanto maior for o entendimento, menos probabilidades de ocorrência de conflitos interdepartamentais com forte queda de produtividade. Desconhecendo o relacionamento entre os setores da empresa, a atuação do gerente será sempre parcial, conforme se pode depreender de Boog (1991).

Ter uma visão do contexto organizacional, extrapolando os limites de sua área específica de atuação, fazendo com que o administrador entenda a contribuição de cada área, no complemento do todo da organização, é imprescindível para o mesmo, especialmente agora, onde a reestruturação das empresas é exigida, ocupando espaços em curto período de tempo, sob pena de ficar à margem da permanência no mercado.

Com muita propriedade Naisbitt (1994) focaliza que os principais temas da década de 90 exigem do líder a tarefa de poder sondar o ambiente global e organizar as tarefas internas, mantendo, ao mesmo tempo, a sensibilidade em relação ao mercado, o que confirma que o administrador precisa ter uma visão global e uma atuação local.

O entendimento das relações da empresa com o meio ambiente é importante para que o administrador esteja atento às mudanças no ambiente externo da organização, o que permite realizar comparações entre o obtido pela mesma e o conseguido pela concorrência. Montenegro (1970), afirmava que olhar para fora dos limites da empresa já vinha sendo estimulado há muitos anos, mas a lição permanece atual, pois enquanto o administrador olha de fora para dentro da empresa e desta para fora, busca ensinamentos importantes para defendê-la das ameaças, além de identificar novas oportunidades e ter conhecimento das potencialidades e fraquezas de sua empresa.

Em função das grandes alterações que ocorrem na sociedade, mais importante se torna ao administrador entender o relacionamento da empresa com o meio ambiente, e a partir deste conhecimento, ter habilidade necessária para realizar, apesar do ambiente hostil que o cerca. Estes conhecimentos certamente o levarão a ter sempre uma visão diferente da atual, e assim, uma forma constantemente atualizada da empresa e do mercado.

As habilidades ligadas ao fator humano encontram elevada importância no administrador, pois seu desenvolvimento leva a busca de soluções criativas e permite uma empatia com seus subordinados e superiores. Apesar de não ser novidade no campo da administração, as habilidades de relacionamento interpessoal são ressaltadas por muitos autores. O que modifica atualmente, em relação aos tempos passados, refere-se somente na questão informalidade nas relações de trabalho, onde a confiança exerce papel fundamental.

O administrador precisa estabelecer um espírito de equipe junto aos demais colaboradores, visto ser extremamente necessário que todos os membros da empresa, tenham a clara compreensão do seu trabalho e do trabalho do colega, permitindo desta forma, uma perfeita integração. Mattos (1975) afirmava que o administrador deve assumir a responsabilidade pela descoberta dos talentos, com o firme propósito de promovê-lo ou transferi-lo, quanto estiver completado seu aprendizado. Atualmente a habilidade de descobrir talentos ainda é mais importante e o gestor deve trabalhar visando a melhoria das competências das pessoas que já estão nas organizações (DUTRA, 2001).

Ao

administrador, que deve possuir as habilidades para liderar a equipe, cabe a tarefa de reunir todos os integrantes do grupo e promover as tomadas de decisões, sendo desta forma sua responsabilidade pela aplicação das definições, como defende Kaufmann (1990). Por outro lado, Botelho (1990) compreende que se os administradores tiverem de escolher todas as qualidades que são necessárias a um dirigente, não hesitariam um minuto sequer em afirmar que a mais importante de todas elas é a que diz respeito à conquista do comprometimento das pessoas com os resultados a serem obtidos. A atualidade do ensinamento é latente, pois a qualidade do administrador é exigência permanente nas instituições.

Neste contexto, a transformação que o processo decisório exige, não está ligado apenas em desejar que o autoritarismo que vigorou por muitos anos nas empresas, seja banido, pois a mudança exige uma preparação muito grande, a começar pelo próprio administrador, que durante muito tempo recebeu ou exerceu sua atividade sob um sistema inflexível, que agora não consegue se livrar do estigma recebido, continuando por vezes, sua aplicação.

Muitas habilidades são exigidas do administrador, entretanto, cabe trazer ensinamento referido por Botelho (1990), com referência às habilidades típicas exigidas do administrador negociador, pois ele ouve e procura entender que a posição dos outros, é empático, mas aceita fazer concessões que possam levá-lo a uma solução. O mais importante é não estar parado no presente e consciente de com o tempo todos sairão ganhando.

Destacou Hesketh (1978) que uma empresa precisa ter gerentes criativos, a quem cabe a tarefa de permitir e até encorajar a vazão criativa da equipe. Por sua vez, Montenegro (1970) entende que a pessoa que tem a atribuição de organizar as contribuições individuais ou coletivas, patrocinadas pela equipe e que serão aplicadas na empresa, é o administrador, ou gerente.

Das habilidades dos administradores depreende-se que ele deve ser um profissional eclético e com visão de negócio a fim de obter sucesso em seu empreendimento. Para ser competente deve saber lidar com pessoas, ter capacidade de lidar com habilidades conceituais, tudo isso sem se esquecer da capacidade técnica de atuar em determinados setores com ética e profissionalismo. O que leva indubitavelmente à discussão das atitudes e valores dos administradores.

Abordagem Clássica, Humanística e Estruturalista da Administração

A Abordagem Clássica da Administração é marcada pelos trabalhos desenvolvidos pelos seus principais

representantes: Taylor e Fayol, Seu surgimento também está associado aos problemas emergentes das grandes indústrias, quando não se sabia ao certo como fazer as coisas acontecerem de modo criterioso e eficiente. Ainda, o mundo passou por profundas transformações, o que demandava o desenvolvimento de novos conhecimentos para lidar com estas mudanças.

Na Abordagem Humanística, destaca-se a Teoria das Relações Humanas, que surgiu em decorrência dos

diversos problemas ocasionados Abordagem Clássica, pelo ingresso dos humanistas nas Teorias da Administração, pela necessidade evidente de se humanizar as empresas e, principalmente, pelos resultados da Experiência de Hawthorne, sendo uma tentativa de estudar o trabalhador.

Mantendo como principal objetivo de estudo a estrutura, ambiente e pessoas de modo integrado, reúne a Teoria da Burocracia e a Teoria Estruturalista, que da surgimento a Abordagem Estruturalista. Surgindo assim, a partir da década de 40, como decorrência da necessidade que as organizações sentiram de ordem e de exatidão e das reivindicações dos trabalhadores por um tratamento justo e imparcial.

Teoria Clássica da Administração

Na Europa, o também engenheiro francês Henri Fayol (1841-1925) desenvolveu seus estudos com a

principal preocupação de organizar a empresa, criando uma estrutura, inserindo a figura do Administrador

profissional na gestão das grandes indústrias.

Chiavenato (2006) comenta que Fayol, primeiramente dividiu a empresa em cinco funções: técnicas, comerciais, financeiras, de segurança, contábeis e administrativas. Depois propôs, dentro das funções administrativas, as funções do administrador: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar (POCCC), o que ficou conhecido mais tarde como Processo Administrativo, apresentado pela figura 1.2.

Figura 1.2: Funções da empresa, segundo Fayol

Fonte: Maximiano (2005, p. 74)

Igualmente a Taylor, Fayol também acreditava que os trabalhadores eram incapazes de tomar decisões, devendo ser orientados de perto por supervisores. Entretanto, suas premissas fizeram surgir o que se pode

chamar de embrião da Estrutura Organizacional, pois ele propôs idéias de hierarquização, autoridade, disciplina, subordinação, unidade de comando, unidade de direção, centralização (CHIAVENATO, 2006).

Enfim, Fayol separou definitivamente “quem pensa de quem faz”, de forma que o capitalista e o administrador pensavam e os operários, conduzidos pelos supervisores, faziam o que já se tinha pensado, embora com espírito de equipe (outra premissa de Fayol).

Teoria da Burocracia.

A teoria da burocracia foi formalizada por Max Weber que, partindo da premissa de que o traço mais relevante da sociedade ocidental, no século XX, era o agrupamento social em organizações, procurou fazer um mapeamento de como se estabelece o poder nessas entidades. Construiu um modelo ideal, no qual as organizações são caracterizadas por cargos formalmente bem definidos, ordem hierárquica com linhas de autoridade e responsabilidades bem delimitadas. Assim, Weber cunhou a expressão burocrática para representar esse tipo ideal de organização, porém ao fazê-lo, não estava pensando se o fenômeno burocrático era bom ou mau. Weber descreve a organização dos sistemas sociais ou burocracia, num sentido que vai além do significado pejorativo que por vezes tem. Burocracia é a organização eficiente por excelência. E para conseguir essa eficiência, a burocracia precisa detalhar antecipadamente e minuciosamente como as coisas deverão ser feitas.mas acaba se esquecendo dos aspectos váriaveis que se devem ser considerados, o que na sua negligencia acaba trazendo diversas disfunções na realização de ações especificas Segundo Weber, a burocracia tem os seguintes princípios fundamentais: Formalização, Divisão do trabalho, Hierarquia, Impessoalidade, Competência técnica e Meritocracia, Separação entre propriedade e administração, Profissionalização dos funcionários, Completa previsibilidade do funcionamento.

De modo geral, os estudiosos das Teorias da Administração tentam definir conceitos relacionados à eficiência produtiva. Entretanto, o sociólogo alemão Max Weber, direcionou seus estudos para tentar entender e explicar a organização moderna, pois, para ele, as organizações burocráticas caracterizavam uma nova época, plena de novos valores e de novas exigências (CHIAVENATO, 2006). O Modelo burocrático de

organização busca pela eficiência por meio do método racional-legal: (1) divisão do trabalho; (2) estrutura formal com hierarquia de autoridade; (3) regras e regulamentos formais; e (4) impessoalidade. A figura 1.3 sintetiza suas contribuições.

Figura 1.3: As características da Burocracia segundo Weber

Fonte: Chiavenato (2006, p.137)

Teoria Estruturalista.

A Teoria Estruturalista surgiu como um desdobramento da Teoria da Burocracia e de uma leve aproximação à Teoria das Relações Humanas, representando uma tentativa de reunir aspectos relevantes das abordagens Clássicas e Humanística (CHIAVENATO, 2006).

Para os estruturalistas, a sociedade moderna e industrializada é uma sociedade de organizações, das quais o homem passa a depender para nascer, viver e morrer. As organizações representam uma forma dominante de instituição dentro desta estrutura, presente em todos os aspectos da vida moderna. Entretanto, cada organização é limitada por recursos escassos e, por isso, não pode tirar vantagens de todas as oportunidades que surgem. Isto configura o problema de determinar a melhor alocação de recursos.

Neste contexto, surge o conceito de homem organizacional como aquele que desempenha diferentes papéis em várias organizações e tem as seguintes características: (1) flexibilidade para lidar com as constantes mudanças e com a diversidade dos papéis desempenhados nas diversas organizações; (2) tolerância às frustrações, para evitar o desgaste emocional decorrente do conflito entre as necessidades organizacionais e individuais; (3) capacidade de adiar recompensas, para lidar com o trabalho rotineiro dentro da organização, em detrimento das preferências e vocações pessoais por outros tipos de atividade profissional; e (4) permanente desejo de realização, para garantir a conformidade e a cooperação com as normas que controlam e asseguram o acesso às posições de carreira dentro da organização, proporcionando recompensas e sansões sociais e materiais.

Teoria das Relações Humanas

Conduzida pelo psicólogo Elton Mayo, a Experiência de Hawthorne foi realizada nos Estados Unidos, entre os anos de 1927 e 1932 junto a operários da Western Electric Company, inicialmente para avaliar a produtividade em relação a estímulos físicos no ambiente da fábrica, estendendo-se, posteriormente, para questões de fadiga, rotatividade, acidentes de trabalho (CHIAVENATO, 2006).

Após tentar eliminar ou reduzir eventos psicológicos que “atrapalhavam” a realização da experiência, os estudiosos concluíram que a produtividade era influenciada por questões sociais como: integração, comportamento, recompensas morais, grupos informais e relações humanas no trabalho, o que representou o primeiro passo para o reconhecimento da existência da organização informal capaz de orientar o comportamento dos operários e de determinar o nível de produtividade (visão do homem social). Estas conclusões também foram importantes para o início de pesquisas sobre: motivação, liderança, comunicação, clima organizacional e cultura organizacional.

Teoria Comportamental

A Teoria Comportamental (ou Teoria Behaviorista) da Administração veio significar uma nova direção e um novo enfoque dentro da teoria administrativa: a abordagem das ciências do comportamento, o abandono das posições normativas e prescritivas das teorias anteriores e a adoção de posições explicativas e descritivas. A ênfase permanece nas pessoas, mas dentro de um contexto organizacional.

A Teoria Comportamental defendia a valorização do trabalhador em qualquer empreendimento baseado na cooperação, buscando um novo padrão de teoria e pesquisa administrativas. Foi bastante influenciado pelo desenvolvimento de estudos comportamentais em vários campos da ciência, como a antropologia, a psicologia e a sociologia. Adotando e adaptando para a administração conceitos originalmente elaborados dentro dessas ciências, propunha-se fornecer uma visão mais ampla do que motiva as pessoas para agirem ou se comportarem do modo que o fazem, particularizando as situações específicas do indivíduo no trabalho.

Dentre os trabalhos fundamentais para a eclosão do Behaviorismo destacam-se os de Barnard, acerca da cooperação na organização formal e os de Simon, relativos à participação dos grupos no processo decisório da organização. Eles oferecem os principais pontos de referência para a formulação das propostas inicias dessa abordagem. Posteriormente, essas idéias e propostas foram complementadas pela Teoria X e Y de McGrecor, pelo Sistema 4 de Rensis Likert, pelas teorias motivacionais de Herzog e de McClelland, assim

como pelos estudos de Chris Argyris.

Para explicar o comportamento organizacional, a Teoria Comportamental se fundamenta no comportamento individual das pessoas. Para poder explicar como as pessoas se comportam, torna-se necessário o estudo da motivação humana. Os autores behavioristas verificaram que o administrador precisa conhecer as necessidades humanas para melhor compreender o comportamento humano e utilizar a motivação humana como poderoso meio para melhorar a qualidade de vida dentro das organizações.

Maslow, um psicólogo e consultor americano, apresenta uma teoria da motivação, segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa hierarquia de importância e de influência: Necessidades Fisiológicos, Necessidades de Segurança, Necessidades Sociais (afeto), Necessidades de Estima (status), Necessidades de Auto-realização.

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