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Teoria Da Administração Científica

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Por:   •  9/11/2014  •  1.817 Palavras (8 Páginas)  •  260 Visualizações

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No início do século XX a Administração surgiu como ciência. A primeira abordagem ficou conhecida como Escola da Administração Cientifica e baseia-se na ênfase colocada nas tarefas. O objetivo inicial era aplicar métodos científicos aos problemas da Administração a fim de aumentar a eficiência industrial. Os principais métodos aplicáveis são a observação e a mensuração.

O principal pensador e fundador da Escola Cientifica foi o engenheiro americano Frederick W. Taylor. Ele provocou uma verdadeira revolução no pensamento administrativo e no mundo industrial de sua época, inclusive obtendo diversos seguidores (como Ford, Emerson...). Sua preocupação original foi eliminar o desperdício e aumentar a produtividade por meio da aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial. Na época, os patrões procuravam ganhar o máximo na hora de fixar o preço da tarefa, enquanto os operários reduziam o ritmo de produção para equilibrar o pagamento recebido. Isso levou Taylor a estudar o problema de produção para tentar encontrar uma solução que atendesse as necessidades de ambos os lados. Podemos dividir os estudos de Taylor em dois períodos.

No primeiro período, por meio do Estudo de Tempos e Movimento (Motion-time Study), Taylor analisou pacientemente todas as tarefas de todos operários no nível de execução, decompondo seus movimentos e processos de trabalho para aperfeiçoá-los e racionalizá-los. Com isso, ele percebeu que os funcionários produziam muito menos do que eram potencialmente capazes. Concluiu que se o operário mais produtivo percebe que recebe a mesma remuneração que seu colega menos produtivo, ele irá acabar se acomodando, perdendo o interesse e não produzindo de acordo com sua capacidade. Daí a necessidade de criar condições de pagar mais ao operário que produz mais.

No segundo período, Taylor concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada de uma estruturação geral para tornar coerente a aplicação dos seus princípios na empresa como um todo. A partir daí, desenvolveu seus estudos, que posteriormente denominou Administração Cientifica, mas sem deixar de lado a preocupação quanto à tarefa do operário. Ele acreditava que as indústrias possuíam três males: os operários diminuíam seu ritmo, a gerência não conhecia a rotina nem o tempo necessário para a realização das tarefas e faltava uniformidade das técnicas e métodos de trabalho. Para sanar tais males, Taylor idealizou o Scientific Management.

Para Taylor, a organização e a Administração devem ser estudadas e tratadas cientificamente e não empiricamente: a improvisação deve ceder lugar ao planejamento e o empirismo à ciência. Como pioneiro, o principal mérito de Taylor reside em sua contribuição para encarar sistematicamente o estudo da organização. Os elementos de aplicação da Administração Cientifica nos padrões de produção são: padronização de maquinas e ferramentas, métodos e rotinas para execução de tarefas e prêmios de produção para incentivar a produtividade. Embora Taylor se preocupasse mais com a filosofia, a tendência de seus seguidores foi uma preocupação maior com as técnicas do que com a filosofia da Administração Cientifica.

A tentativa de substituir os métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos de Taylor recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho (ORT). A ORT se fundamenta nos seguintes aspectos:

1. Análise do trabalho e do estudo dos tempos e movimentos

O instrumento básico para se racionalizar o trabalho dos operários era o estudo de tempos e movimentos. O trabalho é executado melhor e mais economicamente por meio da análise de todos os movimentos necessários à execução de cada operação de uma tarefa. Os movimentos inúteis eram eliminados enquanto os movimentos uteis eram simplificados, racionalizados ou fundidos com outros movimentos para proporcionar economia de tempo e de esforço ao operário. A essa analise seguia-se a determinação do tempo médio que um funcionário normal levaria para executar a tarefa. A esse tempo médio eram adicionados os tempos elementares e mortos para resultar o chamado tempo padrão. Com isso padronizava-se o método de trabalho e o tempo destinado a execução.

Frank B. Gilbreth (1868-1924) foi um engenheiro americano que acompanhou Taylor em seu interesse pelo esforço humano como meio de aumentar a produtividade. Introduziu o estudo dos tempos e movimentos dos operários como técnica administrativa básica para a racionalização do trabalho.

2. Estudo da fadiga humana

O estudo da fadiga humana tem uma tripla finalidade: evitar movimentos inúteis na execução de uma tarefa; execução econômica dos movimentos uteis do ponto de vista fisiológico; seriação apropriada aos movimentos. O estudo dos movimentos baseia-se na anatomia e na fisiologia humana. Nesse sentido, Gilbreth efetuou estudos sobre os efeitos da fadiga na produtividade do operário. Em suma, confirmou que a fadiga é um redutor da eficiência.

A Administração Cientifica pretendia racionalizar os movimentos, eliminando os que produzem fadiga e os que não estão diretamente relacionados com tarefa executada pelo trabalhador.

3. Divisão do trabalho

Uma das decorrências do estudo dos tempos e movimentos foi a divisão do trabalho e a especialização do operário a fim de elevar sua produtividade. Com isso, cada operário passou a ser especializado na execução de uma única tarefa para ajustar-se aos padrões descritos e às normas de desempenho definidas pelo método.

4. Desenho de cargos e tarefas

Nesse aspecto, Taylor foi pioneiro, apesar de ser criticado por alguns e elogiado por outros. Desenhar cargos é a maneira pela qual um cargo é criado e projetado e combinado com outros cargos para a execução de tarefas. A simplificação no desenho dos cargos permite algumas vantagens como a diminuição dos custos em treinamento, a contratação de empregados com qualificações mínimas e salários menores para a reduzir os custos de produção, facilidade de supervisão por parte dos gestores e o aumento da eficiência do trabalhador.

5. Incentivos salariais e prêmios de produção

Taylor e seus seguidores desenvolveram alguns planos de incentivo salariais e prêmios de produção. A ideia básica era substituir a remuneração baseada no tempo pela remuneração baseada na produção de cada operário: aquele que produz pouco ganha pouco e o que produz mais, ganha na proporção de sua produção. O estimulo salarial adicional para que os operários ultrapassem o tempo-padrão é o prêmio de produção.

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