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Teoria Da Contabilidade

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Por:   •  20/8/2013  •  3.434 Palavras (14 Páginas)  •  314 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

TEORIA DA CONTABILIDADE

PROFESSOR: CLÁUDIO MARTINS DOS SANTOS

PROFESSORA ELIS ANGELA DOS ANJOS

CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS

PROMISSÃO – S.P.

NOVEMBRO/2012

I - INTRODUÇÃO

A contabilidade surge desde os primórdios das civilizações devido a necessidade que o homem possui de controlar, administrar e preservar seus bens , garantindo-lhe assim benefícios.

O homem primitivo vivia em pequenos grupos e não tinha conhecimento para produzir meios para sua sobrevivência, desta forma, detinha-se a exercer a função de mero coletor de alimentos. Neste momento notamos a presença da contabilidade como uma forma de controle, uma vez que o montante acumulado demonstrava se seria necessário ou não voltar a buscar bens da natureza para garantir sua sobrevivência.

Achados arqueológicos mostram que estes registros eram feitos em lâminas de osso de rena, marcadas pela incisão de sulcos que demonstravam a quantidade de algum objeto ou alimento. Sendo assim, a característica contábil se dava apenas em caráter quantitativo.

O homem antigo já tinha como objeto o patrimônio, representado pelos rebanhos e outros bens em seus aspectos quantitativos.

Nesta época a palavra “Conta” designa o agrupamento de itens da mesma espécie.

Os primeiros sinais objetivos da existência da contabilidade, data pelos historiadores por volta de 4000 anos A.C. , onde os homens primitivos gravavam em paredes de grutas inscrições que demonstravam seu patrimônio.

Estas inscrições davam-se da seguinte forma os desenhos representavam a natureza e a utilidade do bem e os riscos que eram desenhados a frente denunciavam a quantidade. Sendo assim, o inventário exercia papel importante uma vez que, a contagem era o único método adotado para o controle dos bens.

Outro exemplo de registro contábil foi o desenvolvido pelos suméricos , babilônicos e assírios que faziam seus registros em peças de argila retangulares ou ovais, dando origem as famosas tábuas de Uruk que mediam cerca 2,5 a 4,5 cm, com faces ligeiramente convexas, onde os registros combinavam o figurativo com o numérico.

O homem começou a ter uma estrutura social mais aperfeiçoada, cultivando plantas e criando animais. Formas de governo foram se consolidando, originando uma sociedade mais organizada, causando assim, uma transformação econômica, onde o início da agricultura e o desenvolvimento das forças de produção originaram o excedente.

Este excedente da produção vez com que o homem desenvolvesse novas formas de registro para manter o controle do produto do seu esforço, inclusive no sentido de relacionar direitos e dívidas assumidos pelo comércio praticado. Evidências deste fato foram constatadas por descobertas arqueológicas feitas no oriente Próximo que indicam a utilização de um sistema contábil realizado por registros gravados em fichas de barro.

O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito antigo facilitou o registro das informações, dando origem aos livros contábeis que usavam como princípio a lógica matemática, onde A=B, ou seja, Débito=Crédito, sendo débito = efeito e Crédito = causa.

Surgem nesta época as primeiras administrações particulares, aumentando a necessidade de um controle que fosse devidamente registrado.

Registra-se que as escritas governamentais da República Romana (200 a.C.) já apresentavam receitas de caixa classificadas em rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e divisões.

Os gregos, baseando-se em modelos egípcios, 2.000 anos antes de Cristo, já escrituravam Contas de Custos e Receitas, procedendo, anualmente, a uma confrontação entre elas, para apuração do saldo. Os gregos aperfeiçoaram o modelo egípcio, estendendo a escrituração contábil às várias atividades, como administração pública, privada e bancária.

Com o desenvolvimento do comércio surge a necessidade de desenvolver a escrituração contábil, fazendo surgir assim a fase pré-científica ou fase lógica.

Por volta do séc. XIV a XVI, acontecimentos no mundo, como por exemplo, o desenvolvimento das artes, a descoberta de novas terras e o estabelecimento de novas nações impulsionaram o desenvolvimento da ciência contábil. Tanto que, no início do Século XIV, já se encontravam registros explicitados de custos comerciais e industriais, nas suas diversas fases: como custo de aquisição, transporte, tributos, etc.

Os empreendimentos bancários, pelo menos até o século XIV, eram de natureza quase que familiar. “Somente com a evolução da Contabilidade, com a introdução do método das partidas dobradas, em meados do século XIV, é que se tornou possível o surgimento de verdadeiras empresas. A primeira empresa bancária é a casa de San Giorgio, fundada em Gênova em 1407” (FILHO, 1977:154). Surgem, em meio a um crescente intercâmbio comercial entre o Ocidente e o Oriente, as sociedades comanditas como forma encontrada pelos mais afortunados de empregar seu dinheiro nos empreendimentos comerciais. Nova demanda, então, pelo controle e acompanhamento da participação acionária nas companhias desafia os pensadores contábeis da época no sentido de aperfeiçoarem os métodos necessários a satisfazer à exigência pela informação acerca do capital aplicado.

Com a retomada das atividades a necessidade de controle e informação de natureza financeira, patrimonial e econômica trouxe novo alento ao desenvolvimento da Contabilidade como instrumento capaz de fornecer subsídios para o gerenciamento dos negócios.

A despeito de as atividades comerciais na Europa terem ganhado novo fôlego entre os séculos XI e XV, ainda assim a base econômica européia continuava a ser agrícola. Tal fato de certa forma não propiciava campo fértil ao desenvolvimento da Contabilidade.

Veneza e Gênova, no entanto, eram exceções à regra. Caracterizavam-se como centros comerciais genuinamente independentes. Esta condição decorria de que as duas cidades italianas controlavam o último trecho de longas rotas comerciais que importavam as mercadorias do Oriente Médio. Portanto, nesta região se verificava um ambiente de negócios favorável ao aperfeiçoamento de técnicas

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