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Teoria Do Contínuo Fluvial

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Por:   •  18/9/2013  •  1.013 Palavras (5 Páginas)  •  632 Visualizações

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Introdução

Registros datados de mais de três mil anos fazem referencias á Hanseníase. Descrições mais precisas datam de 600 anos a.C, e são oriundas principalmente da Medicina Indiana.

Observamos na Bíblia Hebraica, inúmeras citações sobre a doença, especialmente em Levítico, versículo 13, no qual existe uma apurada explicação, que leva a uma possível identificação da hanseníase (de acordo com os métodos utilizados na época), além de servir como parâmetro, na forma como deveriam ocorrer os cuidados com os portadores da enfermidade. Ainda em Levítico, vers.13, existe tal citação: “Enquanto durar o seu mal, ele será impuro. É impuro, habitará só, e sua habitação será fora do acampamento” que nos fornece informações sobre o isolamento imposto aos indivíduos enfermos, e nos permite refletir sobre as possíveis consequências geradas por essa transformação social. Em outras citações bíblicas, é possível ainda observar uma associação da Hanseníase ao pecado, e a um possível castigo divino.

A hanseníase originou-se no Continente Africano e Asiático, e provavelmente, o exercito de Alexandre, O Grande, foi o principal responsável por sua disseminação por todo o Continente Europeu.

Atualmente o Brasil é o país em que há a maior prevalência de Hanseníase, sendo que ocorrem 4,6 casos a cada 10.000 habitantes. Além do Brasil, outros 10 países sofrem com a prevalência da doença, sendo que a maioria deles encontra-se na África. O índice de infectados em países desenvolvidos é quase nulo.

Este trabalho buscará através de entrevistas, abordar assuntos que permeiam a Hanseníase, como o isolamento social, preconceito, nível de conhecimento dos portadores sobre a doença, aliando ainda, estes temas a Medicina Religiosa, Oficial e Empírica, que em conjunto confluirão para um maior entendimento do papel social que a saúde possui e consequentemente uma maior compreensão das transformações sociais que a enfermidade pode ocasionar.

A pesquisa foi realizada na Colônia Antônio Aleixo. Criada em 1942 em Manaus, objetivando tratar os portadores de hanseníase. Apesar de possibilitar uma maior sobrevida devido a descobertas de novos medicamentos, a região era isolada, o que intensificava o medo de aproximação, crescendo assim o preconceito social. Com o decorrer do tempo, a comunidade passou a ser habitada por parentes de doentes e outros, proporcionando uma maior integração da comunidade ao resto da sociedade.

Hoje o Hospital Geral Geraldo da Rocha na Comunidade Antonio Aleixo é responsável pelo tratamento e reintegração social das pessoas que tiveram ou têm hanseníase. Em pesquisa de campo, foram observados alguns aspectos importantes, como a rotina dos pacientes, o desenvolvimento da doença, os costumes, crenças e dificuldades sociais.

Na maior parte dos casos, verificou se que apesar das instalações precárias, os pacientes sentem se acolhidos e veem na instituição um ambiente onde estão livres do olhar julgador e preconceituoso a que estão expostos fora de lá. É perceptível a satisfação com o tratamento dado pelos funcionários que muitas vezes dedicam maior atenção e carinho do que os próprios familiares.

Devido à falta de instrução, boa parte da população não conhecia a doença ou não sabia como identificá-la, isso aliado à dificuldade de locomoção agravava e adiava o tratamento. Além disso, a hanseníase era confundida muitas vezes com o uma infecção cutânea popularmente conhecida como “pano branco”, o que muitas vezes levava a práticas empíricas como a ingestão de chás. Apesar de no passado a lepra estar intimamente relacionada a um castigo divino, atualmente vimos que esta relação está diminuindo.

Geralmente a assistência médica é procurada tardiamente, com isso as lesões causadas pela doença se agravam provocando nos pacientes ferimentos na pele e nos nervos periféricos, dando-lhe

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