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Teoria das restrições

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Por:   •  13/11/2014  •  Tese  •  851 Palavras (4 Páginas)  •  361 Visualizações

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Teoria das Restrições

A Teoria das Restrições, também denominada de TOC (Theory of Constraints) é um desenvolvimento relativamente recente no aspecto prático da tomada de diversas decisões organizacionais nas quais existem restrições. A TOC foi inicialmente descrita pelo Dr. Eliyahu Goldratt em seu livro, A Meta.

Uma restrição é qualquer coisa numa empresa que a impede ou limita seu movimento em direção aos seus objetivos. É claro que a aplicação da TOC requer uma apropriada definição dos objetivos a serem atingidos. Para a maior parte das empresas, o objetivo principal é o lucro presente e sua sustentabilidade no futuro. Existem dois tipos básicos de restrições: físicas e não-físicas. As restrições físicas na maior parte das vezes estão relacionadas a recursos: máquinas, equipamentos, veículos, instalações, sistemas etc. As restrições não-físicas podem ser a demanda por um produto, um procedimento corporativo ou mesmo um paradigma mental no encaminhamento de um problema.

A Teoria das Restrições está estruturada em cinco passos que servem de esqueleto

para a ampliação do ganho. O objetivo dessa estrutura é manter o gestor focado nos recursos restritivos do sistema.

Os cinco passos para o alcance da meta de acordo com a TOC

 1º passo – Identificar a restrição do sistema – Todo sistema possui uma ou

mais restrições, limitando o ganho. Goldratt afirma que as restrições físicas são

facilmente detectadas, já as restrições de mercado fogem do controle das empresas e

ainda na maioria das vezes, a real restrição é alguma política interna da entidade.

 2º passo – Explorar a restrição do sistema – Tirar o máximo proveito das

restrições para a obtenção de melhores resultados.

 3º passo – Subordinar qualquer outra coisa à decisão acima – Fazer com que

todos os recursos do sistema operem de acordo com o recurso restritivo.

 4º passo – Elevar a restrição- Este passo valoriza o investimento no recurso

restritivo aumentando a sua capacidade produtiva.

 5º passo – Se uma restrição for elevada, volte ao primeiro passo, nunca

permita que a inércia seja a maior restrição do sistema – A partir da elevação da

restrição no 4º passo, deve-se voltar ao 1º passo, pois com a modificação da restrição

todo o sistema deve ser reavaliado, pois o gerenciamento de todos os recursos é feito

com base na restrição.

Princípios da Otimização

A Teoria das Restrições estabelece nove princípios para a programação da produção.

Partindo do lema de que “a soma dos ótimos locais não é igual ao ótimo total”, contrapondo

com o lema convencional que é “a única maneira de chegar ao ótimo total é a garantia dos

ótimos locais” conforme explana Goldratt apud Cogan (2007, p. 25).

1. Balancear o fluxo e não a capacidade

A importância está no equilíbrio do fluxo de produção da fábrica e não da demanda,

ou seja, a ênfase recai sobre o fluxo de materiais e não na capacidade instalada dos recursos.

Mas para isso é necessária a identificação das restrições do sistema que vão limitar o fluxo.

2.O nível de utilização de um recurso não-gargalo não é determinado pelo seu

próprio potencial, mas por outra restrição do sistema

Determina que a utilização de um recurso não-gargalo é estabelecida em função das

restrições existentes no sistema, por limitação de capacidade de um recurso ou de demanda de mercado.

3. A utilização e a ativação de um recurso não são sinônimos

A utilização representa o uso do recurso não-gargalo de acordo com a capacidade do

recurso gargalo, já a ativação, representa o uso do recurso não-gargalo em volume maior do

que a capacidade do recurso gargalo, este não contribui com os objetivos da otimização que

seria o balanceamento do fluxo.

4. Uma hora perdida no gargalo é uma hora perdida no sistema inteiro

Tendo em vista que deve haver um balanceamento do fluxo estabelecido pelo gargalo,

qualquer tempo perdido neste, diminui o tempo total disponível para atender o volume, sendo assim, somente haverá benefício na programação da produção reduzindo o tempo de

preparação nos recursos gargalos, aumentando assim a capacidade do fluxo.

5. Uma hora economizada onde não é gargalo é apenas uma ilusão

A economia de tempo em um recurso gargalo é uma miragem, pois tendo em vista que

os recursos não-gargalos trabalham de acordo com o nível do gargalo, esta economia não trará nenhum benefício, pois estaria elevando o montante de tempo ocioso já existente.

6. Os gargalos governam os ganhos e o inventário

Conforme exposto acima o sistema é governado pelo recurso gargalo, tendo em vista

que este determina o fluxo de produção e conseqüentemente o inventário e os ganhos.

7. O lote de transferência não pode e muitas vezes não deve ser igual ao lote de

processamento

O lote de transferência deve ser de acordo com a capacidade do setor em que será

executada a próxima atividade no produto, tendo em vista que não é vantajoso repassar todo

lote processado se este não puder ser efetivamente concluído em uma próxima etapa.

8. O lote de processo deve ser variável e não fixo

Os lotes de processamento podem variar de uma operação para outra, ao contrário dos

modelos de sistemas tradicionais, conduzindo a um problema de escolha do tamanho do lote a ser adotado, uma vez que as características das operações individuais podem conduzir a um cálculo de lote diferente.

9. Os programas devem ser estabelecidos considerando todas as restrições

simultaneamente

A programação da produção, o quanto e quando se deve produzir, seguirá de acordo

com as restrições do sistema.

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