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Terrorisma: Eta E Violencia

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Por:   •  13/6/2013  •  6.298 Palavras (26 Páginas)  •  372 Visualizações

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Terrorismo:

ETA e violência persistem no País Basco

Madri, 16/08/2005, (IPS) - A cidade de San Sebástian foi o mais recente cenário onde o grupo terrorista ETA e seu braço político, Batasuna, demonstraram que a violência persiste no País Basco, apesar do diálogo condicionado oferecido pelo governo do primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero. O Congresso dos Deputados, a câmara alta da Espanha, aprovou, no dia 17 de maio, o diálogo com a ETA (Pátria Basca e Liberdade, em basco) proposto por Zapatero, com a condição expressa de que antes essa organização declarasse o abandono da luta violenta e entregasse as armas e explosivos em seu poder. Os incidentes ocorridos no contexto da manifestação de domingo, em San Sebástian, capital da província basca de Guipúzcoa, e as referências a isso feitas nesta segunda-feira pelos organizadores da marcha e principais partidos políticos, parecem mostrar que a ETA não está disposta a cumprir essa condição.

O governo autônomo do País Basco, formado por uma coalizão do moderado Partido Nacionalista Basco (PNV) com o Partido de Esquerda Unida, desautorizou a convocação feita pelo Batasuna de uma manifestação para o domingo, que, de todo modo, aconteceu sob o lema "Agora o povo, agora a paz". Porta-vozes do Batasuna, o grupo político legalizado em 2002, haviam advertido, na sexta-feira, que haveria incidentes se houvesse ação da Ertzainza, o corpo policial dependente do governo autônomo, encarregado das tarefas de segurança dentro dessa Comunidade, uma das 17 que integram a Espanha. Parte da manifestação aconteceu sem incidentes, mas outra foi cenário de confrontos entre grupos de manifestantes e policiais, quando estes tentaram evitar atos de vandalismo, além de agressões contra nacionalistas moderados.

No final havia sete detidos e cerca de 50 feridos, dez deles com maior gravidade. A maior parte dos afetados é de turistas, que estavam à margem das manifestações e chegaram a San Sebástian para as festas da Semana Grande, repleta de feiras, celebrações e atos culturais. Joseba Alvarez, dirigente do Batasuna, disse, nesta segunda-feira, que "o ocorrido ontem foi um desastre" e que, no primeiro local da cidade onde se reuniram, "a Ertzainza não estava" e por isso não houve incidentes. A dirigente acrescentou que parece "um escândalo que, a esta altura, quando se quer fazer uma manifestação em defesa de um processo de paz, no dia seguinte tenhamos de continuar falando de feridos, detidos e pessoas que apanharam".

Tanto o coordenador do governante Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) no Congresso dos Deputados, Diego López Garrido, como a presidente no País Basco, Maria San Gil, do Partido Popular, pediram à Promotoria Geral da Nação que tome as rédeas do caso e, assim, peça a punição dos responsáveis pela manifestação. Outros atos protagonizados pelos batasunos, em San Sebástian, ilustraram seu apoio à ação armada da ETA. Na manhã de domingo, horas antes da manifestação, os dirigentes partidários presidiram uma cerimônia fúnebre na qual foram lançadas ao mar as cinzas de um membro da ETA, morto em um acidente na França quando fugia da polícia francesa.

Ali, os presentes deram gritos a favor da ETA. Momentos depois se dirigiram a outro ponto da cidade para homenagear a ikurriña, a bandeira do País Basco, exibiram um cartaz onde se lia "Chega de fascismo. Ikurriña, nossa bandeira", e minutos depois quatro encapuzados queimaram uma bandeira espanhola e outra francesa, no centro da Praça da Constituição. Também grupos pró-Batasuna se manifestaram em San Sebástian e ao se encontrarem com membros do PNV os vaiaram e chamaram "espanhóis", o que é considerado um insulto para os nacionalistas. Referindo-se à queima de contêineres de lixo, no domingo, por quatro encapuzados durante a manifestação, fontes da Ertzainza disseram que foram comprovados mais de 30 ataques de violência de rua em apenas cinco dias, e asseguraram que o único grupo que as promove é o braço político da ETA.

As mesmas fontes concordam com as do Ministério do Interior da Espanha de que a ETA está extremamente enfraquecida e que, exatamente por isso, incentiva a violência de rua e coloca bombas, prevendo que cedo ou tarde terá de abandonar as armas e sentar para negociar. Tendo em conta que, em toda a Espanha, incluindo o País Basco, existe a democracia e a liberdade de expressão e de organização, fontes governamentais disseram que a eventual negociação com a ETA, "se esta previamente abandonar as armas", tem a ver com o futuro de seus presos, os ativistas com ordem de prisão ou exilados, e que em nenhum caso serão colocadas na mesa de diálogo condições políticas. A ETA, pelo contrário, pretende que se debata sobre suas demandas de independência do território basco, que serem as três províncias que formam o País Basco, mais a Comunidade Autônoma de Navarra e três departamentos franceses. (IPS/Envolverde)

EUA financiam grupo terrorista no Irã

A perplexidade dos estadunidenses diante do fenômeno "por que eles nos odeiam tanto?" com relação ao mundo árabe e muçulmano ou é produto de um cínico jogo de cena (como o caso do presidente George W. Bush quando arrisca uma explicação simplória ao afirmar que "eles odeiam a nossa liberdade"), ou de sincera ignorância (a da maioria da população estadunidense, que paga honestamente seus impostos e acredita piamente viver num país dirigido sempre por líderes íntegros e leais aos valores supremos da nação, entre os quais está o respeito à tão falada ?liberdade?). Mas basta uma simples análise do caos mundial originado da falsa ?guerra contra o terrorismo? liderada por tais dirigentes para se entender de onde vem tanta indignação.

Os Estados Unidos estão envolvidos em uma controversa campanha de apoio a grupos terroristas iranianos de oposição ao atual regime da República Islâmica. Através da CIA, milícias das diversas minorias étnicas do Irã recebem apoio financeiro e militar para uso em atentados terroristas dentro do território iraniano. Com a guerra descontrolada no vizinho Iraque, o suporte de tais grupos se tornou ainda mais evidente.

De acordo com um recente documento publicado por Alexis Debat, especialista-sênior de contra-terrorismo do Nixon Center e consultor do jornal ABC News, os estadunidenses estão ?comandando forças de centenas de homens de milícias iranianas, que realizam operações contra oficiais militares iranianos, oficiais de inteligência e contra alvos governamentais?. Ainda segundo Debat, ?oficiais são seqüestrados e executados

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