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Teóricos Clássicos Da Sociologia

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Por:   •  20/10/2014  •  1.749 Palavras (7 Páginas)  •  333 Visualizações

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Teóricos clássicos da sociologia

Émile Durkheim

Émile Durkheim (1858-1917)

 1858: nasce em Épinal (França)

 1879: estudos na École Normale Supérieure

 1882: forma-se em Filosofia

 1885-86: estuda ciências sociais em Paris

 1887:nomeado professor de pedagogia e ciência social na Universidade de Bordeaux, primeiro curso de sociologia criado em universidade francesa

 1893: defende tese de doutorado “Da divisão do trabalho social”

 1895: “As regras do método sociológico”

 1896: seu curso se transforma numa cátedra; fundação de L’ Aneé Sociologique.

 1897: “O Suicídio”

 1902: suplente de pedagogia na Sorbonne

 1912: “As formas elementares da vida religiosa”

 1913: Cátedra de sociologia da Sorbonne

 1915: perde seu único filho na I Guerra

 1917: morre em Paris.

A especificidade do objeto sociológico

 Durkheim: Sociologia é a ciência das instituições, sua gênese e do seu funcionamento, isto é, de toda crença, todo comportamento instituído pela coletividade.

 Seu objeto próprio são os fatos sociais.

É toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independentemente das manifestações individuais que possa ter... Maneiras de agir, pensar e sentir exteriores aos indivíduos, dotadas de um poder de coerção em virtude do qual se lhe impõem.

Fatos sociais

 Não podem se confundir com os fenômenos orgânicos, visto que consistem em representações e em ações; nem com os fenômenos psíquicos, que não têm existência senão na consciência individual, e devido a ela.

 Um fenômeno não pode ser coletivo se não for comum a todos os membros da sociedade ou, pelo menos, à maior parte deles, portanto, se não for geral. Se é geral é porque é coletivo/social (quer dizer, de certo modo obrigatório) e nunca coletivo, por ser geral. É um estado do grupo que se repete nos indivíduos porque se impõe a eles; está em cada parte porque está no todo, e não no todo porque está nas partes. Isto é mais evidente nas crenças e nas práticas que nos são transmitidas por gerações anteriores... (DURKHEIM, 1995, p.37).

 Quando desempenho meu papel de irmão, esposo ou cidadão, quando realizo os compromissos que tomei, cumpro deveres que estão definidos, para além de mim e dos meus atos, no direito e nos costumes. Mesmo quando eles estão de acordo com os meus sentimentos próprios e sentindo-lhes interiormente a realidade, esta não deixa de ser objetiva, pois não fui eu que os estabeleci, antes os recebi pela educação (DURKHEIM, 2005, p.32)

 Do mesmo modo, ao nascer, os fieis encontram já formadas as crenças e práticas da sua vida religiosa; se existiam antes deles é porque existem fora deles.

 Para Durkheim o indivíduo passa (morre), a sociedade permanece. Se aproxima de Comte quando este afirma que “a humanidade se compõe mais de mortos do que de vivos” e que “os mortos governam cada vez mais os vivos” (referindo-se ao conhecimento acumulado passado de geração a geração).

 A sociedade não é simples somatório das partes (indivíduos que a compõe), a fusão das partes gera algo novo e exterior às consciências individuais e suas manifestações.

 Ela é uma síntese: a vida está no todo e não nas partes; é um fenômeno sui generis; tem uma força que os indivíduos não têm; é um poderoso feixe de forças físicas e morais.

 Consciência individual X consciência coletiva (nesta última é que estão as explicações para os fatos sociais).

 Maneiras de agir/fazer (são fatos sociais de ordem fisiológica): fatos sociais menos consolidados, mais fluidos – correntes sociais, movimentos coletivos, correntes de opinião (ex. para o casamento, o suicídio etc.)

 Maneiras de ser coletivas (fatos sociais de ordem anatômica ou morfológica) : fatos mais cristalizados – regras jurídicas, morais, dogmas religiosos, sistemas financeiros/comunicação (ex. modos de comunicar-se, vestir-se, negociar etc.)

 Possuem ascendência sobre o indivíduo e tem realidade objetiva.

 Processo de internalização dos fatos sociais (socialização, educação etc.) “Somos forçados a seguir regras estabelecidas no meio social em que vivemos”

 Características dos fatos sociais: exterioridade, generalidade, coercitividade (ação coerciva).

Toda educação consiste no esforço contínuo para impor à criança maneiras de ver, de sentir e de agir às quais ela não teria chegado espontaneamente. Desde os primeiros tempos da vida que a obrigamos a comer, a dormir, a beber nas horas certas, obrigamo-las á limpeza, à calma, à obediência. Mais tarde, obrigamo-la a ter em conta os outros, a respeitar os usos, as conveniências, a trabalhar etc. (DURKHEIM, 1995, p.35).

Fatos sociais

 Representações sociais são expressões do fato social: a maneira como a sociedade vê a si mesma e ao mundo que a rodeia. Também os valores de uma sociedade.

 São convenções, leis, regras morais, usos (ex. moeda, idioma). Têm autoridade sobre o indivíduo, sua transgressão provoca reação, sanções que provêm dessa moral superior.

As regras do método sociológico - regras relativas à observação dos fatos sociais

 Baseado nos métodos das ciências naturais;

 Crítica às análises idealistas/ideológicas: que vão das ideias às coisas e não das coisas às ideias.

 Buscar relações de causa e efeito, e regularidades visando descobrir as leis que guiam os fenômenos;

 Os fatos sociais devem ser considerados como COISAS: afastar

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