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Tipos de pólvora

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Por:   •  26/11/2014  •  Artigo  •  1.524 Palavras (7 Páginas)  •  429 Visualizações

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Tipos de pólvora[editar | editar código-fonte]

Existem dois tipos de pólvora: pólvora negra e pólvora sem fumaça (o termo não é muito exato

pois deveria ser "com pouca fumaça"). A maioria dos cartuchos modernos utiliza a pólvora "sem fumaça". Enquanto a pólvora negra é classificada como explosivo, a moderna pólvora "sem fumaça" meramente queima rapidamente.

A pólvora queima produzindo uma onda de deflagração subsônica, ao contrário dos altos explosivos que geram uma onda de detonação supersônica. Isso reduz o pico de pressão na arma, mas também a torna menos capacitada a destruir rochas ou fortificações.

Pólvora "sem fumaça"[editar | editar código-fonte]

A pólvora sem fumaça, consiste, quase que exclusivamente, de pura nitrocelulose (pólvoras de base simples), frequentemente combinada com até 50% de nitroglicerina (pólvoras de base dupla), e algumas vezes com nitroguanidina (pólvoras de base tripla), embebida em pequenas pelotas esféricas, lâminas ou cilindros extrudados, usando éter como solvente. Pólvora "sem fumaça" queima somente na superfície dos grãos. Grãos maiores queimam mais vagarosamente, e a taxa de queima é controlada por uma camada superficial de detenção de chama. A intenção é regular a taxa de queima, de modo que uma pressão relativamente constante seja exercida para propelir o projétil ao longo de todo o seu percurso dentro do cano da arma, para se obter a maior velocidade possível. Pólvora para canhões possui os maiores grãos, cilíndricos, com até o tamanho de um polegar e com sete perfurações (uma central e as outras seis formando um círculo na metade do caminho entre o centro e a face externa). As perfurações estabilizam a taxa de queima porque, enquanto o exterior se queima em sentido do interior, ocorre o inverso nos furos, para fora. Pólvoras de queima rápida para armas de fogo são feitas com formas extrudadas com maior área superficial, como lâminas, ou por achatamento de grãos esféricos. A secagem é realizada a vácuo. Os solventes são então recondensados e reciclados. Os grãos são também revestidos com grafite, para prevenir que faíscas provenientes de eletricidade estática causem ignições indesejadas, além de reduzir ou acabar com a tendência dos grãos em se aglutinarem, tornando o manuseio e o carregamento mais fáceis.

Pólvora negra[editar | editar código-fonte]

A pólvora negra é composta de ingredientes granulares:

Enxofre (S),

Carvão vegetal (provê o carbono) e

Nitrato de potássio (salitre - KNO3, que provê o oxigênio)

A proporção ótima para a pólvora é:

salitre 74,64%, enxofre 11,64% e carvão vegetal 13,51%.

A proporção básica de seus elementos constituintes é:

2 partes de enxofre: 3 partes de carvão vegetal: 15 partes de salitre

Um mito urbano comumente associado a pólvora negra é de que o carvão mineral (ou então grafite) sejam preferidos com relação ao vegetal, por conterem mais carbono. Isso é a mais falsa lenda. A queima de pólvoras usando esses materiais vai ser, medíocre, se muito (considerando que acenda). A razão para essa lenda, talvez venha do fato da estequiometria da pólvora ser um bocado confusa. O carbono da reação escrita lembra 'carbono puro' que é grafite ou carvão, mas não é isso na realidade: o que causa a rápida reação são os chamados "materiais voláteis" presentes no carvão que além disso deve ser pouco denso; por isso é de origem vegetal e preparado com o maior cuidado de madeiras escolhidas a dedo (a mais famosa é o carvão do salgueiro, mas outros tipos de madeira pouco densas são usados também). A carbonização da madeira também é uma arte em si ; o processo de carbonização, se falho, levará a pólvoras bem inferiores. Esse processo é feito simplesmente usando a madeira na forma de pequenos pedaços dentro de um recipiente metálico com um pequeno furo. O recipiente é aquecido POR FORA. Isso faz a água evaporar da madeira e escapar na forma de vapor pelo pequeno orifício; depois que a água vai embora, os materiais celulósicos e lignínicos da madeira começam a se modificar, e a serem parcialmente carbonizados; após certo tempo, se extingue o fogo e deixa o carvão formado esfriar lentamente e sem abrir o recipiente (caso contrario o oxigênio atmosférico reagiria com o carvão quente formado, fazendo-o ignizar).

Ainda sobre a reação da pólvora negra, podemos dizer que existem várias reações que supostamente ocorrem na mistura e ao mesmo tempo. A mais simples, talvez, é:

2KNO3 + S + 3C → K2S + N2 + 3CO2

Mas na literatura existem várias outras, como por exemplo:

4KNO3 + 2S + 6C → 2K2S + 2N2 + 6CO2

16KNO3 + 6S + 13C → 5K2SO4 + 2K2CO3 + K2S + 8N2 + 11CO2

2KNO3 + S + 3C → K2S + 3 CO2 + N2 2KNO3 + S + 3C → K2CO3 + CO2 + CO + N2 + S 2KNO3 + S + 3C → K2CO3 + 1.5 CO2 + 0.5 C + S + N2

l0KNO3 + 3S + 8C → 2K2CO3 + 3K2SO4 + 6CO2 + 5N2

Etc.

A graduação de tamanhos dos grãos de pólvora negra vão do áspero Fg, usado em rifles de grande calibre e pequenos canhões, passando pelo FFg (médios e pequenos calibres de rifles), FFFg (pistolas) e FFFFg (pistolas curtas e garruchas de pederneira).

Apesar de a pólvora negra não ser realmente um alto explosivo, geralmente o é classificado pelas autoridades em virtude de sua fácil obtenção.

História[editar | editar código-fonte]

A pólvora foi descoberta na China, durante a Dinastia

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