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Por:   •  8/5/2014  •  1.983 Palavras (8 Páginas)  •  256 Visualizações

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Ao passar do tempo essas empresas acabam por ceder, pois além de ser uma estratégia de gestão com resultados comprovados pelo mundo ainda é diferencial frente ao mercado cada vez mais globalizado. Sua eficácia foi comprovada em um estudo realizado no Estados Unidos por dois pesquisadores, Erin Kelly e Phyllis Moen, onde seiscentos (600) funcionários de uma empresa de vendas pela internet puderam fazer livremente seu horário desde que cumprissem as metas impostas pela empresa. Resultado, dever cumprido com qualidade, satisfação e em um menor espaço de tempo, tempo esse agora bem distribuído. Essa vertente em nada altera a capacidade da empresa em cumprir as solicitações de clientes, uma vez que a meta é o produto final e não a grade de horários07

cumprida pelos empregados. Tempo é dinheiro, ainda mais quando o funcionário não corre contra ele. É comum a briga com o relógio devido ao purgatório que o local de trabalho se tornou, pessoas que não veem a hora de ir embora e simplesmente não se concentram no dever para com os contratantes. Em mente o serviço inacabado que deixou, o trânsito que irá enfrentar, o lar que tem para cuidar e o desânimo para o próximo dia em que esse ciclo se repetirá. Com os horários flexíveis o tempo é aliado e trabalha conforme sua visão de jornada adequada.

Embutido no mesmo segmento está ‘’Home Office’’, que é o trabalho em casa. Estabelecer a própria jornada de trabalho e a cumprir no conforto do lar é o sonho para muitos e realidade para selecionados. Problemas relacionados a dificuldade de chegar ao emprego devido ao caótico trânsito das grandes cidades e ainda gastos relacionados a esse próprio deslocamento e com alimentação, podem ser evitados guiando o serviço de dentro de casa. Há de se colocar na balança que trabalhar sozinho pode prejudicar o “espírito deequipe’’ e a convivência em si no meio de trabalho, local onde o diálogo é indicativo de sucesso. “Quando você vivencia aquilo ali dentro da empresa é muito diferente de estar fora. Você pode não saber o que está acontecendo e isso pode ser prejudicial para a empresa”, afirma o consultor Ricardo Barbosa. Trabalhar no ambiente familiar pode confundir a família e inverter suas prioridades, pois a maioria dos que te cercam não entendem que tem obrigações e metas, mesmo não estando atrás de uma mesinha de escritório. O cuidado maior é sempre no policiamento de si próprio, buscando não se perder em meio aos horários, tendo sempre hora certa de iniciar e encerrar o expediente e evitar interferências no momento que foi reservado para atingir os objetivos propostos pelo chefe. A empresa em contrapartida se beneficia com a qualidade do resultado apresentado desde que o trabalho em casa não deva em nada ao que seria realizado nas dependências empresariais. Em uma pesquisa divulgada recentemente pela instituição Regus, setenta e três porcento (73%) das empresas brasileiras pesquisadas declararam que a produtividade aumentou após a implantação de horário de trabalho flexível. A maioria esmagadora dá o tom do poder evolutivo desse modelo quando bem aplicado.

A chave do sucesso está no profissionalismo, tanto daquele que tem em mãos a oportunidade de arquitetar sua vida profissional quanto daquele que o proporciona tal benefício. Está na ética de ser livre mas não autônomo e ter em mente que mesmo não “marcando cartão’’ tem horas de trabalho a cumprir e objetivos a alcançar. Em não exigir demais de um profissional etentar torná-lo parte integral da empresa o tornando um “zumbi estressado’’, sem tempo e prioridades, uma verdadeira “bomba relógio’’ prestes a explodir. O que seria extremamente

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contraditório com os verdadeiros valores embutidos nos horários flexíveis, "atingir um nível ideal de flexibilidade, susceptível de manter a competitividade das empresas e da economia, a par do bem-estar dos seus cidadãos" (CORREIA, António Damasceno (2008), A Flexibilidade nas Empresas, Lisboa, Edições Silabo, p. 21) que é nada mais nada menos que a tentativa de conciliar a vida profissional, familiar e cotidiana visando uma maior estabilidade física e psicológica do trabalhador. Esta estabilização é muito valorizada por ele já que segundo um levantamento feito pela Trabalhando.com, de quase quinhentos (500) profissionais entrevistados, trinta e um porcento (31%) respondeu que o que traz mais satisfação é poder trabalhar de casa, no esquema home office. Outros vinte e quatro (24%) disseram que ter horários mais flexíveis faria grande diferença. Como a pesquisa mostrou que apenas vinte e nove (29%) disse que o que traria mais satisfação seria receber bônus e benefícios extras, é possível notar que os profissionais valorizam mesmo os horários mais flexíveis, cinquenta e cinco (55%). Isso porque adquire uma auto – estima profissional e o permite ter defato uma vida fora dos limites da empresa.

A confiança é uma via de mão dupla, apesar deste modelo de gestão parecer menos eficaz em termos de controle, um funcionário trabalha sem qualquer aumento do período normal de trabalho (PNT) estabelecido por lei. Há de se atentar ao caso de estar disponível em grandes períodos do dia e assim ficar mais exposto às demandas da empresa e não ser remunerado por isso. Ao permanecer mais tempo no emprego do que o estipulado,o funcionário pode utilizar / usufruir dessas horas quando lhe for mais conveniente (dia de folga, sair mais cedo, entrar mais tarde, etc). Ele gerindo seu próprio horário pode se organizar, ir ao médico, à escola do filho, ao banco, ao supermercado, tudo sem prejudicar o trabalho. Para empresa e empregado tudo flui normalmente em horários adequados no que antes seria um lugar inóspito para produtividade. O que ocorre ao empregado é o direito mais rudimentar, o de ter em mãos o controle da própria vida. Em vez de adaptar a vida ao emprego ele remaneja o emprego conforme a sua vida.

Em conversa com Bruno Ricardo de Vasconcelos, responsável pelo administrativo financeiro de um hotel em Santa Bárbara, interior de Minas Gerais é clara sua animação perante à essa nova alternativa “ Hoje tenho que viver para o meu trabalho, chego em casa sem nenhuma motivação e altamente estressado. Meus horários não me permitem uma vida em família e de certo modo nos limitam à uma rotina ideal para a empresa e não para nós funcionários. Se a flexibilidade de horários fosse adotada com absoluta certeza eu trabalharia melhor e mais contente. Vivo me sentindo mal e comessa jornada de trabalho venho adquirindo problemas

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de saúde devido a ansiedade e ao estresse. Poder gerir meus horários seria uma boa saída não só para meu bem estar psicológico mas

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