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Trafico De Animais

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Por:   •  9/8/2013  •  6.644 Palavras (27 Páginas)  •  680 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

O IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente – define como tráfico de animais silvestres a retirada de espécimes da natureza para que possam ser vendidos no mercado interno brasileiro ou para o exterior. Animais silvestres são aqueles “pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham a sua vida ou parte dela ocorrendo naturalmente dentro dos limites do Território Brasileiro e suas águas jurisdicionais” (IBAMA,

2006).

O tráfico é um comércio ilegal que tem como principal objetivo o lucro. No Brasil, o tráfico de animais silvestres vem crescendo a cada dia e também se especializando. É a terceira maior atividade ilícita do mundo, ficando atrás apenas do tráfico de armas e de narcóticos (Projeto Esperança Animal, 2007). Este mercado movimenta de 10 a 12 bilhões de dólares por ano (Webster, 1997 apud Webb, 2001). Vale lembrar que estes números são estimados, pois como é uma atividade ilegal, torna-se mais complicada a obtenção de dados estatísticos. Estima-se que o Brasil participe com cerca de 5% a 15% do número total de animais silvestres comercializados ilegalmente em todo o mundo (RENCTAS , 2001).

Esses animais são alvos da cobiça do homem por

apresentarem uma beleza estética, sendo as aves os animais

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mais procurados, devido ao impacto de suas cores. Apreensões do IBAMA em todo o Brasil, durante os anos de 1999 a 2000, mostraram que 82% dos animais comercializados naquela época eram aves (RENCTAS, 2001). Há espécies que ainda têm suas populações ameaçadas por tal comércio, como por exemplo, a arara-azul-grande (Adorhynchus hyacinthinus), a arara-azul-de- lear (A. leari) e a jandaia-gangarra (Aratinga cactotum). Quanto mais raro for o animal mais interessante ele se torna aos colecionadores.

Há uma estimativa informando que cerca de 12 a 38 milhões

de espécimes por ano são retirados de seus habitats, sendo que uma pequena porcentagem retorna ao seu bioma (ROCHA et al.,

2006).

Em território brasileiro, as regiões de maior retirada de animais são as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste sendo o principal destino a região Sudeste, onde se concentram os principais consumidores.

Com relação ao tráfico internacional, os principais

destinos são a Europa, a Ásia e a América do Norte (RENCTAS,

2001). O tráfico no exterior só acontece porque há um apoio interno muito bem estruturado.

Esta grave situação em que a fauna silvestre se encontra, demonstra a fragilidade de nossos órgãos federais por falta de

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uma estrutura adequada. Porém, a responsabilidade por esse quadro drástico está também interligada com a sociedade.

2. OBJETIVOS

Este estudo tem como objetivos:

1. Entender o funcionamento do tráfico e sua finalidade;

2. Identificar as espécies mais contrabandeadas;

3. Identificar os principais países que traficam esses animais e porque o fazem;

4. Identificar o destino dado aos animais apreendidos;

5. Discutir as problemáticas que envolvem o tráfico de animais silvestres, que vão desde a falta de recursos na área da fiscalização à questão social.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Levantamento Bibliográfico

Para a realização desse estudo, foi feito um levantamento bibliográfico sobre o tema pertinente à pesquisa, com a finalidade de buscar um maior conhecimento do assunto. Através disso, traçaram-se diretrizes a fim de delimitar o que será abordado no trabalho fazendo a devida análise crítica.

O levantamento bibliográfico foi realizado em

bibliotecas, como a do IBAMA, a Biblioteca Nacional do Rio de

Janeiro, e consultas na Internet.

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O levantamento de dados sobre as apreensões, comercialização dos subprodutos da fauna e legislação foi feito através do site do IBAMA e de ONG’s tais como: WWF, RENCTAS (Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres), PEA, Cepan, Greenpeace, Arca Brasil, Nex, SOS Fauna e Peta.

3.2 Entrevistas

Foram realizadas entrevistas com profissionais que trabalham na área. Essas pessoas estão ligadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres – CETAS - localizado na FLONA Mário Xavier, no Município de Seropédica, ao IBAMA, do Rio de Janeiro, no setor de Fauna e no setor de Fiscalização e a ONG Renctas.

No CETAS de Seropédica as informações foram passadas pela

analista ambiental e bióloga Andreia Quandt Monteiro.

No IBAMA, os contatos foram o Sr. Rodrigo de Carvalho, funcionário do setor de fauna/fiscalização.

4. Resultados e Discussão

4.1. Breve histórico da degradação da fauna

Os índios sempre utilizaram a fauna como um importante elemento cultural. Esses animais não tinham apenas a finalidade de alimentação, mas também, eram utilizados para fabricação de instrumentos e ferramentas, com a utilização de

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ossos e dentes,

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