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Tramontina

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Por:   •  5/12/2012  •  Tese  •  1.568 Palavras (7 Páginas)  •  706 Visualizações

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O controle de qualidade é quase uma obsessão para a TRAMONTINA. O chão de fábrica é limpo, colorido, com robôs andando de um lado para outro. A maior parte das máquinas é fabricada pelo próprio grupo. Tudo para fabricar os melhores produtos, e olha que são muitos, desde facas e talheres, passando por panelas até ferramentas e móveis de piscina, tendo como objetivo facilitar a vida de nós consumidores.

A história

Fundada na cidade de Carlos Barbosa, região serrana do Rio Grande do Sul, em 1911, por Valentin Tramontina, que foi seu comandante por 28 anos, a empresa começou como uma pequena ferraria, inicialmente em um terreno alugado. Valentin era um colono artesão, filho de imigrantes italianos, e veio a Carlos Barbosa porque a ferrovia significava perspectiva de expansão. Em 1919, ano em que o fundador prestou serviço militar no Tiro de Guerra 395, ele comprou um terreno de 300 m2 na Rua Amapá, construindo um prédio de madeira para abrigar a ferraria, onde trabalhavam o fundador, seu irmão Luiz e mais duas pessoas. Até 1930, a produção da ferraria era modesta. Valentin prestava serviços a empresas, entre elas, Arthur Renner, proprietário de uma refinaria de banha; fazia conserto em indústrias locais, ferrava cavalos e fabricava canivetes, batizados de Santa Bárbara.

Nesta época, havia cinco empregados trabalhando na ferraria, e seis trabalhando a domicílio. O aço necessário para fabricar as lâminas era obtido batendo-se molas de caminhão usadas. Recorria-se aos malhos instalados em rodas d’água existentes na região para forjar o aço. Somente em 1932 teve início a fabricação de algumas facas com cabo de chifre. Os modelos foram inspirados em facas importadas que haviam sofrido danos durante um incêndio em um armazém de um importador em Porto Alegre. Coube à Ferraria Tramontina o trabalho de recuperá-las.

Quando morreu seu fundador em 1939 a produção da empresa era ainda artesanal e resumia-se a facas e canivetes feitos com cabo de chifre. A partir daí assumiu a ferraria dona Elisa Tramontina, esposa de Valentin, que despontou como uma empreendedora nata e arrojada. Era ela que ia vender a produção nos mercados regionais e na capital. Durante a Segunda Guerra Mundial, caso não existisse a determinação e a coragem de Elisa, a ferraria teria sucumbido. Em 1944, a empresa comprou a sua primeira prensa excêntrica. Antes, todas as lâminas eram cortadas manualmente com o auxílio de talhadeiras. Depois passaram a ser cortadas com o uso de estampos.

O ano de 1949 pode ser considerado um marco na história da empresa. Trata-se da data em que Ruy José Scomazzon, um jovem de apenas 20 anos, cursando a faculdade de Ciências Econômicas da PUC de Porto Alegre, começou a prestar assessoria à TRAMONTINA. Ruy, com espírito de liderança, implantou planos ambiciosos, enfatizando a organização em todos os setores. Inaugurou-se uma nova etapa na empresa. O caráter artesanal cedeu lugar a uma produção manufatureira. Na década de 50, a empresa contava com 30 empregados e alguns representantes comissionados, espalhados pelo estado do Rio Grande do Sul. Nesta época, os canivetes representavam 90% do faturamento.

Em 1954, organizou-se a empresa V.a. Valentin Tramontina & Cia. Ltda., sendo sócios, Elisa e Ivo Tramontina e Ruy J. Scomazzon. No ano seguinte tem início a laminação do aço. Antes o aço era obtido forjando-se pedaço por pedaço, em um malho. A laminação abriu imensas possibilidades de crescimento para a TRAMONTINA. Em 1958, a empresa participou de suas primeiras feiras e exposições, com o objetivo de divulgar a marca e apresentar seus produtos. As décadas de 60 e 70 foram marcadas pela instalação de empresas do grupo em Garibaldi, Farroupilha e no estado da Bahia. Nestes anos a linha de produtos ganhou inúmeros itens como facas (cozinha, profissional, esportiva), canivetes, tesouras, espetos, talheres, utensílios de cozinha e panelas, formas e travessas antiaderentes de alumínio; materiais elétricos como interruptores e tomadas, além de uma vasta linha de ferramentas como martelos, chaves de boca, chaves de fenda, alicates, formões, plainas, serras, serrotes, entre outras.

A década de 80 foi de um enorme crescimento para empresa, tanto no mercado interno como externo, onde em 1986 a TRAMONTINA inaugurou uma subsidiária na cidade de Houston no Texas. Nos anos seguintes a empresa se tornou definitivamente um gigante em seu setor, ampliando ainda mais sua linha de produtos e ingressando em muitos mercados mundiais como Alemanha (1993), Chile (2000), Dubai (2004) e Peru (2005). Neste novo milênio a TRAMONTINA também decidiu que tinha chegado a hora de ir além da cozinha. A ordem partiu de Clóvis Tramontina, neto de Valentim e principal responsável pelas maiores mudanças da empresa nos últimos anos. A grande tacada do empresário foi aproveitar uma simples fábrica de cabos de madeira que revestem talheres para ingressar no mercado de móveis. Cadeiras e mesas com a marca TRAMONTINA começaram a aparecer nas lojas. O mesmo aconteceu com a unidade que fazia cabos de plástico: foi ampliada para fabricar móveis para piscina.

Recentemente, em 2007, a TRAMONTINA, líder nacional nos segmentos de panelas, talheres e ferramentas, decidiu combater os importados com um apelo à “brasilidade” e uma política comercial mais agressiva. A empresa lançou uma coleção de panelas em aço inoxidável denominada “Linha Tropical”, com a bandeira do Brasil nas embalagens de cinco unidades e preço ao consumidor padronizado em R$ 199 para todo o país parcelado em até dez vezes. O resultado: Em três meses foram vendidas 435 mil unidades. Além disso, sempre inovando para levar à casa muito mais charme e qualidade, a empresa criou a linha Tramontina Design Collection, composta por produtos exclusivos com design incrível para deixar um ar requintado e moderno na cozinha. A TRAMONTINA, que em 2011 completou 100 anos, tem acompanhado várias gerações de consumidores e construído, uma relação de qualidade e respeito, sempre oferecendo produtos da mais alta qualidade. Para marcar a data a marca lançou uma linha de facas especiais, denominada Damaski, em edição limitada, apenas 1.000, sendo 500 de peças de lâminas de 8 milímetros e 500 de 6 milímetros.

A linha do tempo

1959

● Fundação da Metalúrgica Forjasul Ltda., no bairro Passo do Feijó em Porto Alegre, onde hoje se produz: Eletroferragens

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