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UM PANORAMA DE MARILENE GRANDESSO

Por:   •  15/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.391 Palavras (6 Páginas)  •  386 Visualizações

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FACULDADE UNYLEYA

WAINE DE ANDRADE ROCHA

ARTIGO TERAPIA PÓS – MODERNAS: UM PANORAMA DE MARILENE GRANDESSO

MAGÉ-RJ

2019

ROCHA ANDRADE de, Waine. ARTIGO TERAPIA PÓS – MODERNAS: UM PANORAMA DE MARILENE GRANDESSO. 2019. 7 páginas. Trabalho de Metodologia de pesquisa (Pós Graduação em Terapia Familiar) – Faculdade Unyleya, Magé, 2019.

RESUMO

Este presente artigo tem como proposta a discussão dos modelos de terapia pós moderna desenvolvida ao longo dos anos pelos mais renomados profissionais da área. A terapia familiar começou há mais de 30 anos, com seus primórdios na América do Norte e Europa, e vem inovando até os dias de hoje, o qual destacaremos a seguir a terapia pós moderna. A terapia familiar visa fortalecer os laços familiares, atendendo pais, filhos, avós, tios e até mesmo envolvendo os vizinhos de cada indivíduo.

Palavras-chave: Terapia familiar. Abordagens terapêuticas

ROCHA ANDRADE de, Waine. POST - MODERN THERAPY ARTICLE: A PANORAMA OF MARILENE GRANDESSO. 2019. 7 pages. Research Methodology (Graduate in Family Therapy) - Faculdade Unyleya, Magé, 2019.

SUMMARY

This article proposes the discussion of models of postmodern therapy developed over the years by the most renowned professionals of the area. Family therapy began more than 30 years ago, with its beginnings in North America and Europe, and has been innovating to this day, which we will highlight after postmodern therapy. Family therapy aims to strengthen family ties by serving parents, children, grandparents, uncles and even involving the neighbors of each individual.

Keywords: Family therapy. Therapeutic approaches

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo discute sobre a história da Terapia Familiar Pós Moderna na sua essência, como surgiu quem foram seus pioneiros e como se desenvolveu até os dias atuais. Sabemos o quanto a humanidade dia após dia mostra uma grande carência na área familiar, e veremos a seguir o papel da terapia pós moderna nesse aspecto, onde visa a integração de seus membros como um todo, trazendo-nos um breve histórico de grande enriquecimento acadêmico.

2 DESENVOLVIMENTO

A Terapia Familiar surgiu pelas décadas de 1950, formada por um grupo seminal, nos quais eram compostos por pensadores e terapeutas já com uma longa trajetória profissional. Anos mais tarde, entrou em conflitos, tanto a teoria, quanto a prática. Segundo Nichols (2007), a Terapia Familiar adquiriu vários nomes, tais como: sistêmica, estratégica, cultural, boweniana e experencial. O mesmo ainda relata que um dos pioneiros nessa evolução foi Gregory Bateson na Costa Oeste dos EUA, muito intelectual, via as famílias como sistemas, portadores de idéias. Na Costa Leste, havia Nathan Ackerman, curandeiro carismático, que via as famílias como um grupo de indivíduos lutando para equilibrar sentimentos, irracionalidades e desejos, e assim causaram a revolução do sistema familiar.

A partir da década de 1970, a terapia familiar, passou a alcançar diferentes públicos, com técnicas específicas para atender grupos especiais como dependentes químicos, pacientes psiquiátricos hospitalizados, a população dependente da ajudada previdência social, famílias violentas, etc. Todos os casos exigiam dos terapeutas uma abordagem diferente, onde os profissionais da época optaram pelo pensamento sistêmico, mesmo sendo desafiadas inúmeras vezes nesse proceder. De acordo com Gergen (1989), o terapeuta é considerado um mediador de conflitos que com sua experiência profissional, pessoal, age no intuito da transformação social de cada indivíduo, inserindo-o de volta a sociedade.

Quando atuamos como terapeutas estamos construindo certa forma de mundo, legitimando um determinado conjunto de relações sociais e de forma de tratamento e valorização das pessoas (GRANDESSO, 2000, p.5).

Segundo Grandesso (2000), a ideologia da modernidade “caiu como uma luva” na pratica da terapia, trazendo um conjunto de derivações e focando numa expansão construtivistas e construcionistas social, das quais se enumeram em: construtivismo radical, construtivismo crítico ou psicológico, construtivismo moderado, construtivismo dialético, construtivismo cultural, construtivismo epistemológico, construtivismo hermenêutico, construtivismo terapêutico, construtivismo social, dentre outros. Ela ainda afirma que na prática, o pensamento pós moderno se dá na mudança das metáforas que os terapeutas adquiriram, os desdobramentos que adotaram, construindo um conceito em volta das metáforas de outrem, em torno do conceito de co-construção, tanto dos problemas como de suas soluções.

O pensamento pós-moderno trouxe para a terapia familiar uma mudança dos modelos informados pela Cibernética de Primeira Ordem, com sua ênfase nos padrões de interação e nas organizações familiares baseadas nas noções Parsonianas de estrutura e papel, para os modelos condizentes com uma Cibernética de Segunda Ordem, com ênfase na construção de significados, nos modelos dialógicos e nas metáforas narrativas e hermenêuticas (GRANDESSO, 2000, p.7).

Ainda de acordo com Grandesso (2000), dentre algumas palavras empregadas nesse modelo pós moderno de terapia, destacam se: sistemas lingüísticos, narrativa, conversação, diálogo, histórias, significado, cultura. São usadas tais técnicas com o objetivo de compreender os dilemas humanos, a fim de que a prática terapêutica seja uma intervenção de mudanças. Desse modo encontra-se melhor o caminho para chegar até as experiências vividas pela família, trazendo transformações significativas, alcançando o alvo almejado, evoluindo o sistema terapêutico.

1.1 ABORDAGENS TERAPÊUTICAS

Existe uma variedade de terapias que podem ser consideradas pós modernas, e de acordo com Grandesso (2000), citaremos a seguir algumas abordagens bem pertinentes tanto do ponto de vista teórico, quanto do prático. Destacaremos algumas, sempre enfatizando a familiar, que é o nosso objetivo nesse presente artigo.

  • Abordagens narrativas – é quando se extrai da pessoa suas experiências de vida, suas historias. E ela se destaca na transformação e organização das histórias desestabilizadas pela conversação terapêutica. Destacam-se também nos processos reflexivos, nos questionamentos que buscam a mudança dos indivíduos. Ainda sobressai na desconstrução das histórias dominantes e das práticas subjugadoras, separando pessoa e problema.
  • Abordagens colaborativas – baseia-se na terapia dialógica, onde há trocas de colaboração. Aqui o terapeuta é um participante ativo e junto com o cliente ele participa de um co-desenvolvimento de novos significados e novas realidades, que uma nova experiência surge a partir de como se comporta o terapeuta.
  • Abordagens pós-modernas críticas – Grandesso (2000) se respalda nas propostas como o Just Therapy do grupo do Family Centre da Nova Zelândia (Waldegrave (1990; 2000). Charles Waldegrave, Kiwi Tamasese E Wally Campbell, que defendem a terapia ser voltada para a equidade e justiça social, pois acreditam que a grande parte dos problemas familiares permeia em função das diferenças de poder e injustiças sociais. Para eles os fatores, sócio-econômico, político, cultural, étnico de gênero e espiritual estão ligados aos problemas de relacionamentos dos indivíduos. Desse modo o terapeuta assume uma responsabilidade frente às políticas sociais mais extensas, firmando um compromisso com a ética da igualdade, colocando em prática uma metodologia onde atende não só indivíduos, casais e famílias, mas um todo como a sociedade e países.
  • Abordagens Estruturais e Estratégicas Pós-Modernas – é um jogo de linguagem, que visa procurar soluções respaldadas na conduta do terapeuta e nas técnicas utilizadas pelo mesmo. Todas as abordagens dentro de suas particularidades entrelaçam-se, todas são importantes no desempenho de cada atividade, colocando-os sempre frente a frente no debater de suas idéias, alcançando os objetivos proposto para cada individuo, casais ou famílias.

Grandesso (2000) enfatiza que as separações dessas abordagens são unicamente didáticas, que seria uma hipocrisia fazer distinções, criar regras entre seus modelos. A mesma destaca alguns aspectos incomuns entre os profissionais tais como: A consciência de que o terapeuta co-constrói o sistema terapêutico, a crença de que toda mudança só pode se dar a partir da própria pessoa e da sua organização sistêmica autopoiética, entre outros.

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