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UMA REFLEXÃO DO INDIVÍDUO EM SOCIEDADE E O SURGIMENTO DO PROBLEMA SOCIAL NA ABORDAGEM SOCIOLÓGICA COM O ADVENTO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL.

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Por:   •  2/7/2014  •  5.086 Palavras (21 Páginas)  •  835 Visualizações

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UMA REFLEXÃO DO INDIVÍDUO EM SOCIEDADE E O SURGIMENTO DO PROBLEMA SOCIAL NA ABORDAGEM SOCIOLÓGICA COM O ADVENTO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL.

Alcélio Amorim,

Este artigo vem tratar dos aspectos primordiais para uma reflexão do indivíduo em sociedade e apresentar uma interpretação e análise dos principais aspectos do surgimento do problema social na abordagem sociológica com o advento da Revolução Industrial. Pois as grandes mudanças que ocorreram na história da humanidade entre os séculos XVIII e XIX, provocadas pelas revoluções científico-tecnologica, que denominadas de revolução industrial, que marcou profundamente a organização social, modificando-a por completo, criando novas formas de organização e causando modificações culturais duradouras até os dias atuais. Entretanto, mas afinal o que é sociologia? Definir precisamente a Sociologia pode parecer, a priori, uma tarefa relativamente simples. Mas, a verdade é que se trata de um assunto ainda controvertido até mesmo no interior da própria disciplina. Dizer que a sociologia é a ciência que estuda as sociedades é obvio e lógico demais. Entretanto, muitos estudiosos duvidam do ser caráter científico da Sociologia e, seu argumento baseado na idéia de uma neutralidade neste campo seria impossível. Uma vez que os cientistas sociais lidam com temas absolutamente próximos de suas vidas. Portanto, conforme alguns autores e cientista sociais, a sociologia tem como objetivo último explicar, e tão somente explicar, os fatos observáveis, como eles ocorrem e, sobretudo, quais as suas causas. Entretanto, embora não se tenha observado na sociedade relações de causa e efeito do mesmo tipo das que ocorrem no mundo físico, as Ciências Sociais e, portanto, a Sociologia, têm o mesmo objetivo que as Ciências Naturais: explicar os fatos passíveis de ser observados à nossa volta.

INTRODUÇÃO

Este artigo vem apresentar dos aspectos primordiais para uma reflexão do indivíduo em sociedade e abordar uma interpretação e análise dos principais aspectos do surgimento do problema social na abordagem sociológica com o advento da Revolução Industrial. Portanto, a sociologia, segundo o dicionário filosófico de RUSS (1994, p. 277), é um termo criado por Auguste Comte a parti da palavra latina socius, social, e da palavra grega logos, estudo, ciência. Ou seja, é o estudo social, mas particularmente Ciências dos fenômenos sociais. Entretanto, conforme Vila Nova (2000), a sociologia nasceu como tentativa de buscar soluções racionais, cientificas, de acordo com a pretensão de Comte, para os problemas sociais resultantes da Revolução Industrial e de decomposição da ordem social aristocrática na França do inicio do século XIX.

O surgimento da sociologia não é obra de um só homem, representa a conseqüência de um processo histórico, intelectual e científico que teve com sua máxima no século XVIII. Ocorreu num contexto histórico específico que coincide com a desagregação da sociedade feudal e a conseqüente consolidação da sociedade capitalista. A Revolução Francesa arruinou as instituições que davam legitimidade a um sistema político e econômico em decadência. Tratava-se de uma revolução comandada pela burguesia que, dotada de poder econômico, exigia o poder político. Finalmente a Revolução Francesa é o marco de uma nova era, em que a crença na razão humana supera qualquer tradição religiosa. O homem seria, em si mesmo, capaz de compreender qualquer coisa, inclusive a sociedade. É, pois, num momento de intensa racionalidade que faz sentido acreditar numa Ciência Social.

De fato, se a França foi o berço da sociologia através de Comte e Durkheim, também é verdade que a Revolução Francesa foi, ao lado da Revolução Industrial, um dos mais importantes pilares das condições sociais para a emergência desta disciplina. Portanto, “são os acontecimento desencadeados pelas duas revoluções desse século que possibilitaram o aparecimento da Sociologia” (DIAS, 2004, p. 20). De forma clara e expressiva, esta revolução mostrou que a ordem social vigente não é eterna, nem inquestionável, dando aos homens a certeza de que são agentes criativos, fazendo à História.

Combinando o uso da razão e da observação os pensadores do iluminismo analisaram vários aspectos da sociedade. Seu objetivo, ao analisar as instituições da época, era demonstrar que elas eram irracionais e injustas, e que impediam a liberdade dos homens. “Se impediam a liberdade do homem deveriam ser eliminadas” (DIAS, 2004, p. 21). Esse tais pensamentos revolucionários levaram a terem um importante papel na Revolução Francesa de 1789.

Como conseqüência da Revolução Industrial, principalmente profundas mudança no campo social, as cidades cresceram enormemente com o afluxo de massa de camponeses atraídas para o trabalho nas fabricas, surgindo uma nova classe social, o proletariado industrial. A sociologia surgiu em grande medida em decorrência doa abalos na sociedade provocada por esta revolução. Uma outra circunstância que contribuiu para o surgimento da sociologia foi à evolução das formas de pensamento e que somadas aos problemas advindo da rápida industrialização possibilitou seu aparecimento. Conforme Dias (2004, p. 21),

Essa evolução do pensamento humano, levando-o a utilizar razão para um livre exame da realidade, inclusive a social, juntamente com os problemas originados pela revolução industrial foram as duas principais circunstâncias que possibilitaram o surgimento da Sociologia. Quem em seu início preocupou-se em “organizar” a Sociedade.

A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas, com profundo impacto no processo produtivo em nível econômico e social. Iniciada na Inglaterra no século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX. Ao longo do processo, a era agrícola foi superada, a máquina foi suplantando o trabalho humano, uma nova relação entre capital e trabalho se impôs, novas relações entre nações se estabeleceram e surgiu o fenômeno da cultura de massa, entre outros eventos. Essa transformação foi possível devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor. O capitalismo tornou-se o sistema econômico vigente.

A revolução Industrial foi essencial para a formação do que hoje entendemos por sociedade moderna, e, com efeito, é importante pensar a Sociologia sem ela. A força da expansão comercial acarreta uma ruptura com a crença fundamental daquele período. Entretanto, se antes a Igreja Católica dava as bases de um pensamento místico e mesmo mágico, agora a racionalização

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