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A sensibilidade do intelecto

Por:   •  13/5/2015  •  Resenha  •  1.957 Palavras (8 Páginas)  •  515 Visualizações

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OSTROWER, Fayga. A sensibilidade do intelecto: visões paralelas de espaço e tempo na arte e na ciência. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

TITULO

                                                                  Marília Nascimento, Qeli Nunes, Suline Almeida

Fayga Perla Krakowski nasceu em 14 de setembro de 1920 na cidade de Lodz, na Polônia, se mudou para o Brasil com a família em 1924 e faleceu em 13 de setembro de 2001, no Rio de Janeiro. Teve papel fundamental no campo da arte e no pensamento intelectual brasileiro. Entre 1948 e 2001, expôs suas obras em diversos museus brasileiros e estrangeiros. Lecionou durante 16 anos no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, ministrou cursos nas principais instituições artísticas do país e proferiu palestras – para estudantes, artistas, operários e empresários – por todo o mundo, com carisma, didatismo e clareza. Ela se destacou ainda como uma importante pensadora sobre arte e ciência no país. Resenha dos capítulos IV, V e VI, ps. 69 - 218.

Capitulo IV- Nas primeiras décadas de nosso século um grupo de pesquisadores na psicologia da percepção, formulou uma teoria fascinante, que ficou conhecida como teoria de Gestalt. (Gestalt, alemão: figura, configuração, forma).
De modo como se estruturam e reestruturam constantemente novas totalidades em nossa percepção a teoria de Gestalt tinha como objetivo de afetar todas as áreas do conhecimento, como levantar a questão como da identidade, dos significados de síntese e de seus níveis de complexidade, de modo de como se identifica os fenômenos e de como eles se configuram entre si.
Na teoria de Gestalt o mais importante era o trabalho qualitativo e não o quantitativo ele aborda estrutura dos fenômenos em termos de relações independente de quantidades ou magnitudes, para ele o mais importante era o Todo, é mais importante do que a Soma  de suas partes nesta definição a palavra Soma e não o Mais, pois não há nenhuma substância misteriosa que estaria sendo acrescentado ás partes componente para formar o todo. O que se afirma é que a adição, o todo resulta da integração de suas partes o todo constitui sempre uma composição.
Cabe distinguir aqui entre a visão, como função fisiológica do mecanismo do olho, e a percepção, como processo mental que constantemente que organiza os estímulos visuais.
O processo ativo e participativo, é uma ação e não uma reação mecânica ou instintiva ante-estímulos recebidos passivamente, alcançando as áreas de nosso inconsciente articulando e trazendo ao consciente estimulando todo nosso ser sensível, associativo, inteligente, imaginativo e criativos que formulamos de maneiras espontâneas sempre estão entrando elementos imaginativos em nossa imaginação, pois estamos sempre configurando constantemente com a maior naturalidade.
Na Gestalt não existe totalidades e nem partes isoladamente são estados de relacionamentos, que vai se modificando constantemente  tudo é relativo sendo redefinido a partir dos contexto que se formam de maneiras diferente, isso é percebido por nós espontaneamente e precisamos refletir sobre cada lance de vista ou analisar os diversos campos visuais que se estabelecem e dissolvem e se formulam no ato do olhar. Os processos de percepção transcorrem de modo completamente diferente, ainda que os objetos fossem observado por nós de ângulos e com detalhes concretos diferentes e em circunstâncias sempre diversas como no tamanho, cor, iluminação e a posição, captaríamos  a imagem de varias formas em nossa memória.
As formas constantes não apenas como padrão referencial, mais ela se interligam ao próprio ato  de percepção, identificando os objetos, embora simples as formas básicas que parecem preexistir em nós  são as formas simples e regulares;reta, vertical, horizontal, diagonal, curva, círculo, quadrado e triângulo.Embora simples, não são todavia formas primárias -primária no sentido de proporem ou ainda necessitarem de um posterior desenvolvimento formal.

Na  arte todas as formas são percebidas de modo assimétrico, até mesmo no caso de formas simétricas como o quadrado que será visto um pouco mais alto do que é na realidade em virtude da prioridade que damos em nossas estimativas a vertical, isto é a nossa própria postura ereta.
Podemos dizer que a arte ao contrario das suas formas são impregnadas de sensualidades, é a carga sensual da própria matéria, de pintura, escultura, música, arquitetura etc.A arte se encontra incorporada em todas as formas destas linguagens.

A teoria de Gestalt é uma abordagem muito significativa, pois ele mostra o quanto é importante o olhar amplo sobre diversa forma de se compreender uma obra de arte e como é importante a observação de como vai se construindo independentemente do tamanho, da cor ,da textura,da imagem são bastante variável ,e de como é importante que cada pessoa tem um modo de pensar e de ver as coisas de diferentes ângulos,na artes todas as coisas são percebidas de formas diferentes.
Indicação do capitulo para todos os professores iniciantes,e também para quem já exerce a carreira escolar.

 Capitulo V- As coisas definem-se a partir de diferenciações e limites. É fatores indispensáveis a percepção. Quer trate-se de fenômenos físicos ou mentais, sempre é preciso poder delimita-los no espaço e no tempo, dando-lhes um inicio e um fim, e destaca-los dentro de um fluxo ininterrupto, a fim de que seja possível apreender e compreende-los. O ato de diferenciação e espontâneo e imediato. Nossa atenção se dirige intuitivamente para qualquer alteração que nele notamos e que seja um pontinho apenas, será vista como figura, ao passo que o espaço em volta, indiferenciado e aparentemente mais homogêneo será visto como fundo. Este enfoque se da de modo extremamente rápido e fluido, podendo a distinção entre figura e fundo alterar-se com qualquer gesto ou movimento que se faça, ou ate mesmo com um simples desvio de atenção. A cada enfoque produz-se uma nova avaliação; Distinguimos cada vez entre figura e fundo também lhes conferimos significados e qualidades diferentes, a figura é vista como mais importante, representando o elemento ativo e atuante e predominando no espaço; o fundo é visto como passivo e de menor importância estas avaliações afetam as próprias características físicas do espaço, na figura, o espaço parece adensar-se, tornando-se mais compacto e espesso, ao passo que no fundo, o espaço é mais leve e transparente. Na figura, o espaço é caracterizado como espaço interno, para dentro, contrastando com o espaço externo do fundo que representa o todo de fora, entretanto, não há nada predeterminado ou fixo, nem de figuras nem de fundo, tudo é relativo e dinâmico e pode alterar-se instantaneamente num pequeno quadrado, colocado dentro de um retângulo maior, pode ser visto como figura no momento em que acrescentamos um pontinho dentro do quadrado este funciona como fundo, além de se alterarem constantemente, várias funções de figura e fundo podem ocorrer simultaneamente na imagem, somos capazes de entender a dinâmica da vida, em nossas experiências múltiplas que interagem em diversos níveis e com diversos significados.

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