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Andressa Rodrigues

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Por:   •  2/4/2014  •  3.998 Palavras (16 Páginas)  •  1.570 Visualizações

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Fichamento do livro de Bürdek. Bernhard E. História, teoria e prática do design de produtos/Bernhard E. Bürdek; tradução Freddy Van Camp. - São Paulo: Edgard Blücher. 2006.

PREFÁCIO

“O design vive desde o início dos anos 80 um verdadeiro Boom. Com o movimento iniciado ao final dos anos 70 dos pós-modernos, especialmente as atividades extensamente divulgadas pela imprensa do Grupo Memphis, que se formou em Milão ao final de 1980, pode-se dizer que iniciou o voo alto do design em âmbito mundial e que deverá continuar pelo século 21 adentro.” (Bürdek. Bernhard E.,2006,p 07).

O livro aborda o desenvolvimento do design com base em movimentos históricos que contribuíram como alicerces para a consolidação dos conceitos que formam o design atual e estes, devem prosseguir sempre como as principais bases.

DESIGN COMO CONCEITO

“A diversidade de definições e de descrições não se valida por uma vontade dos pós-modernos, mas sim por um necessário e justificável pluralismo. Na virada do século 20 para o 21 sugeri que em vez de uma nova definição ou descrição do design fossem nomeados alguns problemas que o design deverá sempre atender (Bürdek. 1999).” (Bürdek. Bernhard E.,2006,p 16).

Nesta citação, Bürdek aborda o fato de que o design é amplo demais para caber em uma simples definição como muitos autores tentaram “compactá-lo”. Sua aplicação abrange não somente uma área específica de trabalho e relações ou mesmo o produto final em si, mas uma série de fatores que se dão desde o processo inicial de pesquisa, avaliação, criação e utilização.

Por tanto, não devemos desconsiderar as teorias que descrevem o design, pois cada uma define de sua forma as áreas que o caracterizam, porém, devemos dar ênfase em sua aplicação prática, suas funcionalidades e finalidades dentro de cada área. Devemos enxergar aspectos específicos que possam ser aplicados para todas as áreas de atuação do design, como dito por Bürdek, “problemas que o design deverá sempre atender”.

DESIGN E HISTÓRIA

UM OLHAR PARA TRÁS

O início do design.

“Wend Fischer (1971) viu aí a origem para uma configuração mais razoável: " Na observação do século 19 pudemos apreender algo sobre o nosso século. Nós nos reconhecemos nos esforços da razão, ao opor à arbitrariedade do formalismo histórico a implementação da idéia da configuração funcional, de forma que o mundo das pessoas, suas cidades, casas, ambientes, objetos tenham uma configuração característica, na qual se permita reconhecer a vida em sua plenitude" (Bürdek apud Wend Fischer 1971, p 21).

Neste capítulo, observamos uma pequena e clara explicação sobre o desenvolvimento do design atual. O mesmo tem origem desde a ancestralidade, onde se formaram os primeiros conceitos em relação à aplicação prática das criações, ou seja, suas funcionalidades. Como um exemplo de objeto de design de influência bastante forte, podemos citar todo o setor mobiliário, ele é referenciado durante todo o desenvolvimento da história como um dos principais objetos trabalhados pelos designers deste período.

Ainda dentro do conceito de desenvolvimento do design atual, iniciado somente a partir da metade do século 19, durante a revolução industrial, encontramos como característica contemporânea, a divisão do trabalho, onde as diferentes etapas entre projeção, execução e comercialização foram divididas em suas respectivas áreas. Este fato, durante os anos 70, provocou uma movimentação entre jovens designers que procuravam reestabelecer estes processos dados ainda na Idade Média.

Nesta época, podemos citar também, o início dos processos de produção em alta escala, graças ao avanço da tecnologia e aos novos métodos automatizados, porém, sobre este avanço, encontramos o empobrecimento da população, já que as técnicas de manufatura tornaram-se dispensáveis em comparação as máquinas de fabricação.

Utilizando-se também deste motivo, o movimento revolucionário que buscava unir novamente as técnicas de manufatura até a comercialização dos produtos, afirmava que além de reestabelecer melhores condições e trabalhos ao povo, a volta destes processos beneficiaria ainda a estética dos produtos, já que os mesmos teriam perdido sua identidade, tornaram-se padronizados pela produção automatizada das máquinas. Porém, esta revolução não obteve sucesso, sendo findada em cerca da metade do século 19, um marco deste período de início do novo design, é a produção de 400.000 máquinas Singer.

Após este período, as ideias revolucionárias já estavam completamente perdidas, algo que levou á padronização dos produtos de design, era cada vez mais valorizada a produção em si, do que a estética das produções. O conceito de estética artesanal, manufatura, manteve-se pouco preservada e o design estava mais voltado à população de maior poder aquisitivo.

Do Werkbund até a Bauhaus.

“Em 1907, foi fundado em Munique o Deutsche Werkbund (Liga de Ofícios Alemã). Era uma associação de artistas, artesãos, industriais e publicitários que queriam perseguir a meta de melhorar e integrar o trabalho da arte, da indústria e do artesanato por meio da formação e do ensino.” (Bürdek. Bernhard E.,2006,p 16).

Neste cenário, vemos a formação de um grupo de artistas que caminhavam por dois principais ideais, um, visava a já citada produção industrial em massa, a padronização dos produtos e a funcionalidade, do outro, encontrávamos um movimento a favor do desenvolvimento individualista, utilizando as antigas técnicas artesanais e a valorização da estética.

O setor habitacional e mobiliário eram os principais explorados nestes movimentos, e levando em consideração o conceito de funcionalidade, as produções buscavam atingir as massas dando-lhes acessibilidade ao consumo.

A BAUHAUS

“[...] na Bauhaus, a arte e a técnica deveriam tornar-se uma nova e moderna unidade. A técnica não necessita da arte, mas a arte necessita muito da técnica, era a frase-emblema. Se fossem unidas , haveria uma noção de princípio

social: consolidar a arte no povo.” ( Bürdek. Bernhard E. ,2006,p 28).

A Bauhaus, Escola de Artes Aplicadas surgiu a partir

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