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Apoio Respiratório

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Por:   •  2/12/2014  •  1.490 Palavras (6 Páginas)  •  599 Visualizações

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Apoio respiratório

O diafragma é o principal músculo da respiração, situado na base do pulmão: quando inspiramos o diafragma é estendido e quando expiramos ele sobe. A respiração, sempre que possível de vê ser nasal, pois assim o ar é filtrado e aquecido pelas narinas.

A respiração usada para o canto recebe às vezes nomes diferentes, dependendo do autor. Alguns a chamam costo-diafragmática, outros abdominal-intercostal. O fato é que devemos encher desde a base do pulmão, suas laterais até às costas, sem levantar os ombros. ” Quando se pede aos alunos, no início das aulas de fala ou de canto, para inspirarem profundamente, 80% inspiram com uma elevação forçada das costelas e das clavículas, mantendo os músculos abdominais contraídos, erguendo os ombros, ficando vermelhos no rosto e pescoço… Esta respiração forçada tem consequências desastrosas, em primeiro lugar para a voz. A laringe fica sob alta pressão, e pior ainda se a pessoa não articula bem, trancando os maxilares. Assim, a pressão é dupla e as nossas cordas vocais não podem vibrar livremente.” ( Manual Prático de Técnica Vocal. Charlotte KAHLE. Porto Alegre, Livraria Sulina Editora.1966) .

Para o cantor é necessário saber administrar a entrada e a saída do ar que respira. A esse controle dá-se o nome de apoio. ” Apoio, portanto, é o controle elástico e consciente da força retrátil passiva e espontânea do movimento de elevação do diafragma ao promover a expiração, e é conseguido pelo domínio de seus antagônicos- os músculos abdominais e intercostais – com a finalidade de manter o equilíbrio da coluna de ar e aplicá-la à fonação.”( Técnica Vocal para Coros. Helena Wöhl COELHO. Editora Sinodal, São Leopoldo, 1994).

Uma das preocupações mais frequentes no trabalho vocal do cantor é o fato de a voz ir para a garganta, que é a região de vibração. Mais especificamente, falamos das pregas vocais, que vibram para produzir o som e não devem, portanto, receber qualquer tensão. No entanto, faz-se necessário um ponto de apoio para que se possa lançar o som vocal à distancia que se deseja. Via de regra, os cantores fazem da garganta esse ponto de apoio. Essa incoerência faz com que os cantores passem a exibir gargantas estufadas e veias saltadas. Nossa proposta de apoio é a pressão que pode ser deflagrada entre os dois diafragmas: o diafragma torácico e o diafragma pélvico. O cantor deve promover uma leve pressão abdominal (baixo ventre), mais ou menos a uns quatro dedos abaixo do umbigo, seguindo-se de uma leve contração glútea. A situação pode ser comparada ao que chamamos de barriguinha de praia: um leve recolhimento da barriga, sem envolver a região estomacal, seguido de sutil contração glútea. Este exercício deve ser incorporado ao dia-a-dia do cantor, tornado-se um hábito natural e constante da sua vida. É para esta região pélvica que o cantor deve encaminhar sua atenção quando desejar uma projeção mais resistente. O cinturão pélvico, como costumamos chamar a esta disposição corporal, também é indispensável para a fala cênica. Quando o ator dirigir sua fala para o grito ou para o sussurro, recomenda-se um cingimento máximo do cinturão pélvico. Nessa situação, por pressão negativa, existe grande quantidade de ar retirada pelos pulmões. É muito comum que os atores levantem os ombros antes do grito e essa atitude fatalmente soltará o cinturão pélvico, deixando obviamente o grito sem apoio pélvico e situando na garganta; logo, recomenda-se muito cuidado, observação e treino. Se o apoio está a cargo do cinturão pélvico, as costelas são responsáveis pela pressão de sucção e de expulsão da coluna aérea. O vento, ao passar pelas pregas vocais, faz com que estas vibrem, produzindo o som fundamental ou som inicial, que será amplificado e modelado na seqüência de percurso de expulsão. Na amplificação sonora, os seios paranasais e o osso externo têm grande participação. A modelagem corre por conta dos lábios, da língua, do véu palatino e demais componentes buco-nasais. Observe a figura abaixo:

1. Barriga para dentro (quatro dedos abaixo do umbigo, ou se preferir logo acima do osso pélvico)

2. Movimento da massa glútea, fechando as nádegas

3. Os joelhos devem permanecer “bobos”

4. Ao andar, contrair as nádegas alternadamente.

Exercício para percepção da inspiração involuntária

Muitas pessoas fazer muito barulho ou forçam a inspiração numa tentativa de encher mais o pulmão de ar. Muitas vezes a musculatura está muito tensa e impede uma livre circulação de ar. Solte todo o ar murchando a barriga. Fique alguns instantes sem ar. Relaxe a musculatura deixando então o ar entrar, mas sem forçar sua entrada. Faça isso algumas vezes e você vai perceber que não há necessidade de fazer esforço para que o ar entre. Ele entrará sozinho, pois a entrada do ar é algo que acontece naturalmente quando sentimos necessidade de inspirar. Esse exercício serve também para exercitarmos a elasticidade da musculatura abdominal para dentro e para fora.

Exercício para a ativação e expansão da musculatura diafragmática e intercostal.

Inspirar enchendo primeiramente a região abdominal e depois as costelas, lateralmente. Expirar primeiramente o ar do abdômen e depois na parte lateral das costelas. Fazer isso num movimento contínuo: Inspiração: parte baixa depois lateral; expiração: parte baixa e lateral. Exercício para treinar a saída do ar com controle ( apoio) Precisamos, no canto, dominar o tempo da entrada e da saída do ar. Precisamos dosar a saída do ar conforme o tamanho de uma frase musical e a inspiração também deve estar de acordo com o tempo hábil para fazê-lo entre uma frase e outra. Inspirar abrindo as costelas e na expiração soltar o ar firmando o abdômen tentando não fechar as costelas.

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