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Artes

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Por:   •  13/4/2013  •  452 Palavras (2 Páginas)  •  469 Visualizações

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Nesses tempos de sociedade do espetáculo é um pouco difícil diferenciar arte de entretenimento. Não quero, e nem acho que me caiba, fazer aqui um julgamento de valores. As duas coisas são necessárias e cada uma tem o seu espaço, o qual nem sempre é coincidente.

Monteiro Lobato declarou certa vez através de D. Benta que era muito difícil julgar o que tem conteúdo artístico ou não, mas que um bom começo seria observar o teste do tempo. Se obras como Os Lusíadas ou Dom Quixote chegam até nós depois de mais de meio milênio em circulação foi porque sobreviveram ao gosto (que afinal de contas é subjetivo) de milhões de pessoas ao longo de todo esse tempo. Dito de outra forma, costuma haver razões muito boas para os Clássicos serem Clássicos!

Mas nem sempre podemos nos dar ao luxo de esperar alguns séculos para validar a qualidade de uma obra. Aqui entra um outro critério apenas aparentemente subjetivo, mas na verdade até bem óbvio, que é o poder transformador que a arte tem. Qualquer obra ou performance toca todo mundo de algum jeito. Mas apenas algumas – aquelas com alguma profundidade artística – nos inspiram os sentidos de tal forma que somos levados à reflexão, à ponderação, ou até mesmo à uma mudança na maneira como vemos o mundo. Uma peça de entretenimento pode excitar os sentidos, mas nem sempre vai nos tocar da mesma forma.

Nem sempre, eu disse. Porque também é igualmente possível que uma obra de entretenimento puro acabe inspirando alguém a ponto de mudar a vida. Há inúmeros exemplos na Ficção Científica e não poucos até em filmes de ação. Como dizer que não há, então, alguma qualidade artística intrínseca ali?

Há outras questões que têm que ser pesadas, é verdade, como a intenção do artista, ou a sensibilidade do público. Tal assunto suscita discussões animadíssimas – e até ferozes, às vezes – a respeito das qualidades artísticas de certas obras. Um exemplo que acho educativo é o da série de Fantasia A Song of Ice and Fire, de George R. R. Martin, laudado por alguns críticos como o “Tolkien Americano”. Martin certamente sabe criar um enredo bizantino e desenvolve os dilemas pessoais das miríades de personagens da série como ninguém, mas… na opinião deste que vos fala, não passa disso. É um mestre da técnica e da forma, mas não me diz muito mais. Entretanto, eu gosto muito da série, tanto que aguardo ansiosamente por sua conclusão. Isso porque embora eu reconheça que saber construir bons enredos não é por si só mérito artístico, também não significa que seu trabalho seja desprovido de mérito ou que não seja agradável de ler – muito pelo contrário, aliás!

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